CONTEÚDO EROTICO
Kamelya apareceu agarrada à Zankiel no banheiro de um metrô. Ela nunca nem tinha estado em um daqueles trens antes, então o barulho fez com que os ombros se encolhessem.
― Podia ter me avisado-
― Ainda estou irritado pelo apelido imbecil.
― Você me constrangeu. ― Ela o encarou, corada. ― Então eu constrangi você. É assim que a banda toca.
― É assim que a banda toca?
― É.
― Então... ― O único passo que Zankiel deu foi o bastante para fazer Kamelya colar as costas na parede de ladrilhos brancos. ― Vou mudar meu apelido...
― Isso não vale. ― Foi o que disse, com o resto de ar que ainda tinha nos pulmões.
― Tudo vale no meu jogo, Kamelya... E meu novo apelido...
― Seu idiota... ― Kamelya estava fervendo. A proximidade, e o peso dos olhos verdes sobre si era quase como uma injeção de adrenalina direto no peito.
― Vai ser... ― Ele a ignorou, envergando-se até que a boca resvalasse contra o lóbulo da orelha esquerda de Ourak. ― Ratinha deliciosa...
― Não... ― Mal conseguiu sibilar. Foi quase um gemido que fez Zankiel trincar os dentes. ― Esse apelido é horrível... To-toda vez que me chamar assim vou te chamar de favinho de mel!
― Toda vez que me chamar assim eu vou fazer vou ser obrigado... A castigar você. ― A língua masculina deslizou pela curva do maxilar de Kamelya até chegar nos lábios trêmulos e aveludados e ela foi tomada em um beijo feroz. Quando deu por si, as mãos mergulhavam nos cabelos de Zankiel enquanto o som do trem freando na estação ecoava dentro do banheiro.
Mas no momento em que estava prestes a levitar, a porta foi aberta rudemente e eles se separaram para encarar o mendigo bêbado que entrava com um semblante possesso.
― Esse é meu banheiro!
Ourak e Zankiel se entreolharam. Suas bocas ainda estavam inchadas quando Kamelya começou a rir e saiu correndo, desviando-se do aparente homem louco.
Zankiel ficou parado por meio segundo antes de ir atrás dela.
Completamente maluca.
Aquelas eram as duas palavras que mais cabiam à Kamelya.
― Ei! ― Rapidamente foi alcançada por braços fortes que lhe tiraram do chão em um abraço por trás.
― Para! ― Ourak ria quando foi deixada no chão novamente e encarou o homem que tomava posição ao seu lado. ― Onde estamos, heim?
― Metrô. São máquinas enormes que levam muitas pessoas ao mesmo tempo... A maior parte é subterrâneo então podem construir avenidas e prédios em cima. ― O sinal sonoro soou e ele apontou para as portas abertas do trem logo a frente. ― Quer correr?
― Quero! ― E saiu correndo como uma verdadeira doida. Zankiel correu também e entraram no vagão um piscar de olhos antes das portas fecharem.
Olharam-se, estranhamente leves e dispostos a rir de qualquer coisa.
― Então, para onde a caixa vai nos levar?
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Nove Vidas - (COMPLETO)
ParanormalKamelya Ourak praticamente nasceu dentro de uma base militar. Seus pais, incapazes de deixá-la, também. Ela passou anos sendo estudada por um cientista brilhante e uma equipe igualmente incrível. O governo dispunha de todo o mecanismo exigido para q...