— Não posso, minha neta. É o destino dela. Ela também está longe de seu companheiro. Se isso te conforta o companheiro dela sente a mesma dor que ela, ou até pior. - vovó mantém a calma que se não estivesse agonizando de dor, me faria ficar revoltada.

Louisa — Isso dói. Socorro, me ajude. Faça essa dor parar, Fernnanda.

Sinto que devo me transformar. Começo a correr direção a floresta, como se algo me guiasse até lá. Vejo minhas roupas se rasgarem e nem me incomodo com o meu estalar de ossos, já que a dor que sinto é pior. Começo a correr em direção a floresta e a subir em um terreno íngreme sobre minhas patas lupina. Chego a um ponto onde não tem mais para onde ir e estou no pico de uma montanha.
Minha agonia é tremenda. Olho para lua vermelha e uivo de dor no peito.
Uivo. Me sinto como que se a lua fosse minha amiga e eu lhe dissesse a dor que sinto no peito pela falta de meu companheiro. Bufo em minha forma ao me dar conta de que ele está comprometido com outra. Ele irá se casar com uma desconhecida e não comigo. Sua companheira.

Sinto aquela dor aumentar e de repente parar. Sinto liberta, mas me sinto como que se estivesse excitada demais. Preciso de um macho. Mas preciso do meu macho. Meu alfa. Sinto algo mudar em meu corpo. Mas não sei o que é ao certo. Talvez seja o meu corpo se acomodando para o recebimento do meu companheiro. Ou também para poder acomodar uma criança já que as possibilidades de engravidar na Lua de Sangue são imensas.

É o início do cio. A partir de hoje não poderei sair mais de casa durante os dias. Estarei sujeita a perseguição constante de outros lobos.

Corro colina abaixo de volta para o castelo onde vejo a distância minha nova família me aguardar silenciosamente. Penso em algo que me será muito útil.

Retorno a minha forma humana e paro atrás de uma grande árvore nativa. Fecho os olhos e como fiz com a maçã, canalizei o meu poder para que eu tivesse uma roupa quente cobrindo o meu corpo da brisa fria da noite. Abro os olhos surpresas quando deixo de sentir o vento gelado em meu corpo e sinto o calor da calça e da blusa cobrindo e protegendo minha nudez.

Ainda descalça, retorno andando pelo jardim até chegar onde todos ainda se encontram parados e me olhando surpresos. Minha avó é a única que mantém o olhar diferente. Ela me olha com um orgulho nos olhos e isso faz com que eu me sinta amada e não deixando de me sentir honrada.

— Parabéns, minha neta. Você conseguiu reagir muito bem a Lua de Sangue e pelo visto, conseguiu utilizar o seu poder ao seu favor. - diz vovó ao me abraçar.

— Obrigada, vovó.

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Christian

Alguns minutos antes...

Estou deitado na cama ao lado de Judith aguardando a Lua de Sangue para poder marcá-la como minha. Sei que ela estará pronta para me receber em seu corpo. Faltam poucos minutos para a lua se tornar vermelha como sangue e dar início ao nosso período de acasalamento. Sinto uma agitação ao meu lado e vejo Judith me olhando atenta. Ela está nua assim como eu.

— O que há com você, meu amor?! - pergunto notando a sua agitação.

— Nada, eu estou bem, querido. O que acha de dermos início ao nosso momento antes da Lua de Sangue surgir, assim poderá me marcar quando ela surgir. - Judith diz insinuando o seu corpo ao meu.

— É claro, se assim você quiser. - a olho safado.

Me deito em cima dela, mas com as mãos apoiadas na cama segurando o meu peso ao lado do seu corpo. Me posiciono no meio de suas pernas e começo a beijá-la. Assim como em todas as vezes que nos beijamos, eu não me sinto como acho que deveria me sentir. Não é algo quente, que me deixa animado a continuar. Talvez isso mudará quando eu a marcar.

Meu Amado Alfa Supremo [ COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora