Capítulo 15

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CONTEÚDO EROTICO


Kamelya apareceu agarrada à Zankiel no banheiro de um metrô. Ela nunca nem tinha estado em um daqueles trens antes, então o barulho fez com que os ombros se encolhessem.

― Podia ter me avisado-

― Ainda estou irritado pelo apelido imbecil.

― Você me constrangeu. ― Ela o encarou, corada. ― Então eu constrangi você. É assim que a banda toca.

― É assim que a banda toca?

― É.

― Então... ― O único passo que Zankiel deu foi o bastante para fazer Kamelya colar as costas na parede de ladrilhos brancos. ― Vou mudar meu apelido...

― Isso não vale. ― Foi o que disse, com o resto de ar que ainda tinha nos pulmões.

― Tudo vale no meu jogo, Kamelya... E meu novo apelido...

― Seu idiota... ― Kamelya estava fervendo. A proximidade, e o peso dos olhos verdes sobre si era quase como uma injeção de adrenalina direto no peito.

― Vai ser... ― Ele a ignorou, envergando-se até que a boca resvalasse contra o lóbulo da orelha esquerda de Ourak. ― Ratinha deliciosa...

― Não... ― Mal conseguiu sibilar. Foi quase um gemido que fez Zankiel trincar os dentes. ― Esse apelido é horrível... To-toda vez que me chamar assim vou te chamar de favinho de mel!

― Toda vez que me chamar assim eu vou fazer vou ser obrigado... A castigar você. ― A língua masculina deslizou pela curva do maxilar de Kamelya até chegar nos lábios trêmulos e aveludados e ela foi tomada em um beijo feroz. Quando deu por si, as mãos mergulhavam nos cabelos de Zankiel enquanto o som do trem freando na estação ecoava dentro do banheiro.

Mas no momento em que estava prestes a levitar, a porta foi aberta rudemente e eles se separaram para encarar o mendigo bêbado que entrava com um semblante possesso.

― Esse é meu banheiro!

Ourak e Zankiel se entreolharam. Suas bocas ainda estavam inchadas quando Kamelya começou a rir e saiu correndo, desviando-se do aparente homem louco.

Zankiel ficou parado por meio segundo antes de ir atrás dela.

Completamente maluca.

Aquelas eram as duas palavras que mais cabiam à Kamelya.

― Ei! ― Rapidamente foi alcançada por braços fortes que lhe tiraram do chão em um abraço por trás.

― Para! ― Ourak ria quando foi deixada no chão novamente e encarou o homem que tomava posição ao seu lado. ― Onde estamos, heim?

― Metrô. São máquinas enormes que levam muitas pessoas ao mesmo tempo... A maior parte é subterrâneo então podem construir avenidas e prédios em cima. ― O sinal sonoro soou e ele apontou para as portas abertas do trem logo a frente. ― Quer correr?

― Quero! ― E saiu correndo como uma verdadeira doida. Zankiel correu também e entraram no vagão um piscar de olhos antes das portas fecharem.

Olharam-se, estranhamente leves e dispostos a rir de qualquer coisa.

― Então, para onde a caixa vai nos levar?

Nove Vidas - (COMPLETO)Where stories live. Discover now