Capítulo 10 - Christian

11.3K 772 97
                                    

Christian

Quando percebo que Fernnanda irá me beijar, eu consigo jogá-la na cama de volta. A tentação é enorme, mas com ela assim não tem como. Não ousaria encostar um dedo nela sem que ela estivesse em plena sã consciência e muito menos me aproveitar dela deste jeito.

— Ah, não, volte aqui. - diz fazendo biquinho tentando me puxar novamente.

— Eu já disse, tentarei algo com você somente quando você estiver sã. - digo sério me levantando da cama. - E por boa vontade, Fernnanda.

— Não, Christian, eu te quero, agora. – sua voz embriaga sai arrastada. - Vem aqui que eu quero te pegar de jeit... - do nada ela apaga e dorme.

Balanço a cabeça e rio negativamente não acreditando nisso. Como pode ser possível uma coisa dessas?! Essa mulher é muito imprevisível. Não quero ter o nosso primeiro beijo assim, fazendo de um jeito que ela não se lembrará depois, eu quero fazer quando saberei que isso ficará por bastante tempo em sua memória.

Lembro-me que de que preciso ter uma conversinha com o meu querido amigo Edgard. Acho que a minha visita já está dando trabalho demais. Onde já se viu, levar uma mulher ferida para uma balada, dar uma bebida batizada para que ela fique embriaga e desprotegida. Cubro Fernnanda com o edredom, fico a observando e então deposito um beijo em sua testa.

- Não será hoje que irei experimentar os seus lábios, minha doce Fernnanda. Até amanhã, meu bem.

Sim, não tem como negar. Percebi que estou apaixonado por esta mulher que está me deixando louco da cabeça. Quando a vi dançar com aquele desconhecido, o meu sangue ferveu e minha vontade era de arrancar a cabeça dele fora, mas a única coisa que fiz foi tirá-lo de perto dela para evitar um escândalo. Edgard e uma morena caiam na risada e ele nem se preocupava com Fernnanda.

Já era de se esperar que isso aconteceria, acho que me apaixonei por ela ainda nos meus sonhos, mas quando a vi pessoalmente aquele sentimento que estava no peito se tornou mais intenso. Quando fui atrás dela em Seattle, fui com uma esperança enorme no peito e um nervosismo sem tamanho. Mas quando a vi naquele dia na boate, foi como se uma bolha em meu peito se estourasse e todo aquele sentimento saísse para fora. Foi a realização de um sonho. Porém, não sei se ela sente o mesmo por mim. Às vezes ela está perto, às vezes ela está distante, ou ela está um doce, mas também quer me matar. E eu te garanto que isso é muito frustrante e me faz tomar atitudes de forma impulsiva.

Decido ir ter uma palavrinha com aquele desgraçado do Edgard. Desligo a luz do quarto e fecho a porta com cuidado, com medo de acordar Fernnanda. Quando acabo de descer os lances de escada, encontro Nathália, Andrew e o filho da puta do meu amigo chamado Edgard Anthony sentados no meu sofá de couro na sala assistindo TV.

Me sento entre Nathália e Andrew e me seguro para não dar um soco em Anthony por ter posto Fernnanda em risco com aquela porra de bebida.

— Edgard, o que você tinha na cabeça ao levar Fernnanda para a porra daquela boate?! - pergunto sério massageando as minhas têmporas para não perder a paciência, que já não tenho e não arrancar a cabeça oca dele com as mãos.

— Bem, ela queria esquecer uns negócios aí, então eu apenas comprei uma garrafa de tequila batizada para bloquear a loba dela. Com a força da loba dela presa, ela se tornou por assim dizer "humana" novamente e isso foi o que a fez ficar embriagada. - se explica dando de ombros, como se aquilo foi totalmente seguro.

— Cara, a minha vontade neste momento é de arrancar a sua cabeça fora. - digo calmo respirando fundo tentando manter o controle.

— Relaxa, ela está bem, não está? Então, o máximo que vai acontecer com ela vai ser uma puta ressaca amanhã. - diz rindo perdendo a noção do perigo.

Meu Amado Alfa Supremo [ COMPLETO]Where stories live. Discover now