"O que está fazendo?" 

Apertei em enviar esperei por sua resposta. Vi ele tirar o celular do bolso e começar a digitar algo. A ruiva tentou olhar seu celular, mas ele se esquivou. Demorou um pouco e parou de digitar. Segundos depois meu celular mostra outra mensagem. 

"Saí com uns amigos e você?" 

Não penso duas vezes e logo começo a digitar uma resposta. 

"Apenas observando sua AMIGA praticamente se jogar em cima de você" 

Como se só agora houvesse percebido minha presença, Arthur me olhou. Seus olhos se arregalaram imediatamente e meu rosto tornou-se uma linha dura. Fiquei encarando-o por alguns segundos e logo me virei, continuando meu trajeto até o banheiro. A raiva era iminente. Eu estava praticamente soltando fogo pelas narinas. Me olho no espelho e respiro fundo tentando me acalmar. Será que eu estava tão errada assim em relação ao Arthur? Ele parecia sentir o mesmo que hoje hoje mais cedo e agora fica abraçado com outra. Só pode ser brincadeira! 

Passo uma água do rosto e pego minha bolsa. Quando eu abro a porta vejo Arthur parado em frente a mim. Ele me encara e em poucos segundos pega meu braço e nos guia até uma porta, onde estava estava escrito "Só é permitida a entrada de funcionários" nela. Entramos. 

- Não é nada do que você está pensando - ele logo se justifica.

- Tem certeza? Porque meus olhos acabaram de ver algo que não te dá muita credibilidade. - eu rebato chateada.

- Eu não tenho mais nada com a Monique! - esbraveja. 

"Ah então o nome dela era Monique? E ele já teve alguma coisa com ela?". Cada vez melhora mais. 

- Então vocês já foram namorados? - eu pergunto.

- Sim... Não! É complicado, Marina - ele fala e passa as mãos pelos cabelos.

- Mas se envolveram! - eu concluo. Ele me encara por alguns segundos e suspira. 

- Ela não me quis quando eu pensei que pudéssemos ter alguma coisa séria. Depois mudou de ideia, mas era tarde demais porque eu nunca quis nada além de sexo e sempre deixei isso muito claro com ela que aceitou desde o princípio sabendo. O que a gente tinha era apenas encontros casuais. Quando um queria transar ligava pra o outro e vice e versa. Mas ela não se contentou com isso por muito tempo. Ela queria um relacionamento fixo e eu não. Então paramos de nos ver. Pronto - "Ai, essa doeu". Não porque ele transou com ela, mas por ele dizer que não quer nada além de sexo. E comigo? Assim que nós transarmos está tudo acabado? Será por isso que ele está adiando tanto? Por que precisa arranjar um modo de me dizer que não quer nada além disso? Acho que agora ele já encontrou. 

- Você é um idiota, Arthur! - cuspo as palavras com ódio enquanto Arthur me encara atônito, não esperando pela minha reação. Tenho vontade de gritar um alto e claro "Vai se ferrar!". Não espero sequer uma palavra dele e saio pisando com força no chão, querendo que nele estivesse a cara do Arthur para que eu também passasse por cima. 

- Marina, espera - Arthur chama atrás de mim. 

- Marina? Arthur? - Bruno apareceu no corredor e nos olhou confuso. "Oh droga. Era só o que me faltava!"

- Oi, Bruno! - tento não demonstrar a raiva que estou sentindo. 

- Marina! - Arthur chama minha atenção e o olho a contragosto - Eu esqueci de dizer que depois da prova na segunda, quero que fique na escola para me ajudar com o trabalho que estou organizando para vocês. - ele mente. "Como ele conseguia?" 

Ensina-me, professorWhere stories live. Discover now