Capítulo Onze

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Genevieve soube para onde ir quando a lua brilhou a pino no céu. De repente, ela se sentiu mais leve, quando o grito morreu em sua garganta, pelo que parecia ter sido horas depois, e ela ainda estava sozinha. Completa e totalmente sozinha. Sacudindo a poeira de seu vestido, seus olhos já estavam secos e ela sabia para onde ir, para o único lugar onde haveria alguma esperança de reconstrução para si. Ela se afastou cada vez mais dos limites da cidade, primeiro andando e depois correndo com toda sua determinação, tão rápido a ponto de quase não ter ciência de seu corpo, de sua mente e de seu própio eu.
Horas depois, os pés de Genevieve se travaram em frente a uma Catedral aparentemente abandonada, erguendo se palida no meio do nada. Era difícil que houvesse alguém ali, ainda mais toda uma corte real, como Hayden havia lhe dito. Ele poderia estar enganado, mortalmente enganado, o preço de ser um sonhador. Mas Genevieve não havia mais nada o que perder.
Seu corpo foi atirado ao chão, antes que ela registrasse o golpe.
- O que você está fazendo aqui, minha querida? - disse a voz rouca e reconhecível de Hayden acima dela e tudo o que ela pode fazer foi sorrir, ao fitar seus olhos claros brilhando na escuridão
- O mesmo que você.
Hayden sorriu amargamente e tirou o braço de seu pescoço, pondo os dois de pé.
- Pensei que o combinado fosse virmos juntos - ele disse escondendo sua frieza
- Se vocês estão aqui, então também quebraram o trato. E parecem estar aqui a tempo suficiente, apenas esperando por mim - Genevieve respondeu desdenhosa, puxando suas mãos de volta para si, como se ele tivesse uma doença contagiosa - Eu não me importo de qualquer maneira - e então voltou seus olhos para Travis e para Lancel, olhando aos arredores. Ele poderia ter me dito, e eu poderia te las alcançado a tempo. Poderia te las salvo. Quando Lancel encontrou seu olhar, ela se obrigou a desviar engolindo sua fúria - Estamos todos aqui, de qualquer maneira. Vamos simplesmente entrar.
- De acordo - Hayden assentiu, e se encaminhou para os degraus da Catedral seguido por Travis, Lancel e Genevieve, que não conseguia deixar de fitar as costas do Vampiro ágil, que a impediu de salvar sua família.
Mate o, uma vozinha sussurrou dentro dela. Seria tão fácil arrancar sua cabeça com as presas nesse momento...
A porta da frente se abriu com um ruído alto que fez Genevieve saltar. Rangendo, a porta deslizou para o lado, revelando uma figura baixa e esguia segurando um candelabro entre os dedos. Seus olhos brilhavam em um tom escarlate próximo ao fogo e ela não parecia ter mais do que 30 anos, o rosto inflexível, o cabelo louro preso em um coque alto.
- Pedimos desculpas por nós apresentarmos tão tarde, mas meu nome é Hayden Sanders e esses são meus companheiros, Travis McChrystal, Lancel Donnavan e Genevieve Devereaux.
- Não me importo, com seus nomes - disse a mulher, com a voz arranhada - Essa Catedral é protegida por magia, e se vocês conseguiram vê lá é por que são dos nossos - a mulher abriu caminho para eles - Entrem, agora mesmo.
Hayden se curvou brevemente e entrou, seguido por Travis, Lancel e Genevieve que deu um demorado olhar para a mulher, e suas roupas surradas. Ela com certeza era uma vampira, pois não havia qualquer som vivo naquele lugar. Genevieve e os outros logo se viram dentro de um salão extenso, de teto abobado e piso de mármore. Uma escada em espiral parecia levar a um corredor lá no alto, com cômodos superiores. Pinturas e caros objetos, como espadas e cristais adornavam a sala e ao canto direito alguns degraus levavam a dois tronos á frente de uma janela de vidro, um mais alto e robusto do que o outro a sua direta, feito para alguns de estatura mais fina e pequena.
- Muitos de nós, vem chegando ultimamente? - Hayden perguntou, provocando um eco no salão real.
- Em torrentes, eu diria, desde que o pequeno incidente com o exército do Rei e seu pronunciamento. Vampiros do seu tipo - resmunga ela com desprezo enquanto tranca a porta - chegam sem parar esperando ter algum lugar na patente do Rei. Vocês com certeza não são Diferentes - Ela adivinhou
- Sabe como podemos obter sucesso? Hayden pergunta, cauteloso e a mulher o fuzila com os olhos escarlates, dando de ombros.
- Vocês se apresentarão ao Rei, em uma audiência. Serem aprovados são sua única chance e talvez consigam ser úteis em algum pelotão - os três trocaram sorrisos - Com sorte até essa aqui pode ser útil.
Paro.
- O que? E quanto a me tornar soldado...? - Genevieve indagou e foi interrompida pela gargalhada ruidosa da senhora Mackenzie ecoando no salão vazio.
- Ah, vejo que temos uma sonhadora. Você? Uma mulher que quer ser soldado, competindo ao lado de homens mais experientes e fortes do que você jamais poderia ser? Isso é digno de um romance! - Ela riu outra vez e Genevieve não conseguiu evitar fuzilar Hayden, que estava de cabeça baixa - Isso é ocupação para os homens, queridinha. Aqui nós temos outras utilidades para rostinhos bonitos como você. Vamos ver se vai continuar tão arrumadinha assim, quando estiver limpando centímetro desse palácio. - a senhora Mackenzie desceu os olhos descaradamente por todo o comprimento de Genevieve, analisando a - Isso se tiver alguma sorte.
Genevieve engoliu a amargura dentro de si. De soldado à criada. Como podia ter sido tão estúpida? Como podia ter acreditado na história de Hayden, quanto a ser destemida, lutar por boas causas? Genevieve sairá de sua vida humana, e imprestável para sua vida eterna, como uma vampira imprestável, que provavelmente usaria aqueles trapos com que a senhora Mackenzie estava vestida.
Quando o pesadelo acabaria e ela acordaria num mar de rosas?
Ninguém disse nem mais uma palavra, nem mesmo atreveram se a lançar um olhar a Genevieve. Se Hayden sabia de seu destino ou não, era o que menos importava. Tudo o que importava, era o que estava por vir.
- Vocês serão acomodados essa noite, para terem sua audiência amanhã - A senhora os guiou para a escada em espiral - Será um longo dia - disse enquanto eles atravessavam o corredor de pinturas, onde diversas portas era passagens para os quartos. A senhora encontrou alguns disponíveis e os distribuiu, até deixar Genevieve a frente do seu.
- Descanse bem, criança. Aproveite a última noite de paz e regalia que você vai ter na vida - Ela lhe deu um sorriso de escárnio antes de sair pelo corredor, com seu candelabro.
Genevieve encarou até que a maldita mulher descesse as escadas e sumisse de vista antes de fechar a porta atrás de si, e voltasse para suas acomodações. O quarto era pequeno e limpo, sem muitas regalias, além de uma cama com lençóis, uma cômoda e uma janela aberta. Genevieve acordou no meio da noite, com o estrondo de uma porta batendo, e então o som baixo de soluções cortando o ar. Alguém estava chorando lá fora.
Andar pela Catedral, não parecia ser algo bom para se fazer, quando não se conhecia ninguém neste lugar estranho, quando não se confiava em ninguém. Mas a curiosidade de Genevieve, acima de tudo, foi o que a fez se arrastar para fora da cama, ir até a porta e abrir uma fresta dela sem fazer o menor ruído. Um olho de Genevieve vagueou pelo corredor palido na escuridão, até que uma figura passasse por ela rapidamente, envolta em um manto de trapos, uma silhueta feminina, em prantos. Ela não detectou qualquer batimento cardíaco. Não era humana.
Sem ter certeza no que estava se metendo, Genevieve abriu a porta, e se esgueirou por ela, tornando se visível para a silhueta que estava com a mão na maçaneta de sua porta, próxima a dela.
A mulher congelou no lugar, assustada.
- Fique longe de mim - disse ela
- Não vou fazer mal a você - Genevieve respondeu com certa ternura que a surpreendeu - Eu ouvi você chorar, e queria saber se estava tudo bem...
- Tudo bem? - respondeu a mulher com ironia, abaixando um pouco do manto que a envolvia na cabeça, para enxugar as lagrimas do rosto. Ela parecia jovem, a pele negra brilhante, os cabelos cacheados presos num coque - Você com certeza não pertence a esse lugar, se não sabe o que há de errado comigo.
- Eu cheguei a algumas horas, pra ser sincera - Respondeu Genevieve - Não deveria me culpar por não saber nada, sobre ninguém.
A mulher hesitou, seu olhar caindo sob Genevieve avaliando a.
- Se você conseguir pegar um pouco de gelo, para mim, lá em baixo, nas cozinhas, eu posso responder qualquer pergunta que você tenha sob e esse lugar - disse ela após um tempo
- Por que você mesma não pega? - Genevieve indagou com sua velha desconfiança
- Isso faz parte das perguntas que irei responder assim que você trouxer o maldito gelo para o meu corpo! - sibilou ela
- Eu nem sei o seu nome ou se devo confiar em você - respondeu
- Meu nome é Carolina, para começar, e quanto a sua confiança, creio que eu vá ser muito mais digna dela, do que os idiotas que me machucaram - Genevieve percebeu o maxilar de Carolina tremer indicando seu medo. Ela estava mais do que com medo. Parecia apavorada, com dor e frio.
- Esta bem - Genevieve suspirou - Entre no meu quarto, e vê se encontra algo pra vestir que eu já volto com seu gelo.
- Obrigada - Carolina agradeceu com relutância antes de entrar no quarto de Genevieve. Ela sem dúvidas, deveria ter continuado dormindo, pensou enquanto descia as escadas. Haveriam guardas por aí? Uma armadilha talvez? Os que eram pegos andando por aí eram punidos? Genevieve pensou em sua onda de má sorte, até que alcançasse uma porta. Com pressentimento amistoso, ela empurrou as portas, encontrando o que deveria ser o salão de refeições. Janelas de vidro mostravam a paisagem da noite no exterior, mas Genevieve pensou que aquilo deveria ser algum tipo de magia, algo que não deveria ser possível já que não parecia haver nenhuma janela do lado de fora, muito menos uma com tal magnitude. No centro do salão se estendia por metros e mais metros uma mesa de mogno preto e liso, além de dezenas de cadeiras do mesmo material. As duas da cabeceira, eram diferentes acolchoadas e mais confortáveis do que as demais, quase como poltronas. Genevieve deduziu que as cozinhas ficariam depois da porta no fim do salão, e nunca esteve tão satisfeita por estar certa. Genevieve encontrou um amplo espaço preenchido por fogões, refrigeradores, pias, uma dispensa recheada a mostra para todos, e uma caixa que transparecia frio. Deveria haver gelo dentro daquilo, e Genevieve continuou a seguir sua intuição, abrindo a tampa da caixa e encontrando algo que em grandes quantidades. Sangue. Bolsas de sangue como as de hospitais, ali, aos montes, no centro da cozinha, cercadas por cubos de gelo. Genevieve sentiu a propia boca salivar de desejo, imaginando o rasgo selvagem que ela faria naquele delicado plástico, deixando que o líquido vermelho escuro desligasse até seus Lábios, tocando sua lingua e inundando a com o sabor doce e consistente.
O gelo, Genevieve obrigou se a concentrar. Eu vou ser punida se me render a isso, estou aqui pela droga do gelo.
Ela encontrou um pano abandonado sob o balcão e colocou várias pedras de gelo sob seu centro, esforçando se para tomar cuidado com as bolsas de sangue, as quais ela queria desesperadamente tomar, e para não o fazê lo foi preciso toda a sua força de vontade. Com a garganta queimando, Genevieve julgou ter colhido cubos o suficiente sem chamar qualquer atenção e devolveu a tampa para a caixa, com pesar. Juntou as pontas do pano, formando uma compressa e com o dobro de velocidade com que havia encontrado aquele lugar, voltou até seu quarto, abrindo a porta. Carolina estava sentada na beirada de sua cama e não parecia ter encontrado nada para vestir, por que ainda estava usando seu manto estrapilhado, os olhos baixos manchados de lágrimas.
- Aqui - Genevieve fechou a porta atrás de si e estendeu a compressa de gelo - Aperte isso aonde doer.
Carolina tomou a compressa das mãos de Genevieve, e a apertou em seu ombro direito com um suspiro doloroso.
Genevieve encarou o ponto fixamente.
- Você tem mais hematomas pelo corpo? - Ela não conseguia deixar de encarar as marcas arroxeadas em seus ombros e pescoço.
Carolina assentiu com pesar.
- Quem... fez isso com você? - Genevieve perguntou sem ter certeza da resposta
- Alguns soldados. Isso não importa - Diz ela, tentando ignorar a importância - Eu também tenho perguntas para você. O que está fazendo aqui, o que te trouxe aqui, enfim... queria saber a sua história. Não há nada nesse lugar pra me entreter.
- Desculpe não poder servir como fonte de diversão, mas eu não tenho uma história muito interessante - Genevieve respondeu, com dureza - E eu sinceramente não sei como cheguei até aqui, a isso. Meus supostos companheiros de viagem, me trouxeram até aqui, dizendo que eu seria uma soldado como eles, mas... Estou quase certa de que eles não se iludiram. Eles mentiram pra mim, me enganaram...
Carolina assentiu relutante.
- Isso é uma droga - respondeu
Genevieve percebeu sua dificuldade para pronunciar as palavras mais fáceis em francês e logo deduziu:
- Você não parece ser uma dama francesa. De onde você veio?
- Brasil - disse ela - Eu acabei sendo exportada para cá. Tirada da minha família, e de um lugar quase tão ruim quanto esse.
Quase. Genevieve nunca pensou muito sobre os outros países, que não estavam com alguma tensão política, e como seria a vida dele. A julgar pela sua expressão triste, ela soube que não estavam em melhores condições.
- Quase tão ruim? - retruca Genevieve - Quer dizer que esse não é o refúgio seguro que todo mundo pensava que era?
- Para as pessoas certas, talvez continue sendo. Mas não para mim, provavelmente não para você. O Rei é bom, mas audacioso, ambicioso e impassível. Ele se preocupa com o bem estar dos humanos, mas se preocupa ainda mais com o bem estar de seus soldados, o que o torna alvo de muitas críticas por parte de conselheiros e criados.
- a Rainha... - Genevieve vasculhou sua mente a procura das informações que Hayden lhe tinha dado - a Rainha não participa da política na Catedral?
- Quase nunca - respondeu Carolina - A Rainha na verdade, é meio perturbada pelo que dizem. Ela quase sempre se mantém afastada da Corte, e de assuntos de significância, com boatos de que esta debilitada, mas é claro que ninguém acredita nisso, já que vampiros não ficam debilitados - Caroline revirou os olhos, obviamente - As vezes alguém a vê nos Jardins subterrâneos, a fonte de cristal...
- Jardins subterrâneos? - Perguntou Genevieve
- Sim. Essa parte da Catedral onde estamos é apenas a superfície. Há toda uma cidade abaixo de nossos pés, onde todos os soldados vivem e treinam para possíveis confrontos. O Rei passa muito tempo no subterrâneo e as vezes a Rainha também mas sempre distante.Os Vampiros escondem muitos segredos. E boa parte de nós, gosta de ficar o mais longe o possível do sol...
Genevieve imaginou uma cidade sob seus pés, onde centenas, talvez milhares de vampiros Estivessem em atividade, abaixo da superfície.
- Então os rumores sobre os soldados ao menos são verdade. O Rei está mesmo recrutando novos homens - Ela cuspiu
- Sim. Depois do que aconteceu...
- O que exatamente aconteceu?
Carolina a encarou com um olhar demorado, antes de esboçar um sorriso leve.
- Seja quem for a sua fonte de informações deve ser péssimo no que faz - murmurou ela - Houve uma guerra, de origem desconhecida, contra os Anjos. Anjos Caídos.
Essas palavras provocam um arrepio por seu corpo. Hayden falava sobre os Anjos Caídos. Sobre sua crueldade, e sua devoção pelo fogo, pela luz e sangue. Criaturas aladas, crueldade disfarçada sob a bondade. Eles realmente existiam. E haviam provocado uma guerra.
- Muitos dos Anjos foram exterminados - Caroline continuou - Mas o exército do Rei também sofreu grandes perdas. E desde então, ele vem recrutando qualquer vampiro com algum porte aceitável, e bom senso de respeito. Se seus companheiros de viagem no forem uns idiotas, então eles certamente vão conseguir um lugar como soldados.
Genevieve sorri e murmura com escárnio.
- Eles com certeza, são idiotas.
Caroline da de ombros e aperta a compressa de gelo contra um hematoma do pescoço, fechando os olhos. Elas ficam em silencio, até que Genevieve pense em mais coisas para perguntar.
- O que você sabe sobre a Senhora Mackenzie?
Caroline não se demorou ao responder, afiada.
- Sei que ela é a Criada Chefe desse lugar. Sei que ela gosta de mandar em todo mundo, e fazer pouco caso de todo mundo, e bajular o Rei. Tem a aparência de uma jovem, mas a alma de uma velha rabugenta, então não se deixe enganar.
Genevieve não sorriu.
- Quando ela amavelmente nos recebeu, disse algo sobre rostinhos bonitos como eu o meu poderem ser úteis aqui. O que exatamente ela quis dizer com isso?
A essa pergunta, Caroline crispou os lábios encarando o chão.
- O que muitos não sabem, é que o Rei não está apenas recrutando soldados - Começou ela - Também há muitas funções para as mulheres por aqui. Se você for sortuda, pode acabar trabalhando nas cozinhas, com o risco de acabar servindo até mesmo o rei e a rainha, se você for muito boa. Mas... Se o Rei julgar você bonita o suficiente... você pode acabar servindo soldados. C-como eu servi.
A compreensão atingiu Genevieve numa onda assustadora. Os hematomas, o corpo de Caroline coberto por apenas sua lençol em mal estado. Genevieve a imaginou no subterrâneo, sendo obrigada a se relacionar com soldados. Quando o Rei permitia isso...
- Não me julgue - a voz de Caroline irrompeu com amargura trazendo a de volta a realidade - Estou vendo esse seu olhar, e não deveria ter dito nada se soubesse que você ia me julgar assim.
- Não estava julgando você - Ela garantiu - Eu estava pensando em como o Rei permite isso sob seu teto...
- Ele se importa mais com o bem estar de seus soldados do que com tudo, lembra? E isso deve incluir seu prazer. - Carolina disse com relutância, se pondo de pé em seguida - De qualquer forma, torça para não se tornar uma pobre vadia como eu.
- Não é sua culpa. Você não... - Genevieve tentou continuar, mas foi interrompida por Carolina, friamente
- Aproveite a noite, Genevieve, e obrigada por buscar meu maldito gelo - disse ela, abrindo a porta bruscamente e fechando a em seguida, deixando Genevieve sozinha, atormentada por seus pensamentos e por todas as perguntas que ela queria ter feito, presas na garganta.

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