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Pov. DULCE

Não poderia ser verdade, eu não poderia estar gravida, depois desse acidente como ele sobreviveu?

-Não posso estar grávida, era pra ter perdido antes de descobrir isso.

-Mais quando você caiu foi amortecida por Christopher, pode considerar que ele salvou você, bom, vou indo - Sai.

Ele tinha razão, o Christopher me salvou, salvou a mim e ao nosso filho...

-Dulce por favor não chore - Maite caminhou até mim - Não!

Ela me viu abaixar a cabeça indicando que ia chorar, antes mesmo dela me tocar me levantei e sai correndo.

(Leiam ouvindo a música)

Esbarrei em vários pacientes e médicos que haviam ali, mais não deixei de correr, saindo do hospital corri por um tempo até ir pra uma rua vazia, a chuva caía forte lá, logo avistei um casal abraçado debaixo de um guarda chuva, eu me sentei no banco de uma praça e fiquei pensando em como seria minha vida? Ele se arriscou por mim e meu filho, mais agora ele não vai pordes vê-lo, o bebe que ele tanto queria está aqui dentro do meu ventre e ele não está aqui pra fazer-lhe uma carícia, ou dar uma de pai babão.

Fiquei horas ali chorando, implorando pra isso tudo ser um pesadelo e quando acordar ver ele na minha cama abraçado a mim me olhando.

*^*

Acordei e olhei pro teto, minha roupa estava molhada, meu rosto quente e ressecado, olhei meu celular e tinha mensagem falando que o velório do Chris seria hoje daqui 40 minutos.

Meu coração voltou a doer, pensei que isso tudo não passava de um pesadelo, e pro meu azar havia sido verdade, não sei se deveria ir, não iria conseguir olhar ele assim, sinto como se um pedaço de mim tivesse morrido, e a outra metade ainda está se formando dentro de mim...

Pensei um bom tempo, e cheguei à conclusão de que iria só no enterro, não ia conseguir vê-lo naquele estado.

*^*

Chegando la via seus amigos e seus primos, mais o que me chamou atenção foi uma mulher loira de aparentemente 50 anos, ela repara que eu a olhava e se aproxima de mim.

-Posso ajuda-la? - Ela pergunta

-Acho que ninguem vai poder me ajudar nesse caso.

-Voce é a amiga do christopher?

-Nao! Sou a namorada - Ela tira os oculos e vejo os olhos de Christopher.

-Meu filho tinha namorada?

-Vo...vo... você é a mãe dele? - Eu nao estava acreditando.

-Sim, sei que era o momento certo pra nós conhecermos, mais nunca imaginei te conhecer dessa forma, nem sabia que meu filho tinha namorada, ele sempre disse que era pegador - Rimos ao lembrar.

-Pois é, nossa historia foi totalmente fora do planejado - Sorri forçada.

-Oh querida - Me abraçou ao perceber que iria chorar.

-Eu to gravida - Chorei em seu ombro - Estou esperando um filho dele.

-Querida nao chore - Segurou meu rosto - Eu sei que sou perder alguém que amamos, ainda mais no seu caso, você é tão nova, vai ter seu primeiro filho, e sei que se sente sozinha, mais eu vou te ajudar em tudo, não se preocupe com isso ok?

Eu concordei e fomos até onde o caixão estava, a mãe dele me entregou umas rosas que eu jogue em cima do caixão, e outra fui tirando pétala por pétala, cada pétala arrancada era uma lágrima,cada lágrima uma lembrança, cada lembrança uma dor.

A chuva voltou a cair, a mãe coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e eu a olho.

-Desculpe, como se chama minha querida - Ela perguntou.

-Me chamo Dulce, Dulce Maria - Respondi fungando.

-Lindo nome, me chamo Alexandra, mais me chame de Alê, mais só vim aqui te avisar que quando precisar de mim, é só me ligar - Me entregou um papel com seu número - E também tem o meu endereço, mais se quiser ir pra casa comigo pra conversarmos - Deu de ombros - Será muito bem vinda.

-Obrigada Dona Alexandra, mais acho melhor eu ir pra casa, não estou pra conversar hoje, só quero ficar um pouco sozinha.

-Quer que eu te leve pra casa? Estou sozinha com minha filha, não ê bom você ficar andando sozinha.

-Obrigada, mais acho que vou andar um pouco, quero esfriar a cabeça, mais assim que me sentir um pouco melhor prometo ir te fazer uma visita.

-A Christina na amar te conhecer, ela só não gosta muito do irmão mais acho que irão amar se conhecer, e ela também está grávida.

-Ela deve ter mais sorte que eu, pelo menos o pai do bebê dela está vivo - Me lamentei

-Não querida, eu preferia ver ele no lugar do Christopher, pois abandou a Christina depois de levá-la pra cama, vocês duas estão quase na mesma situação.

-Acho que seria melhor ele te me abandonado dessa forma, pois a maneira que me abandou foi muito doloroso.

-Não é bom ser abandonada de nenhuma forma, a Christina também sofreu muito, mais melhorou quando percebeu que era melhor ficar sozinha do que mal acompanhada.

-Verdade!

-Mais já que não quer carona, não vou te obrigar a nada - Me abraça - Se cuida querida, e toma cuidado, agora está com um neto meu na barriga - Acaricia minha barriga - Não esqueça de me visitar.

-Não vou, se amanhã eu acordar melhor irei te fazer uma visita.

-Vou te esperar - Me abraça de novo e sai.

Eu fiquei ali olhando as flores e implorando pra isso não ser realidade, fechei meus olhos torcendo pra ele vir e me abraçar, mais isso não iria acontecer.

Coloquei meu casaco sobre os ombros e sai de lá com o coração nas mãos, ou os pedaços dele, e segui andando nas ruas, estava reconhecendo aquele local, mais a chuva não ajudava muito, e logo vi o carro do Christopher e me aproximei, o carro estava destruído, e ao me aproximar mais um pouco vejo algo.

-Não pode ser... - Neguei segurando as lágrimas.

O que será?
Nossa gente eu to charango escrevendo....
Mais o momento está perto
O que será que ela viu?
Alguém quer maratona?
Comentem....
E mais alguém pro grupo?
É só falar...

Aprendendo A EsquecerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora