Capítulo 10 - Refém do Prazer

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Hey Amores ;)
Capítulo novo, espero que gostem ❤

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Heloise

Acordei devido a um forte cheiro de podridão, o odor de carne podre era tão forte que eu enruguei o meu nariz, e tampei o meu rosto com as minhas mãos.

- Avise ao mestre que a bela adormecida acordou. - Disse uma voz rouca com escárnio.

Disfarçadamente eu abri os meus olhos para ver aonde eu estava e imediatamente me arrependi de ter o feito, pois em minha frente, a poucos centímetros do meu rosto, estava uma das criaturas a me encarar com desejo, e pelo acúmulo de saliva que caía no chão, o desejo com certeza seria de me devorar como se eu fosse uma espécie de prato saboroso.

- Que pena que não posso te comer. - Murmurou a serpente com o seu hálito fétido. - Mas não pense que o meu mestre não o fará.

Dito isso, a criatura se afastou, e saiu do lugar desconhecido, me deixando sozinha com um medo surreal.

O que eles farão comigo?

Pensei apavorada, enquanto olhava em volta a procura de alguma saída, porém ao finalizar a minha observação, notei que somente havia uma única saída, que era um buraco escuro, onde a serpente havia entrado.

Logo uma insegurança apoderou do meu corpo, se misturando ao meu medo que aumentava cada vez mais. Afinal eu estava prestes a ser oferecida como oferenda para o mestre dessas criaturas, e o pior era que se eu entrasse naquele buraco, poderia não encontrar uma saída, e sim um matadouro, onde eu seria o animal a ser abatido.

- Droga. - Amaldiçoei baixinho, notando que aquele buraco era a minha única esperança de sair daqui viva.

Então eu me virei de lado, e gemi de dor ao sentir uma pedra pontuda cutucar a minha costela, mas não desisti, logo me remexi tentando sair do saco que estava abaixo da minha cintura, prendendo as minhas pernas.

Continuei me remexendo feito uma minhoca por incontáveis minutos, quando finalmente senti o saco ceder e deslizar por sobre as minhas coxas, e em seguida pelas minhas panturrilhas, permanecendo nos meus pés.

Para tirá-lo de vez, eu me virei de bruços e apoiei as palmas das minhas mãos no chão, fazendo força para me levantar como em uma flexão, após sustentar o meu peso, eu dobrei a minha perna direita retirando o meu pé do saco, logo repeti o movimento com a esquerda, mas dessa vez senti uma forte dor no tornozelo devido a minha queda de mais cedo, porém não cedi, e com o dobro de cuidado e paciência, eu consegui retirar também o meu pé esquerdo do saco.

Em uma oração silenciosa eu olhei para o buraco escuro para ver se não vinha nenhum monstro, logo suspirei de alívio ao perceber que não havia ninguém, e após apoiar o meu pé direito no chão, eu me impulsionei e me levantei me apoiando na parede mais próxima.

Com a perna esquerda dobrada para trás, eu dei o meu primeiro pulo com a direita, em seguida dei mais dois, e me apoiei na parede, logo repeti o processo mais três vezes, e após dar o meu décimo terceiro pulo eu me vi diante do buraco escuro, cuja função seria me tirar dali.

Sorri sentindo o alívio tomar conta do meu corpo, porém essa sensação se esvaeceu tão breve como começou, pois de dentro do buraco escuro saiu um homem alto de cabelos longos e negros, com a pele tão branca como a neve, e dois surpreendentes olhos vermelhos, como a cor do sangue, eram profundos, sombrios e hipnotizantes.

Eu não conseguia desviar os meus olhos dos dele, era algo surreal, não conseguia explicar o que eu estava sentindo naquele momento, mas sei que era uma mistura de desejo e luxúria, fome e necessidade.

O Doce Aroma da TentaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora