A derrota

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O frio se espalhou por todo o lugar, gelo cobriu o chão e neve caiu do céu em uma tempestade, as sombras se dissiparam com o vento e eu pude ver todos congelados, os que estavam nos céus não conseguiam mais voar, o vento congelava suas asas. Vi todos ao meu redor pararem. Aquele era meu poder, não gelo, não água, mas frio, simplesmente frio. Eu o compreendi assim que o usei. Todos, até meus aliados estavam parados, os pés presos ao gelo, vi as árvores se tornarem pedras glaciais e o brilho estelar de Ryan, ele olhou ao redor e percebeu que tudo estava parado, percebeu que aquela era sua chance. E todos os inimigos ao alcance de sua vista foram ao chão com a queda o gelo se partia, as peles se rasgavam. Mas ainda haviam os outros. Ele olhou para o outro lado. Ele tinha usado seu poder e o usaria de novo. Lembrei do que a bruxa tinha falado, como ele ficava fraco depois de usar o poder.
- Ryan!
Gritei por ele antes que ele o usasse e ele olhou para mim. Espanto cobriu seu rosto e então alívio. Ele ainda estava disposto a usar o poder se significasse o fim daquela luta sangrenta, ele estava disposto a usar tudo de si, quando as sombras surgiram novamente, envolvendo uma única criatura, um único par de olhos sombrios e brilhantes.
- Não!
Gritei para Ryan, corri em sua direção. E então as sombras se espalharam por todo lado, Lan surgiu na minha frente eu vi seu olhar de pavor, ela sabia o que era aquilo, e sabia que devia ser mais temido que qualquer coisa.
As sombroas recairam sobre nós e eu não pude ver mais nada. Era escuro demais. Escutei vozes, sons de luta, mas não podia fazer coisa alguma, estava escuro demais. Gritos. Urros. Baques.
Então o par de olhos amarelos brilhando e então a noite caiu sobre mim. Tínhamos perdido.

Continua...

Fim do segundo volume de Cidade de Magia.

Prefácio do terceiro já disponível.

Cidade de Magia - Aprisionada por Espinhos

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