Capítulo 21 - Fábrica Caverna Ryuuchi

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Tudo nesse tempo morto
A qualquer momento pode
Acontecer
Pode pegar fogo nesse
Apartamento
De ressentimento pode o chão
Se abrir

(Tempo morto - 5 à seco)

Por Sasuke

Despertei sentindo uma súbita ponta de felicidade, talvez seja pelo fato de que hoje eu conversaria com Sakura. Eu dizia pra mim mesmo "calma Sasuke", mas é um tanto em vão. Pensava mil formas de como falar com ela, sentia meu peito apertar e minhas mãos suarem... definitivamente eu parecia um adolescente outra vez.

Mas antes de conversar com ela eu tenho um dia todo pela frente, muita gente pra reencontrar, meu posto pra reassumir e um chefe pra conversar. Ao lembrar de tudo isso senti um pouco da ansiedade diminuir e o coração um tanto mais controlado.

Acordei cedo, eram 06:17h da manhã e o expediente na fábrica começava as 08:30h, mas aí eu lembrei que teria que pedir carona a meu irmão porque em hipótese alguma eu pediria o carro de dona Mikoto emprestado pra nada, prefiro evitar conflitos já me bastam os do final de semana. Como eu trabalho numa montadora de veículos e como um dos engenheiros de lá cargo relativamente algo, tenho direito a um carro, normas da empresa.

Antes de me levantar cheirei aquele travesseiro ao meu lado mais uma vez, provavelmente eu não o lavaria tão cedo... o cheiro de Sakura é realmente maravilhoso e me fazia uma falta absurda e lá estava eu, Uchiha Sasuke pensando nela mais uma vez.

Levantei logo, senão eu moraria naquela cama agarrado naquele bendito travesseiro. Tomei um banho, dessa vez quente, e me arrumei. Coloquei uma calça jeans escura, uma camisa social azul-marinho e meu all star preto de couro... me vesti um pouco melhor porque eu não voltaria pra casa pra me arrumar iria direto da fábrica a casa de Naruto conversar com Sakura e não poderia ir de qualquer jeito.

Cheguei a cozinha e encontrei apenas meu pai tomando seu café, provavelmente depois daquele puxão de orelha triplo minha mãe não nos faria companhia e Itachi não estava à mesa porque deveria está dormindo ainda.

- Bom dia, pai – falei entrando na cozinha e fui em direção ao armário pegar uma xícara de café;

- Bom dia, filho – meu pai respondeu sem me encarar, só agora notei que ele lia algo em eu tablet, provavelmente o jornal de Konoha – dormiu bem?

- Dormi sim – hesitei – cadê a mamãe?

- Chateada conosco e me ignorando por completo – me pai me encarou divertido, desde quando meu pai tem esse bom humor matinal?

- E por que todo esse bom humor? - perguntei curioso;

- Simples, sua mãe sabe que está errada e em vez de me dar razão ela prefere me ignorar – ele riu – mas são mais de 30 anos de casamento e isso já não me afeta mais. É o jeito dela e eu a amo assim.

Fiquei um tanto atônito com essa declaração do meu pai, ele nunca foi de expor seus sentimentos dessa maneira. Fico me perguntando o que aconteceu nesse tempo em que fiquei fora, meu pai estava muito diferente mais sorridente, mais sentimental.

- Pai, o senhor está muito diferente;

- Como assim diferente, Sasuke?

- Está mais sorridente, bem humorado e mais sentimental – ele fez uma cara surpresa ao ouvir minhas palavras;

- Você prefere o Fugaku carrancudo de antes? - ele parecia um tanto desapontado e eu me arrependi de ter dito aquelas coisas pra ele;

- Lógico que não pai – suspirei – eu estou adorando esse novo Fugaku, só queria entender o motivo dessa mudança, apenas curiosidade.

DaylightWhere stories live. Discover now