Bruno - Vida De Atriz Não É Fácil

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- Vai sim amigo. Descansa um pouquinho, tem alguns coroas te olhando desde que sentou aqui. – Ele aponta discretamente e eu olho sem o mínimo de discrição pro grupo de senhores que parecem ser da alta sociedade. Levanto devagar, empino o rabo e rebolo sutilmente em direção a eles, o sorriso de puto nos lábios, claro, aí dou tchauzinho e rindo junto a Thiago saio em direção ao meu amor. Chuveiro quente. Esse eu amo de verdade, peço em casamento até.

Depois do banho fico de roupão preto mexendo no meu celular, até a hora em que tenho que voltar pro trampo, roupinha de puto e voilá, como diria Calebe, aquele viado metido.

Fico ali sarrando os coroas, enchendo a mão numas picas duras e recebendo notas de dólar e euro dentro da cueca até ser chamado por Lady Nara, que mandou recado por um dos garotos. Aquele velho ditado de manda quem pode...

- Estou aqui. – Falo entrando na sala dela após dar dois toques na madeira bem talhada.

- Ótimo. Bruno, você se lembra do Lucas? Aquele cristão que tentou te converter e acabou sendo ele o convertido? – Ela pergunta com um sorriso sutil nos lábios pintados de vermelho. Eu assinto e solto uma risada.

- Eu lembro sim, e aposto que ele também se lembra. De cada minuto, haha. – Aperto meu pau na cueca que já começa a acordar e Lady Nara revira os olhos. Ela tira os óculos de leitura que usa e os coloca sobre a mesa, em cima de uma pilha de papéis.

- Ele marcou um horário comigo, e como ele foi seu primeiro cliente é você que o atenderá novamente, sem contar que ele exigiu que fosse com você. – Ela sorri de leve e eu vejo que ali ela se orgulhou do menino dela.

Eu esfregando as mãos uma na outra: Quando ele vem? – Ela olha numa agenda e fala.

- Daqui a duas horas. Tire esse tempo pra descansar, acho que você precisa estar refeito do Imperador. – Ela levanta uma sobrancelha e sorri, eu reviro meus olhos e a encaro.

- Ele foi um ótimo aquecimento, mas você não sabe da metade do que sou capaz, Nara. Com licença. – Faço uma reverência exagerada e antes de fechar a porta atrás de mim, vejo o rosto vermelho de, certamente, raiva de Lady Nara, me divirto.
Vou pra sala de descanso dos garotos.

Lá tem de tudo, desde livros a eletrônicos que usamos para passar o tempo e dar uma distraída, pufs e sofás, um vestiário com chuveiros e armários individuais e mais uma caralhada de coisas que você possa imaginar. Eu uso mais pra dormir mesmo, descansar a beleza do meu rosto anguloso de maxilar quadradinho.

Quando chego lá, três garotos da casa se divertem em um game enquanto outro fala no telefone com alguém que eu imagino ser o seu namorado, visto que ele faz aquela voz de bebê pra responder a pessoa do outro lado da linha.

Eu me jogo em um dos divãs que tem ali e fecho os olhos com as mãos para trás da cabeça, tudo isso a mostra, ouvi apenas o som do game dos garotos, as conversas pararam subitamente. Abri os olhos e eles me olhavam. Eu sabia lidar com a inveja dos outros, sempre soube, é necessário quando se é eu, mas nem liguei dessa vez, apenas virei de lado e dormi.

Tive o cuidado de colocar o celular pra despertar então na hora certa, eu acordaria para voltar ao trabalho.

O som de uma música eletrônica alta me acorda e eu olho em volta pra saber o que tá acontecendo. Nada. Só meu celular me chamando pro trampo. Levanto, me espreguiço e alongo, e vou pro chuveiro. Do meu armário eu tiro uma jockstrap vermelha e um croped da beef, uns importados fazem aumentar o preço do produto, os coturnos costumeiros e eu saio rebolando a bunda exposta, como de costume.

Converso com o Thi e outros meninos que estão no balcão e determinado momento vejo Lady Nara entrar no salão principal apresentando a casa a um novo grupo de homens curiosos e sedentos. Todo dia ela faz esse tour.

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