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Quando chegou naquela sala novamente, mal pôde acreditar. Tudo voltara a ser exatamente o que era antes. Em três horas, era como se nunca tivesse acontecido. E supostamente, ele, nem qualquer outro soldado, sabiam exatamente o que tinha ocorrido além de sua ala de repouso.
Supostamente, Zankiel não fazia ideia do que Kamelya tinha feito.
― Bom dia. ― A voz feminina soou baixa e o homem se virou para encará-la seriamente.
Sem perguntas. A ordem superior era explícita.
― Bom dia.
― Ontem... Eu fiquei um pouco apavorada... ― Apertando as mãos uma na outra, a garota se aproximou cuidadosamente. ― Desculpe... Por ter chorado em você, eu-
― Parece muito melhor agora. ― O corte foi tão frio que Kamelya parou de andar. ― Vamos começar?
― Eu pensei que ia querer-
― Começar a aula? ― Novamente a interrompeu impassível e viu as sobrancelhas grossas se curvarem para ele. ― Eu não preciso saber. ― Sentiu necessidade de dizer. ― E nem posso saber.
― Mas você quer.
― Quero o que? ― Dessa vez, era o cenho de Zankiel franzido em sua direção.
― Saber.
― Se não parar de falar, provavelmente essas aulas vão ser suspensas. Acho que já sabe sobre o motivo de viver aqui...
― Eu sei... Tenho superpoderes... E eles querem saber como e por que...
― Exatamente... ― Zankiel encarou Kamelya com orbes honestos, fazendo uma pausa como se apelasse para a conversa entre seus olhos. ― Então você compreende o significado de "ultrassecreto".
― Sim... Mas já fazem cinco anos que passamos as manhãs juntos. ― O pescoço de Kamelya queimava quando disse aquilo. ― À essa altura, o que pode ser ultrassecreto pra você?
― Tudo bem. ― Os punhos masculinos estavam serrados e os orbes verdes fincados nos dourados. ― Vá em frente, fale.
Ela o encarou seriamente.
― Se eu falar, as aulas vão mesmo acabar?
― Eu vou passar a ser aquele que "sabe demais". ― Zankiel foi direto, querendo manter constante a presença nos dias de Kamelya.
― Vão me mandar olhar a sua foto...? ― A garota sentiu os orbes arderem levemente. Ela estava inigualavelmente emotiva, e não era para menos. A cena de toda a chacina ainda girava fresca na memória.
― O que? Como assim olhar minha foto? ― O calafrio que percorreu a espinha masculina foi quase capaz de fazê-lo sair andando. ― Não, não me diga. Kamelya, pare com isso.
― Kamelya... ― A voz de Hudrick surgiu pelos autofalantes. ― Pare de provocar Zankiel.
― Hudrick é um pé no saco. ― O sussurro saiu num fio de voz e o homem alto lhe encarou com certa surpresa.
― Onde tem aprendido esse palavreado?
― Eu ouvi Hudrick falando isso para Helena... "Helena você é um pé no saco". O que é um pé no saco, Zankiel? Que saco é esse? ― Diante de todas as perguntas, Zankiel apenas fechou os olhos e suspirou.
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Nove Vidas - (COMPLETO)
ParanormalKamelya Ourak praticamente nasceu dentro de uma base militar. Seus pais, incapazes de deixá-la, também. Ela passou anos sendo estudada por um cientista brilhante e uma equipe igualmente incrível. O governo dispunha de todo o mecanismo exigido para q...