Capítulo 16

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Vocês vão saber o momento da música


Vitória. 

Sai da sala enquanto as luzes ainda estavam apagadas e fui para o lugar onde Ana e eu tínhamos combinado, coloquei o cinto e a esperei, estava em um estacionamento abandonado a uma quadra do tribunal, recostei minha cabeça no banco, minha mente tentava processar tudo o que havia acontecido ao longo dessas semanas, até pouco tempo minha energia era concentrada apenas no meu trabalho, meus dias era sempre iguais e os próximos dez anos da minha vida já estavam certos, mas e agora? Agora eu estava aquecendo o carro pronta pra fugir, fugir com uma mulher que eu conheci há semanas trás. 

Avistei Ana correndo em direção ao carro, a cena acontecia em câmera lenta, seu cabelo caia com perfeição sob seus ombros, a expressão eufórica do seu rosto denunciava a adrenalina do momento, ela entrou no carro e sentou me olhando. 

- Tá feito! Não consigo parar de tremer Vi. 

- Ainda não consigo acreditar que deu tudo certo, você viu a cara do júri? Ele vai cair Ana, não tem como ele comprar ninguém ali, a imprensa filmou tudo.

Seus olhos negros e caídos me fitaram por longos segundos, seus lábios formavam o sorriso mais lindo que eu já tinha visto. 

- Obrigada, eu não faria nem metade disso sem você. 

- Nosso plano ainda não terminou. 

- Já tá tudo aqui? 

- Só faltam as suas coisas. 

- Vamos. 

Dei partida no carro e fomos em direção ao apartamento de Ana, chegamos e eu subi para "ajuda-la". 

- Eu sei bem das suas intenções Vitória. 

Ela disse assim que entramos. 

- Intenções? - Falei a abraçando por trás. - Eu vim de bom grado ajudar minha namorada. 

Gelei assim que percebi o que tinha dito.

- Ah é? Então quer dizer que você tem uma namorada? - Ela virou seu corpo ficando de frente pra mim. 

- Não, quer dizer, sim, não sei, Ana eu...- Ela pousou os dedos sob meus lábios. 

- Não precisamos disso. A gente se quer, e isso basta. 

Nos beijamos delicadamente, e ali, dentro daquele abraço, sentindo seu beijo, eu tinha certeza de que poderia morrer em paz, meu corpo transbordava felicidade. 

Suas mãos desceram até minha cintura e colaram ainda mais nossos corpos, subi minhas mãos por dentro da sua blusa abrindo o feixe do seu sutiã rapidamente. 

- Vem. 

Ela me guiou ate o quarto e me jogou na cama, ligou o som em volume médio e sentou em meu colo dançando no ritmo da música, tentei toca-lá, mas ela afastou minhas mãos e continuou a rebolar, Ana chupou meu pescoço com força me deitando na cama, tirou minha blusa e pôs minhas mãos sob a cabeça e me prendeu fazendo a peça de algema. 

- Linda. - Sua voz doce e suave, agora soava rouca, sussurrada e extremamente sexy. 

Ela desceu seus beijos para meu pescoço e seios, minha respiração era profunda e descompassada, o que parecia excita-la. Sua língua devorava lentamente o espaço entre meus seios e descia com delicadeza pela minha barriga, a massagem que ela fazia discretamente por cima da minha calcinha arrepiava ainda mais o meu corpo, Ana beijou minha virilha e eu não fiz questão alguma de conter meu gemido que preencheu o quarto. Minhas pernas foram afastadas sutilmente o calor da sua respiração me causou espasmos, ouvi sua risada cínica ao perceber o quão molhada eu estava, seu dedo brincava com meu clitóris, eu revirava meus olhos de prazer a cada movimento seu, desci minhas mãos ainda algemadas e empurrei sua cabeça para mais perto, ela subiu sem parar o que estava fazendo e olhou nos meus olhos. 

- Você quer? 

- Ana! Por favor. - Eu não tinha forças nem pra falar. 

- Pede de novo!

- Me chupa. 

Eu disse sussurrando e ela tremeu, desceu novamente, sua língua era ágil e trabalhava com intensidade, ela me penetrou com um dedo enquanto me chupava e eu senti o orgasmo chegando e impulsionei meu quadril pra frente descolando minhas costas do colchão, puxei sua cabeça com força aprofundando mais sua língua e logo uma onda de calor invadiu meu corpo, dei um grito estridente e cai na cama ofegante. Ela deitou do meu lado e me desamarrou.  

- Eu tenho sorte de te ter. 

Foi só o que consegui dizer. 





 

Quase sem quererWhere stories live. Discover now