(Capítulo contendo linguagem sexual)
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Oliver
Saio do quarto de Heloise com o coração cheio de culpa. E tudo porque eu não consegui controlar a minha maldita raiva, e acabei a machucando sem querer.
– Droga. – Murmuro abrindo a porta do meu quarto. – Por quê eu tenho que ser tão irracional?
Desde de pequeno eu venho carregando esse defeito de fazer primeiro e escutar depois. Meu instinto é sempre partir para cima, nunca paro para pensar antes, e acho que é isso que me faz ser o cara mau na maioria das vezes.
– Mas pensando bem agora. Por que ela defendeu o Gabriel daquele jeito? Eles mal se conhecem.
Sento na minha cama, e fico algum tempo em silêncio refletindo sobre essa pergunta.
No fim acabo concluindo que é tudo culpa do meu irmão mais novo, e que mais uma vez ele está tramando algo.
– Ele deve gostar de apanhar, só pode.
Suspiro em frustração e me jogo de costas na cama.
– Será que a Heloise me odeia agora? – Fecho os olhos e lembro dela indo embora do meu quarto.
Droga, ela podia ter sido um pouco mais compreensiva poxa. Eu fui sincero. Não é isso que as mulheres gostam? De sinceridade? Então, eu falei o que tinha para falar, e acabei levando um belo chute na bunda.
E olha que eu ainda tentei me explicar, mas a porra da mulher não se calava. E o pior é que ela acabou comigo sem nem se importar com a porra dos meus sentimentos.
Que saco de mulher insensível! O coração dela deve ter gelo dentro, só pode.
O pior de tudo isso, é que eu ainda fui trouxa o suficiente de ficar plantado o dia inteiro na porta dela, esperando que ela chegasse e finalmente me desse a chance de me desculpar direito.
Mas olha que ela conseguiu pisar em mim mais uma vez?
Defendendo aquele sínico como se ele não fosse o maior culpado dessa história toda. Inocente uma ova, ela é burra isso sim.
Merda de coração que foi bater logo por uma mulher do mundo superior. Se fosse uma mulher daqui como eu havia planejado desde o começo, nada disso aconteceria, e Gabriel continuaria a sua vida promíscua sem se importar com a porra dos meus sentimentos pela pessoa que eu estou fodendo.
Mas não, eu tive que ser idiota o suficiente de me deixar levar pela luxúria, cujo destino final foi me deixar fascinado pela mulher que me frustra até o limite.
– Heloise. – Murmuro de olhos fechados. – Por quê você é tão difícil?
Nesse momento eu queria estar perto dela, deitado ao seu lado, sentindo o perfume dos seus cabelos, e adormecendo em seus seios. Não queria estar aqui sozinho e amargurado, tentando colocar defeito em uma mulher que eu sou louco.
A mesma mulher que agora está sozinha em sua cama, provavelmente vestindo uma camisola de seda, com os cabelos esparramados pelo travesseiro, e a boca... Ah, aquela boca.
– Já chega! – Exclamo me levantando. – Eu tenho que tocá-la, se não vou enlouquecer!
Saio do meu quarto determinado a fazer as pazes, e sem me importar com o meu orgulho, eu chego no quarto dela, e abro a porta com cuidado.
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O Doce Aroma da Tentação
RomanceDois mundos opostos. Superior e inferior. Um exala inocência e o outro luxúria. Ambos obtêm regras rígidas para com os seus cidadãos, sendo a mais importante, a proibição de um cidadão sair de seu mundo. Essa regra tem sido respeitada por centenas d...