Keep Out

Capitulo 3 - Primeira noite

- Por falar nisso, onde é que a menina Sonya está? - Perguntou a Claudya.

Olhei para o Bryan e ambos nos rimos.

- Foi com o Ryan deitar o lixo fora. - Menti.

- Bem, esqueçam isso e vamos ver o filme! - Rematou o Bryan.

Sentamo-nos todos no sofá, a Claudya e a Joanna ficaram nas pontas e nós no meio. Sabia que eles iam demorar (isto se viessem) por isso pedi à Claudya para meter o filme. Para ser sincera devo ter visto 20 minutos de filme. Não me lembro de ter adormecido mas a verdade é que o fiz.

Sonya

Quando demos conta estávamos sozinhos na cozinha. Preparava-me para descer as escadas quando o Ryan me agarra. Encostou o corpo ao meu e beijou-me, ao de leve, o pescoço. Um arrepio percorreu-me o corpo todo. Estremeci. As suas mãos deslizaram da minha cintura para baixo, chegando à zona dos glúteos, apalpou-os. Virando-me para ele, subi os calcanhares e beijei-o.

- Brincadeiras a esta hora? - Sussurei-lhe ao ouvido.

- Porque não? - Sorriu atrevidamente.

Pegou em mim ao colo e subiu as escadas. Pousou-me delicadamente na cama, atirando-se para o meu lado. Com o impulso saltei aproveitando para me sentar. Sentando-se atrás de mim agarrou-me a cintura e deu-me uma trinca na parte inferior da orelha. Retaliando empurrei-o e deitei-me sobre ele.

- Eles estão lá em baixo! - Evidenciei.

- E nós estamos aqui em cima! - Gozou.

Pegando numa das almofadas, atirei-lha.

- Estava a brincar! Nós não estamos nem vamos fazer nada, só quero usufruir de algum tempo a sós contigo.

- Oh! - Sorri. - Que riquinho.

Beijei-o e enfiamo-nos debaixo dos lençóis, depois de termos vestido os pijamas. Ficamos aninhadinhos a namorar durante algum tempo. Quando as minhas pálpebras começaram a pesar, não resisti e adormeci.

Ryan

Debrucei-me sobre a Sonya e reparei que dormia, parecia um anjo, uma das mãos estava debaixo da sua cabeça e a outra agarrava a minha. A sua boca esboçava um sorriso, deveria estar a sonhar. Devagar e cuidadosamente, levantei-me. Apesar dos meus esforços, ela mexeu-se quando retirei a minha mão da sua.

Continuávamos sozinhos no quarto, ou seja, ainda deviam estar a ver filmes. Olhei para o relógio que tinha no pulso. Já passava da meia noite. Ouvi um barulho, pareciam portas a ranger, portadas de madeira. Lembrei-me de ter visto umas no salão de baixo. Curioso, decidi ir ver. Arrastei os pés para fora dos lençóis e meti-os nos chinelos. Desci os dois lances de escadas, saltando de dois em dois degraus. Quando cheguei à sala, estavam todos a dormir e o filme na parte final dos créditos. Tacteei as calças à procura do telemóvel, lembrando-me que estava de pijama parei, tinha-o deixado no andar de cima. Paciência mas teria dado uma boa foto. A Joanna tinha-se virado para o braço do sofá com as pernas esticadas apoiadas num banquinho estofado a preto. O Bryan estava encostado ao ombro de Cathy, com as mãos na cintura dela, de boca aberta. Cathy tinha a cabeça sobre a de Bryan e as mãos caídas sobre as costas dele. Por fim, a Claudya estava enrolada em si própria, tendo projectado o seu rabo contra o de Bryan. Farto de me rir interiormente, decidi acorda-los. Primeiro tentei uma abordagem calma e serena mas como resposta apenas obtive gemidos. Então passei para o modo "despertador"!

- TOCA A ACORDAR! - Berrei o mais alto que consegui.

O meu berro desencadeou algumas reacções bastantes engraçadas. A Joanna , com o susto, empurrou o banco batendo como o rabo no chão. A Claudya levantou a cabeça ao mesmo tempo que Bryan e chocaram um com o outro. Apenas a Cathy se limitou a abrir os olhos antes de se mexer evitando assim acidentes.