Capítulo 36 - Pescador tímido

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- Quer que eu a ajude se levantar?

- Por favor.

Ele então pega o meu braço direito e o coloca sobre o seu ombro direito, em seguida ele segura em minha cintura e me guia com cuidado até o banheiro.
Ao entrarmos percebo que o mesmo é pequeno, com apenas um chuveiro, uma privada e uma pia para lavar as mãos, porém tudo está limpo e organizado. O Oliver pescador parece perceber algo, e sem me soltar ele pega uma cadeira que estava atrás da porta e a coloca sob o chuveiro.

- Pode-se se sentar nela para tomar banho. - Diz olhando para a pequena cadeira de plástico.

- Obrigada.

Ele então me leva até a cadeira e após eu me sentar, ele explica onde está as coisas que eu vou precisar, como toalha e sabonete, e em seguida se retira do banheiro.

Sorrio ao perceber que ele mal havia me olhado quando entramos no banheiro, nem mesmo quando disse que ia sair e que se precisasse era só gritar. Era como se ele estivesse tentando me respeitar. Até o seu toque em minha cintura foi inocente e cuidadoso. Eu gostei.

Continuo sorrindo enquanto retiro o meu vestido sujo e mal cheiroso, porém fico séria quando começo a retirar os esparadrapos dos cortes.

Arde. Arde muito.

Como aquele filho da puta teve coragem de fazer isso comigo?

Desgraçado.

Assim que eu melhorar e voltar para casa, eu vou direto na danceteria pedir minha demissão. Não quero nunca mais olhar na cara daquele nojento.

Suspiro de alívio ao retirar o último curativo, porém essa sensação vai embora assim que eu abro o chuveiro e a água quente escorre sobre os meus cortes ainda abertos.

Mordo o lábio inferior para não gritar de dor, e tento ao máximo gemer o mais baixo possível. Afinal o que eu menos quero é que o pescador tímido da porta ao lado entre e pergunte o que houve enquanto tenta não olhar para minha nudez.

Rio com a cena em minha mente, e tento manter o bom humor enquanto passo o sabonete pelo meu corpo e depois no meu cabelo. Após fazer isso eu me enxáguo, e então desligo o chuveiro. Estico a minha mão não machucada para pegar a toalha, e assim que a alcanço eu me enxugo e me contorço para enrolá-la em meu corpo.
Após ter certeza que minhas partes íntimas estavam devidamente tampadas, eu respiro fundo e chamo pelo pescador. Ele aparece em alguns segundos, porém pergunta se pode entrar antes.

- Pode sim. - Digo segurando o riso.

Ele então abre a porta e entra no banheiro olhando para o chão.

- Pode olhar para mim, eu estou enrolada na toalha.

- Acho melhor não. - Diz se aproximando ainda olhando para o chão.

- E por que não? - Pergunto confusa.

Ele então para na minha frente e fixa os olhos nos pés da cadeira.

- Porque você é muito bonita.

Após ouvir isso o meu coração acelerou em um ritmo frenético.

Ele me acha bonita.

Sorrio contente enquanto ele se aproxima e pede para que eu apoie o meu braço nele. Faço o que ele pede e então ele me guia até a cama.
Assim que me sento e que retiro o meu braço do seu ombro, eu me aproximo o mais perto possível e sussurro:

- Eu também te acho muito bonito.

Na hora o pescador ficou com o rosto totalmente vermelho e sem dizer uma palavra ele se retirou do quarto o mais rápido que pode.

O Doce Aroma da TentaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora