Capítulo 19 (Revisado)

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- Não. Por quê acha que deveria ter acontecido?! - ele diz sério e frio. Esse não é o Chris que conheço, o que eu conheço já teria dito algo para me fazer rir há minutos atrás.

Meu estresse apenas aumenta, o que me faz perder a fome. Não vou conseguir almoçar com uma pessoa assim. Algo está muito errado e não vou ficar aqui. Me levanto da mesa e jogo o guardanapo sobre a mesa indignada. Minha paciência foi para casa do caralho. Não consigo aceitar tão facilmente um relacionamento onde não se há comunicação.

- Onde pensa que vai?! - é rude, se levantando da mesa também.

- Para onde eu vou, eu não sei, mas eu quero que você vá para a puta que pariu com esse seu jeito. - digo séria e dou as costas a ele saindo do restaurante, indo em direção à rua.

- Fernnanda, volte já aqui. - ouço Christian gritar, mas não dou ouvidos.

Estendo a mão e um táxi para à minha frente. Entro no veículo e dou o endereço de um apartamento afastado do centro da cidade. Em alguns minutos meu celular vibra dentro da minha bolsa. Pego ele e vejo que recebi uma mensagem de um número desconhecido. Abro a mensagem e meus olhos ficam marejados com o que vejo.

Christian segura uma mulher morena pela cintura enquanto a beija nos lábios. A foto me faz ficar irada e magoada também. Pela roupa que ele utiliza sei que foi depois que desembarcamos no aeroporto de Nova Iorque.

Louisa - Ah, então foi isso o que ele foi fazer quando disse que precisava ir ao banheiro.

Após alguns minutos recebo uma ligação dele. Atendo a chamada e com toda a minha raiva o respondo da forma que merece.

- Vai. Para. Puta. Que. Pariu. - encerro a chamada e desligo o telefone e ganho a atenção do motorista. Ele me olha de forma assustada com os olhos arregalados.

O carro vaga pelas ruas movimentadas e aos poucos o movimento dos carros irão diminuindo conforme nos afastamos do centro da cidade. Até que enfim o carro para em frente a um enorme prédio espelhado. Pago a corrida ao taxista e desço do veículo. Ando em direção a porta do prédio, a mesma se abre sozinha por ser automática e entro no enorme saguão do prédio. Atrás de um balcão, encontro o senhor de idade responsável pela portaria do condomínio.

- Bom dia, senhorita Fernnanda. Quanto tempo que não vejo a senhorita mais.

- Bom dia, Luigi. - respondo com um sorriso ao porteiro do prédio. - Poderia dar a chave do meu apartamento, por favor.

Ele se abaixa atrás do balcão, abre uma das gavetas, pega as chaves que deixei com ele após ter ido embora. Quando meus pais se foram, deixaram o apartamento de herança para mim entre outros imóveis que até hoje estão intocados.

- Aqui está, senhorita. Por sorte as empregadas limparam o seu apartamento hoje, porém ele não está abastecido. - responde Luigi educado.

Quando estive aqui na última vez, eu pedi para no caso de qualquer emergência e eu tenha que vir para Nova York, que o apartamento seja limpo pelo menos duas vezes na semana.

- Não se preocupe. Eu dou um jeito. Vou pedir comida para mim ou acabar pedindo uma pizza. Até mais. - aceno e atravesso o enorme saguão.

Ando até o elevador e seleciono no painel o 7° andar. O elevador fecha as portas, começa a subir e em alguns segundos depois ele para. Saio do elevador e ando até a porta do meu apartamento e abro a porta com a chave que Luigi deu.

Realmente o apartamento está limpo. Percebo que cuidaram muito bem dele. Todos os móveis pretos estão nos mesmos lugares da enorme sala branca com capas os protegendo da poeira. Ando em direção ao quarto e abro o guarda-roupa. Minhas roupas ainda estão ali limpas e bem cuidadas.
Ligo meu telefone novamente e vejo que possuo dezenas de ligações de Christian e uma mensagem dele.

Meu Amado Alfa Supremo [ COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora