— Muito obrigada, a partir daqui eu cuido. - digo para os meninos que se despedem e vão embora após desejarem melhoras para Christian.

Fecho a porta e quando me viro para trás, sou presa por olhos azuis que me encaram severamente. Eles são frios, e perdeu todo aquele brilho anterior.

— Então, acho que você não tem esse dever de cuidar de mim. Você não é minha companheira. - Christian diz ríspido e logo geme novamente de dor.

Algo no que ele falou me fez sentir uma leve dor no peito.

Louisa — Deveria ter ficado sem essa, mas como você estava pedindo.

— Cale a boca, Louisa. - digo irritada.

Christian arqueia a sobrancelha me encarando com sarcasmo. Acha que eu devo ser louca.

— Onde possui um kit de primeiros socorros?! - pergunto, mas ele não me responde. - Vai me responder, não?!

Ele me encara sério, até parece que quer me atacar, mas desta vez para matar.

— Como você mesma diz, você não manda em mim. - diz com desgosto. - Mas como estou precisando, no armário do banheiro possui um.

Deixo-o sozinho e ando pelo enorme quarto preto até chegar ao extravagante banheiro. O banheiro é todo branco e com detalhes dourados. Há uma enorme banheira, um box com 2 chuveiros, suponho eu, um para água quente e o outra água fria. Vou até o armário com a pia de mármore e pego uma caixa branca com uma cruz vermelha em cima.

Volto ao quarto e Christian resolveu se tampar com um edredom da cintura para baixo, mas ainda só de olhar me dá água na boca.

Louisa — Você é muito bipolar, uma hora você o deseja e na outra você o rejeita. Vai se tratar, sua doida.

Ignoro minha loba e me sento na beirada da cama. Pego gaze e tento conter o sangramento. Droga, não quer parar de sangrar. Ele é um lobo, não deveria já estar cicatrizando?

— NATHÁLIA. - grito.

Após alguns minutos ela chega e ao olhar para Christian a sua boca se abre perplexa.

— O que houve?! Você me chamou?! - ela pergunta apreensiva entrando no quarto.

— Sim, por favor pegue no meu estojo de medicamentos uma vitamina K, preciso cortar este sangramento e traga uma bolsa de soro e um equipo, por favor.

Nathália assente a sai rapidamente do quarto. Um minuto depois ela volta com o meu estojo e uma bolsa de soro fisiológico nas mãos e o equipo.

— Fernnanda, é muito estranho que o corpo dele não tenha coagulado o ferimento sozinho. - ela comenta me estendendo os equipamentos médicos. - Isso é o efeito da rejeição.

Dou um olhar mortal para que ela cale a boca, já me basta ele e Louisa jogando tudo na minha cara, ela assente e fica para me ajudar. Pego o soro, procuro alguma coisa para pendurar a bolsa e acabo não achando, mas acho um quadro em cima da cama, o retiro e coloco a bolsa ali. Pego uma seringa no meu estojo, a ampola da vitamina K e faço a punção do medicamento com a seringa, dou uma batidinha na seringa para sair as pequenas bolhas que se formam na parede dela e injeto a substância na bolsa de soro. Com a ponta do equipo o coloco na bolsa de soro e depois procuro um garrote e o prendo no braço forte de Christian para eu conseguir achar a sua veia. Quando a encontro, passo um algodão embebido no álcool sobre a superfície e com cuidado faço a inserção da agulha na veia de Christian que geme novamente. Libero o conta gotas bem de leve para que comece a gotejar o soro pelo equipo até a veia dele.

Nathália vê que não vou precisar mais dela, se despede e sai do quarto me deixando a sós com Christian.
Retiro as gazes encharcadas de sangue, me levanto e os coloco sobre a superfície da pia para depois serem incinerados por serem um material contaminante. Volto e Christian me encara sem dizer nada.
Pego um tanto de algodão embebido em álcool e com cuidado passo ao redor do corte na barriga de Christian para retirar o sangue. Ao limpar o corte, não deixo de reparar em seus gominhos definidos.

Meu Amado Alfa Supremo [ COMPLETO]Where stories live. Discover now