30 - O Diário

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Cheguei à casa dos Fernandes depois deles

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Cheguei à casa dos Fernandes depois deles. Rever Fernanda foi uma grande alegria. Ela me deu um abraço longo e apertado e me cobriu de beijos. Me senti protegida novamente, e não saí de perto dela durante um bom tempo.

Havia vários quitutes comprados em padarias, inclusive um bolo que Pedro implorava para que fosse cortado de uma vez.

Max também estava lá, só para variar.

Fernanda contava detalhes da sua viagem e cobrava a atenção de todos (e também esse era o motivo para ela negar o bolo para Pedro. Só iríamos comer depois que ela terminasse de contar tudo), e embora isso fosse interessante, acabou atrasando Gabriel e eu em nosso plano. Para piorar toda a situação, Fernanda me fez repetir pela milésima vez como eu havia me apaixonado por Gabriel, quando e onde foi o nosso primeiro beijo... Mentiras e mais mentiras que deixavam tanto eu quanto Gabriel sem graça. Quando finalmente a conversa mudou o foco, eu e meu namorado falso conseguimos nos afastar dali.

– Me dá o que você quer que eu abra.

Tirei o caderno de dentro da minha bolsa e o estendi para Gabriel.

– Já viu isso alguma vez na vida? – perguntei.

Tinha esperanças de que meu pai alguma vez tivesse me mostrado aquele caderno e eu tivesse esquecido. Não queria ter de desconfiar dele mais do que eu já desconfiava.

– Não. – ele pegou o caderno das minhas mãos. – O que é isso?

– Não sei exatamente. – respondi desapontada. – Encontrei dentro do guarda-roupa do meu pai... Numa espécie de esconderijo.

– Suspeito. – ele escondeu o caderno dentro do bolso canguru do seu moletom. – Vou para o meu quarto abrir e Pedro vai me dar cobertura. Quando eu conseguir abrir, ele vai vir te chamar. Se alguém sentir nossa falta antes, você fala que estamos preparando uma surpresa pra mãe.

– Ok.

Toda aquela conversa fazia eu me sentir parte do serviço secreto.

Gabriel voltou para onde todos estavam reunidos e fez um sinal com a cabeça para Pedro que atendeu prontamente. Os dois subiram as escadas que levavam aos seus devidos quartos e eu voltei para a companhia dos Fernandes, Victor, Max e meu pai.

Era estranho ficar ali com meu pai e fingir que eu não sabia de nada sobre as coisas que estava escondendo.

Não sentia raiva, também nem tinha esse direito. Eu matei a mulher da vida dele logo quando nasci. Mas estava curiosa sobre o que ele tanto tentava me esconder e porque A VHS não tinha nada demais, então por que ele a escondeu de mim?

Depois de um tempo, aconteceu o que Gabriel disse: perguntaram sobre ele e Pedro.

– Onde foram parar meus filhos? – perguntou Fernanda olhando ao seu redor.

NOVEMBROWhere stories live. Discover now