EXTRA - [DOCE] FERNANDO AMARGO

9.4K 1.2K 1.2K
                                    

 ATENÇÃO NOVOS LEITORES: temos um grupo no whatsapp (só mandar o número pelo meu inbox aqui) e outro no FACEBOOK (o nome é "Gabriel Gostosão"). Só chegar <3    

Texto betado pela também escritora VerenaBelfort. Conheça as histórias e os trabalho dela através de seu perfil! Se não fosse Vere eu não sei o que seria deste imenso capítulo! <3


Enjoy!

--------------------------

Existiam apenas duas coisas que eu amava fazer neste mundo: irritar Jonathan e tocar guitarra com o amplificador ligado no último volume. Como a vida era muito boa comigo, conseguia fazer essas duas coisas ao mesmo tempo.

Sempre que ficava entediado, ligava o amplificador. Depois de 7 minutos, mais ou menos, Jonathan aparecia e começava a esmurrar a porta trancada do meu quarto, pedindo para eu parar de tocar guitarra. A melhor parte era que, por causa do volume alto da música, só conseguia ouvir os socos dele contra a porta, nunca seus gritos.

Era assim que eu me livrava do tédio, e digamos que naquele dia eu estivesse um pouco entediado.

Olhei para o relógio pendurado na parede. Havia exatos 5 minutos que eu estava tocando um solo de uma música qualquer do Metallica. Eu nem gostava de Metallica, mas os solos deles são tão barulhentos e distorcidos que o meu objetivo era alcançado com mais rapidez... Olhei para o relógio novamente. 7 minutos tocando e, então, os murros se iniciaram.

Parabéns, Jonathan! Sempre pontual!

Passei a tocar mais rápido e cantarolar baixinho, me divertindo. Fazia isso pelo menos cinco vezes por semana e nunca me cansava...

Porém fui obrigado a parar com a guitarra quando vi no visor do meu celular que a minha irmã estava me ligando. Ela nunca me ligava.

— Fala – atendi o telefone rapidamente, tentando ao mesmo tempo não transparecer que eu estava preocupado.

— Sou eu quem está socando a sua porta, imbecil – ouvi sua voz dizer tanto do parelho, quanto do lado de fora do meu quarto.

Respirei fundo, desligando o amplificador. Tirei a guitarra dos ombros e fui abrir a porta.

— O papai não está em casa, então todo esse esforço para irritá-lo é inútil. Acho bom saber.

Droga.

— Você não cansa disso? – ela continuou, entrando no quarto sem esperar minha permissão.

Eu a segui, depois de empurrar a porta com o pé para que fechasse.

— Não.

— Parece uma criança... Você já tem 18 anos, Fernando – lembrou – Está na hora de tomar vergonha na cara.

Fiz uma careta, parando em frente a ela e colocando a palma da mão no seu rosto, calando-a, igual eu fazia quando éramos crianças.

— Estou no meu momento, Alice. Não rouba a brisa.

Ela tirou a minha mão de seu rosto.

— É exatamente disso que estou falando – disse se referindo ao gesto. – Você precisa crescer.

Suspirei sem paciência.

— Fiquei preocupado com a sua ligação – mudei de assunto – Pensei que estivesse com problemas.

— Se eu não ligasse você nunca abriria a porta. Não sei como ainda não ficou surdo com tanto barulho.

— Vai dizer logo o que veio fazer aqui?

NOVEMBROWhere stories live. Discover now