Capítulo 12.2

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Esse capítulo curtíssimo é uma breve continuação do anterior, coloquem a musica indicada (recomendo em baixo volume) pra dar aquele climinha e  fiquem preparadxs que vai rolar umas coisinhas importantes num futuro bem próximo.

Vitória. 

A noite passou devagar, e a cada minuto que passava ficava mais difícil acreditar que minha relação com a Ana seria apenas sexo. Ela fez com que meu outro lado aflorasse de forma tão natural, que esse pensamento foi se desconstruindo espontaneamente, a vida fora daquele terraço não parecia importar, olhando para aquele céu e analisando a vastidão das estrelas, deitada ao lado dela, uma felicidade que a tempos não sentia invadia meu corpo, me fazendo sorrir com o vento. 

A salsa que tocava no salão de dança no prédio de trás ficou mais alta, me levantei a puxando pelas mãos e colando nossos corpos já no ritmo da música, olhava profundamente em seus olhos, o negro do seu olhar parecia sugar minha sanidade, nossos rostos estavam a centímetros de distancia, meus cachos dançavam sob seu rosto iluminado pela lua, o desejo estava estampado no suor das nossas testas, puxei bruscamente sua cintura, colando seu corpo ainda mais no meu, senti sua respiração descompassada e quente quando nossos narizes se aproximaram levemente, me fazendo quase sentir o sabor do seu beijo, Ana mordeu os lábios e eu a girei seguindo a música, colei seu corpo no meu novamente, descendo minhas mãos lentamente da sua cintura até sua bunda, apertando com firmeza. Suas mãos passearam meu rosto, ela analisou por alguns segundos minha boca e passou a língua por meus lábios, me fazendo respirar fundo e iniciar um beijo quente. Tirei sua camisa e beijei intensamente seu pescoço, fazendo-a gemer no meu ouvido puxando meu cabelo, nossos movimentos dançavam com a melodia, fazendo a excitação aumentar a cada toque, me deitei lentamente, encaixando nossos corpos delicadamente, arranhava lentamente as costas de Ana a cada movimento do seu quadril sob o meu.

Fazer amor sob as estrelas parecia realmente um clichê hollywoodiano, mas não me sentia dessa forma, aquilo era diferente de tudo que existia, até então, nada nem ninguém havia despertado meus sentidos de forma tão intensa, talvez por minha vida ter se tornado um eterno piloto automático, trabalho-casa-barzinho-trabalho, sempre assim, a frieza imposta por São Paulo me fez sacrificar boa parte da minha personalidade otimista e feliz, estar com ela me transbordava. 

Quase sem quererWhere stories live. Discover now