Capítulo novo escrito com muito amor, espero que gostem <3
Boa leitura :)
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Oliver
Depois de não conseguir que eu desse qualquer informação a mais sobre a minha expedição anterior aqui no inferno, Heloise se calou enquanto começávamos o nosso caminho em direção a principal montanha de sangue negro que guardava o portal de saída.
Porém o silêncio foi interrompido por um ruído bastante familiar para mim, que se repetiu em um curto espaço de tempo.
– O que foi isso? – Heloise perguntou assustada.
– Shii. – Eu fiz um gesto de silêncio enquanto olhava ao redor do lugar em que estávamos. – Não diga uma só palavra.
Ela concordou com a cabeça e me olhou ansiosa enquanto eu continuava avaliando o lugar com os olhos, mas mesmo que eu ficasse uma hora olhando ao redor, eu sabia que eu não veria nada, pois se o que fez esse barulho for quem eu estou pensando, eles não aparecerão a não ser que queiram.
– Oliver eu estou com medo. – Sussurrou Heloise se aproximando de mim.
– Eu disse para não dizer nada! – Falei irritado.
– Desculpe. – Ela desviou o olhar para os seus pés.
Droga.
Além de estar preso no inferno com centenas de espíritos querendo a minha cabeça em uma bandeja de prata, eu ainda tenho que aturar essa mulher que além de ser o motivo para eu estar aqui, também será o motivo para a minha morte se eu não tomar cuidado.
– Não se preocupe. – Sorri falsamente. – Apenas fique quieta.
– Tudo bem. – Ela sussurrou voltando a olhar para mim.
Algum tempo depois eu concluí que o quer que fosse que tenha feito o ruído inicial, estava curtindo com a nossa cara e também com as nossas reações.
– É melhor continuarmos o nosso caminho. – Eu disse me aproximando de Heloise e pegando a sua mão. – Não se afaste de mim.
Ela pareceu surpresa com o toque repentino, mas logo entendeu que eu estava fazendo aquilo para não nos separarmos um do outro.
– Ok. – Ela disse enquanto voltávamos a andar.
Após muito andarmos, eu percebi que Heloise gemia de dor baixinho para que eu não ouvisse, mas eu sabia que ela estava sofrendo por estar descalça.
– Você quer calçar os meus sapatos? – Perguntei.
– Não, tudo bem.
Que falta de paciência com essa mulher.
– Apenas pegue. – Eu disse após tirá-los rapidamente. – Não considere isso um favor, eu apenas não quero continuar escutando os seus gemidos irritantes.
Ela não disse nada e apenas me olhou com raiva enquanto pegava os sapatos e os calçava com pressa.
– Vamos continuar. – Eu disse sorrindo de lado com a sua cara emburrada.
Logo voltamos a andar e assim foi sucessivamente por cerca de um grande período de tempo, que mesmo que eu quisesse defini-lo eu não poderia pelo simples fato do tempo não passar aqui.
Sim, nesse inferno não havia horas, nem minutos e muito menos segundos, fazendo com que quem estivesse preso aqui, entrasse em um estado de pânico geral e loucura mental por não ver o sol imergir e nem a lua surgir, por fim a pessoa se entregava a desesperança de nunca sair desse lugar.
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O Doce Aroma da Tentação
RomanceDois mundos opostos. Superior e inferior. Um exala inocência e o outro luxúria. Ambos obtêm regras rígidas para com os seus cidadãos, sendo a mais importante, a proibição de um cidadão sair de seu mundo. Essa regra tem sido respeitada por centenas d...