Should I? 그래야 하나?

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Senti alguém acariciar meus cabelos, acordei num pulo por achar que era o JungKook.

— Aish... — Falei e voltei a deitar-me nas pernas da SeulGi. — O que faz aqui?
— Te procurei por todos os lugares. A Dra.Yoo soube que acordou e quer falar com você.
— Estou fugindo dela. — Falei, fechando os olhos.
— Foi muita coragem sua. Desobedecer a Dra.Yoo. Ninguém nunca fez isso.
— Acho que é por isso que todo mundo continua no programa de internos. — Bufei.
— Acha que vai ser expulsa?
— Tenho certeza. — Falei.

Meu celular tocou sobre o balcão de estudos.

Levantei-me e fui até lá.

— Aqui estava!

Número desconhecido.

— Alô? — Falei, voltando a deitar-me.
— SeRi? — Disse, intensamente baixo.
— JungKook? — Sentei na cama.
— Pode vir até o terraço? — Soluçou.
— Saia daí, idiota! — Levantei rapidamente e calcei minhas pantufas por acidente, mas serviria. — Estou indo!

Tive certo medo de que ele pudesse fazer algo imbecil.

Enquanto corria pelo corredor, fui abordada.

— Kim SeRi! — A voz da Dra.Yoo soou.
— Sim? — Me virei para encara-la.
— Precisamos conversar! — Disse, com seu olhar intimidador. — Me siga!

Praguejei, mais alto do que pensei. Ela me encarou e baixei a cabeça.

Ela me guiou até uma sala um tanto escura e fechou a porta.

— O quão louca estava ao tentar, sozinha, reanimar uma paciente quase morta? — Me encarou.
— Aish... Se não tivesse me deixado sozinha sem o desfibrilador eu não teria feito isso. A senhora teria feito!
— Conhecia a paciente e não me contou. Deixou seus sentimentos influenciarem na medicina e, Kim SeRi, aprendeu que medicina e afetividade não caminham juntas! Prometeu salvar aquela garota e seu bebê quando ninguém poderia fazer isso!
— Eu fiz isso! — Falei. — Eu fiz isso sozinha, porque você me abandonou com aquela garota quase morta numa sala. Eu. Uma interna de segundo ano com um interno de terceiro ano que nem ao menos tem coragem de ir contra as regras!
— Wang JackSon foi inteligente!
— A definição de inteligência para vocês é diferente da minha. — Meus olhos marejavam. — Medicina para mim é salvar vidas. Não abandonar uma sem tentar.

Ela calou-se. Logo começou a assentir, franzindo os lábios.

— Muito bem... — Disse e logo bufou. — Sabe o motivo de eu a ter deixado sozinha? — Neguei. — A garota e o bebê, em meu pensamento, já estavam mortos. Isso a iria trazer experiência, sim?
— Como a morte de duas pessoas inocentes iriam me trazer alguma experiência?
— Somos médicos, SeRi. Não milagreiros. Não temos o controle de tudo e de todos. Trabalhamos contra a morte todos os dias, mas erramos. Quando eu tinha sua idade e era interna, tive minha primeira experiência com a morte. — Suspirou. — Meu primeiro paciente morreu em minha frente e eu prometi que iria salva-lo. Prometi à família dele. Ele morreu e eu não pude fazer nada, porque eu não tive a mesma coragem que você.
— Estou expulsa do programa, sim?
— Vai com calma, SeRi. — Riu. — Hoje você não só trabalhou contra a morte, mas ao lado da vida. Você acreditou em algo que nem mesmo eu acreditei. Você salvou duas pessoas hoje e sozinha. Pode ter ido contra às regras, mas é justo expulsa-la quando usou isso para salvar alguém? — Ela sorriu. — Parabéns, Kim SeRi!
— Obrigada, professora! — Quase ajoelhei-me a sua frente.
— Ya, mas nunca mais faça isso... Sem antes me convencer que o que pretende fazer tem sentido! — Tirou um sorriso de mim. — Pode ir agora!

Reverenciei-a novamente e sai.

Corri chorando até o terraço.

Eu não sabia se chorava de alegria ou de preocupação pelo JungKook.

Boss // *• JJK •*Onde as histórias ganham vida. Descobre agora