Capítulo 7 - Presos no Inferno

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Olá queridos leitores, eis aqui mais um capítulo para vocês.

Espero que gostem *----*

Boa leitura

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Heloise

Eu olhei ao redor daquele inferno que a meu ver era extremamente amedrontador, tanto que eu senti as minhas mãos suarem frio e um arrepio involuntário percorreu a minha espinha ao ouvir os gritos agonizantes das almas que ali viviam.

Não só elas me assustavam como também a aparência daquele mundo que era horrível e assustadora, tanto pelo fato de existir inúmeras montanhas negras cobertas por um líquido gosmento da mesma cor, como também pela falta de vida existente naquele lugar.

Tudo cheirava a morte, e pelas histórias que eu já ouvi sobre essa "prisão", qualquer ser vivo que aqui entrar será condenado a viver nesse inferno pela eternidade.

E agora? O que eu faço?

Se o que os livros dizem forem verdade, eu terei que me sucumbir a esse pesadelo para sempre sem ao menos ter uma chance de me salvar?

Ou talvez eu tenha que andar nessa escuridão e deixar com que a morte impregne o meu corpo lentamente de boa vontade?

Não, isso nunca!

Eu não me tornarei uma zumbi ambulante sem ter feito algo que me condene a isso.

Eu não roubei, não matei e muito menos violei qualquer tipo de lei existente nos dois mundos.

Por que diabos eu tenho que arcar com essas consequências injustas?

Sem conseguir segurar a minha indignação por mais tempo, eu comecei a dar os meus primeiros passos dentro daquele inferno a procura de alguma saída, que para mim era algo crível.

Todos as minhas esperanças foram depositadas em um possível portal de volta para o mundo inferior, mesmo que ele nunca tenha sido citado em livros de história, eu creio veemente que ele exista, pois se existe um portal de entrada, tem que existir um de saída, é a lógica.

Aos poucos eu fui andando sobre as pedras negras que compunham o caminho da prisão sem deixar o desânimo me tomar, pois além de não enxergar o fim do caminho, eu também não via qualquer indício de que havia algum portal de luz por perto.

- Não desista Heloise. - Eu disse a mim mesma tentando me incentivar.

Após inspirar profundamente eu soltei todo o ar preso em meus pulmões e voltei a caminhar com forçada disposição.

O tempo foi passando sem que eu pudesse defini-lo enquanto eu caminhava e caminhava rumo a estrada sem fim, sem conseguir aguentar a dor física que tomava conta do meu corpo, eu me sentei e olhei a sola dos meus pés que sangrava com os machucados recém-adquiridos.

- Droga! - Eu praguejei enquanto deixava as lágrimas de aflição escorrerem pelo meu rosto.

- Eu nunca vou sair daqui! - Gritei desesperada. - Nunca!

- É isso que você pensa? - Perguntou uma voz recém-conhecida por mim.

Então eu virei o rosto e vi o homem de olhos azuis cujo sangue é da realeza, mas as ações demonstram o contrário. Ele estava sem máscara agora, o que me proporcionou ver o seu másculo e lindo rosto por completo.

- Príncipe Oliver. - Eu murmurei piscando os olhos com incredulidade.

Juro que tentei com todas as minhas forças acreditar que ele estava realmente ali na minha frente, mas a desesperança já havia tomado conta da minha mente e para mim aquilo somente era uma miragem ou até mesmo uma ilusão.

O Doce Aroma da TentaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora