-Sim, não sei o que fazer sinceramente. – No fundo eu já sabia.

-Filha, o que é isso no seu travesseiro? – ela perguntou olhando um cisne de papel meio amassado que eu havia pegado da minha gaveta logo pela manhã.

Um sorriso tímido apareceu em meus lábios involuntariamente e respondi.

- Foi ele quem me deu. – podia sentir o olhar dela em mim mais me perdi em pensamentos lembrando como havia ganhado aquele cisne.

Flashback on

Estávamos em um bar, no dia em que nos conhecemos e falando sobre mil assuntos aleatórios, nossas risadas ecoavam o lugar, parecia que nos conhecíamos a vidas, e eu dizia que não tinha talento nenhum, que era péssima! Ele pegou em minhas mãos e senti um formigamento em todo meu corpo mais rejeitei esse pensamento prestando atenção no que ele dizia. – Você é líder de torcida, o que mostra a sua ótima coordenação motora, é representante do grêmio estudantil, isso mostra que além organizada e ter bom gosto é super inteligente! Tirando o fato que você é tão linda que meus olhos ardem só de olhar pra você. Na ultima frase demos um riso de lado juntos e bebemos um pouco da nossa bebida. Não ficava sem graça fácil mais aquilo tinha me pego desprevenida. _ não é possível você achar que não tem talento! – ele sorriu.

- Bom então já que você já ressaltou as minhas qualidades eu quero saber as suas mais não o basquete, essa eu já sei. – Disse tentando dar continuação ao dialogo.

- Bom... tem... Ah! Já sei! – falou ele pegando um guardanapo do balcão em que estávamos sentados e começando a fazer dobraduras.

- Pronto! Aqui esta minha outra qualidade. - ele disse estendendo o cisne de papel e colocando em minha mão.

-Aaah, isso ai eu também sei fazer! –Disse rindo.

- Duvido muito! – ele disse deixando todos seus dentes expostos num belo sorriso.

-Então vamos deixar isso mais interessante... – disse com um olhar provocativo. –Se eu conseguir você vai ter que me fazer alguma coisa, qualquer coisa que eu queira e você não poderá negar. – eu disse e ele me olhou instigado.

-Ok, mais e se eu ganhar e você não conseguir fazer?

-Você escolhe. – disse olhando em direção aos seus lábios, e eles estavam me chamando.

- então vale o mesmo para mim.

Aproximei-me dele a ponto de sentir sua respiração, me aproximei de seu ouvido e sussurrei - Já vi que pelo jeito ninguém vai sair perdendo não é? – e depositei um beijo no seu pescoço. Senti seu corpo se arrepiar e amei aquela sensação.

Depois de umas 17 tentativas, saíram barquinhos e aviões mais o cisne mesmo... – Ok vai! Definitivamente essa é uma qualidade sua, um talento na verdade! – disse já derrotada e ele riu apontando para si mesmo com cara de te avisei.

-Vamos La senhor talentoso, o que você quer de mim? – disse olhando naqueles olhos castanhos.

-Uma carona pra casa.

-Sério? Hahaha isso? Faria isso por você se pedisse. – disse um pouco desapontada. Quando sinto ele se aproximando dessa vez indo direto em minha orelha.

- Muita coisa pode acontecer no caminho de casa. – Ele me deu um beijo semelhante ao meu alguns minutos atrás e me arrepiei por inteira, que sensação.

Assim nos levantamos e fomos em direção ao meu carro, o dele estava no mecânico. Ele foi me guiando e fomos conversando pelo caminho quando ele me pediu para parar pois precisava ir no "banheiro". Estacionei perto da reserva em que estávamos passando e ele saiu, passaram alguns minutos e ele não tinha retornado, sai do carro chamando pelo seu nome e nada dele. Entrei um pouco na reserva quando aquele ser pula na minha frente me dando um baita susto.

-Stiles, meu deus você me matou de susto, por que fez isso?

-Porque eu precisava fazer isso... – quando dei por mim seus lábios já estavam colados nos meus. Foi quente, o beijo era ao mesmo tempo necessitado e calmo, uma sensação de descoberta... Me senti como um tesouro que ele havia acabado de achar.A passagem com a língua dele foi automaticamente liberada por mim era intenso, quente, parecia que meu corpo pegava fogo. Quando nos faltou ar nos separamos.

-Não precisava ter me dado um susto para me beijar podia ter pedido na aposta. – disse olhando pra ele enquanto voltávamos pro carro. Ele me prensou na porta do carro e me deu outro beijo, esse era mais desesperado, mais rápido e sentia suas mãos apertando minha cintura me deixando desejosa por mais. Ele parou o beijo e sussurrou para mim.

-Não iria deixar nosso primeiro beijo ser de uma aposta. – ele disse tímido.

-Bom se era isso que te preocupava, se eu ganhasse iria escolher a mesma coisa. – piquei pra ele quando ele soltou uma gargalhada e dessa vez eu o puxei para o beijo. Nesse já não tinha mais pudor nenhum, sentia seu desejo por mim crescer rapidamente quando abrimos a porta do banco de trás e entramos ali meio que afobados sem nos separamos do beijo, sentei em seu colo e nossas intimidades se roçavam deixando aquele beijo ainda mais desesperado e rápido. Nossas roupas se perderam em segundos e nos entregamos um ao outro naquele carro de um jeito perfeito.

Flashback off

-filha? – minha mãe me tirou completamente dos meus pensamentos e tudo voltou a minha cabeça como um rojão.

-me ajuda... – saiu como um sussurro.

-Filha, não posso tomar as decisões por você, mais como mão posso te mostrar o que eu vejo disso tudo, você nunca foi apegada, sempre foi independente o que é uma qualidade mais pode ser muito solitário às vezes. Você ter guardado esse cisne, é uma grande demonstração de carinho que tem por ele não acha? E outra, eu não te vejo chorando, nunca! Quando cheguei achei que alguém tinha morrido, quando você me disse que era por um menino, eu já sabia que ele era diferente para você, mais isso sou eu falando, você tem que ouvir o que o seu coração fala. – por fim ela me deu um beijo na cabeça e se despediu.

- Lembre-se que você é nova demais para ter tantas duvidas, se arrisque mais, essa é a hora. – fechando a porta do quarto e me deixando ali com mais pensamentos ainda.

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InsegurosWhere stories live. Discover now