Capítulo 31 - Operação cupido: SasuSaku

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É tão forte quanto o vento quando sopra
Tronco forte que não quebra, não entorta
Podes crer, podes crer
Eu tô falando de amizade

(Podes Crer - Cidade Negra)

Por Ino

- O que foi testudinha?! - perguntei pra Sakura quando atendi ao seu telefonema.

- Preciso de colo. - respondeu com uma voz tristinha. - A gente pode se ver?

- Foi alguma coisa grave? - ela não respondeu. - Haruno Sakura, você está me deixando nervosa. Só pra te lembrar que eu estou grávida.

- Desculpa, porca. Estava procurando um canto sossegado aqui no hospital pra falar com você! - a respiração dela estava ofegante e eu me preocupava mais. - Pronto, agora posso falar. O que foi que você me perguntou mesmo?

- Se aconteceu alguma coisa grave... - tentei falar de forma calma.

- Não é grave, mas aconteceu algo. - suspirou. - Preciso desabafar com minha melhor amiga de preferência comendo dangos.

- Tem a ver com Sasuke, não é? - o silêncio dela me respondia. - O que foi que aquele Uchiha mimado de uma figa te fez?

- Aconteceram coisas...

- Defina coisas - falei impaciente.

- Só pessoalmente pra te contar... posso passar na sua casa? - indagou a testuda.

- Não, eu passo na casa de Naruto e Hinata pra gente conversar, pode ser?

- Eu tô na casa do papai. - respondeu ela e eu fiquei surpresa. Ela não tinha me contado essa novidade.

- Na casa do seu pai? Por que eu não tô sabendo disso?

- Eram pra ser apenas dois dias, mas acabei ficando. Esqueci mesmo de contar, minha vida tá uma loucura porquinha.

- Tudo bem, mas hoje tiramos todo o atraso dessa falta de informações. Você sai que horas do hospital?

- Saio às seis hoje.

- Chego na sua casa às sete. Pode deixar que eu levo dango pra gente.

- Obrigada, Ino-porca. Amo você. 

- Também te amo, testa. Até mais tarde.

- Até porquinha. - desliguei a chamada.

Por mais que Sakura tenha me dito que não era nada grave aquilo não fazia com que eu me sentisse mais aliviada. Pra chegar ao ponto de me pedir colo, com certeza aí tinha. 

Ela sempre foi dura na queda, mas de uns tempos pra cá tem andado muito emotiva. Desde que chegou em Konoha mais precisamente.

Eu era a única pessoa que mantinha contato com Sakura em Tóquio. Foi difícil, mas eu consegui me reaproximar. Minha amiga tinha entrado num piloto automático de vida. Era universidade, trabalho, casa e mais estudo.

Ela estava num estado deplorável quando eu apareci por lá na primeira vez. Magra, com olheiras imensas, cabelo de qualquer jeito, unhas roídas. Tudo bem que Sakura nunca foi um poço de vaidade, mas aquilo estava demais. Eu quase não a reconheci senão fosse por seus cabelos.

Fiquei uma semana com ela por lá. Teria ficado mais se eu não estivesse no meio do semestre na universidade. Quando eu fui embora Sakura parecia até outra pessoa. Eu só sossegava quando ela comia direito e dormia.

Eu me senti praticamente mãe dela naquela semana. Tentei de tudo pra que ela voltasse, mas nada. Ela estava decidida, só cabia a mim aceitar e dar forças.

DaylightWhere stories live. Discover now