Revenge [z.m]

Capítulo 26

- Eu... - Tento dizer alguma coisa, mas as palavras não me saem da boca. Sinceramente, não sei o que lhe responder.

- Cala-te Zayn, apenas cala-te. - Ele senta-se na cadeira e passa as mãos pelo cabelo frustrado. - Se em vez de negares, tivesses admitido logo o que sentias, ela estaria contigo, era só estalares a porra dos dedos e ela iria a correr para ti. Mas claro, o Zayn Malik nunca se apaixonaria pela melhor amiga "sem sal" dele não é? Eu não, eu tive de lutar para que ela gostasse de mim, por isso agora digo-te, eu não a vou deixar ir para um m*rdas como tu, porque eu a amo. Por isso eu não admito que ajas como se ela fosse a coisa mais importante para ti, porque o orgulho está a cima dela. - Mas ele acaba de dizer isto sinto o meu sangue a ferver, a minha visão começa a ficar praticamente negra de raiva. Agarro-o pelo colarinho e encosto-o à parede. Os rapazes tentam-me separar do pescoço dele, em vão.

- Não admites? Quem não admite sou eu, eu não admito que sequer questiones sobre a importância dela na minha vida!

- Ai ela é importante? Então demonstra-o! - Grita na minha cara e algo me faz controlar o acesso de ira e largo-o virando-lhe costas.

- Vocês parecem duas crianças, parem com isso. Discutam como dois adultos! - O Liam resmunga.

- Zayn, não me importa se me vais bater também ou não, mas o Harry tem razão. Tu tens de perceber que não és o único que está desesperado com tudo isto, ela é como uma irmã para mim caraças! Eu adoro aquela miúda, mesmo quando me aperta as bochechas. Pensas que eu não me importo se lhe acontecer alguma coisa? Mas neste momento temos que pensar com a cabeça e não com o coração. Não estamos a lidar com uns criminosos quaisquer, estamos a lidar com os Legion, todos nós sabemos o quão perigosos eles podem ser, por isso acalma-te e ajuda-nos a pensar numa solução.

Eles estão a pedir-me praticamente o impossível, eu não consigo sentar-me e pensar numa solução racional. Não quando sei que a posso perder a qualquer momento, não depois desta discussão com o Styles.

Saio de perto deles e caminho até à rua, preciso de respirar um pouco, de me acalmar antes que faça algo que me arrependa. Sento-me nas escadas de mármore na entrada, passo as minhas mãos pela cara e suspiro, porquê que eles simplesmente não nos deixam em paz? Eles já não estão presos, continuam com a porcaria dos negócios, então que nos deixem, porra!

- Desculpa. - Assusto-me, quando uma voz soa ao meu lado.

- O quê?

- Tu ouviste Malik, não te dês para esperto. - O Harry reclama e volta o seu olhar para o muro à nossa frente. - Eu exaltei-me demasiado à bocado, não devia, mas tens de perceber que também está-me a custar ver a rapariga que amo e que tu também amas a correr risco por causa da m*rda que nós fizemos no passado.

- Harry eu já te disse...

- Zayn para! Sinceramente, tu estás a tentar enganar-nos ou enganar-te a ti próprio? Já toda a gente percebeu o que sentes por ela, todos menos ela. Eu lutei por ela e consegui-a, mas consegui porque tu estavas demasiado preocupado em negar para ver o que estava à frente dos teus olhos. Tu sabes o que sentes por ela, tu no fundo sabes. Então para de ser um cobarde e admite para ti mesmo de uma vez por todas. - Levanta-se sacudindo as suas jeans. - Eu vou para dentro, estamos a tentar arranjar uma maneira de ela não ter contacto com o John e acho que tu também deverias vir.

Vira costas e deixa-me sozinho com os meus pensamentos atribulados. Eu sei, porra eu sei que o que sinto por ela é mais que uma simples amizade. Sei que o meu desejo ardente de a proteger não é normal, sei que me sinto atraído por ela, mas amor? Paixão? Não sei. Há três facetas do romance.

Atração, que está relacionado com o que vimos.

Paixão, está relacionado com o que sentimos, mas com o tempo acaba.

Amor, que tem a ver com o que conhecemos da pessoa. O amor é como uma fogueira, acaba se não o alimentarmos.

Tenho medo que se admitir para mim mesmo que sinto um destes três por ela, o que sinto aumente de uma forma explosiva. Eu não quero isso. Iria magoar a ela, a mim e a um dos meus melhores amigos. Ela fica melhor com ele, ele ama-a como mulher, já eu, sempre estarei ao seu lado como um irmão.

CARE POV

- Anda lá Caroline, vais-te divertir!

- Oh eu não sei, isso não é bem a minha onda. - Suspiro brincando com a palhinha da minha bebida, eu quero ir, a última vez que fui foi à mais de um mês, mas mesmo assim tenho medo.

- Oh não me digas que estás com medo. - Ele gargalha e eu coro. - Oh vá lá Care, eu estou lá contigo, não te vai acontecer nada, confia em mim.

- Peter eu não sei. - Suspiro relutante, ele é um rapaz simpático e eu sinceramente estou a gostar de o conhecer, é um bom amigo, mas daí a sair com ele... o Harry não se deve importar acho. - Muito bem, a que horas vens me buscar?

- Hum... pode ser às... oito horas, eu passo por tua casa e ligo-te para vires ter comigo ao carro.

- Combinado então. - Olho para o relógio. - Tenho de ir para casa, vemos-nos mais logo então. - Despeço-me com um beijo na bochecha e volto para casa.

- Amor. - Chamo o Harry assim que entro. Este desvia o olhar da televisão e lança-me um sorriso delicioso, fazendo-me sinal para o ir abraçar. Ultimamente anda assim, carente.

- Diz lá o que querias, princesa. - Mando um sorriso nervoso, ai meu Deus, acho que ele não vai gostar nada.

- Hum... era só para te dizer que hoje vou a uma festa. - Ele arregala os olhos e franze a testa.

- Como assim vais a uma festa? Com quem? - Pergunta irritado.

- Harry, por favor não comeces. Vou a uma festa, divirto-me, tenho juízo e venho para casa, nada de mais. - Encolho os ombros e sento-me no sofá ao seu lado.

- Com quem? - Repete.

- O Peter.

- Como assim vais com o Peter? Estás a gozar com a porra da minha cara só pode! (Quem mais concorda com o Harry? \o/)

- Harry ele é meu amigo, convidou-me para ir a uma festa, qual é o mal? (Desculpem interromper outra vez, mas eu acho que a Care não sabe lá muito bem o que é o conceito de namoro ahahah)

- Qual é o mal?! - Ele grita. - Também gostavas que eu fosse a uma festa qualquer com uma gaja?

- Harry porra, tu já foste a milhões de festas e eu não disse nada, devias estar contente em que pelo menos tem lá alguém que me proteja.

- As festas que eu fui desde que estávamos juntos foi com os rapazes. R-A-P-A-Z-E-S!

- Vai dar tudo ao mesmo. - Encolho os ombros.

- Já vi que não vale a pena falar contigo. - Vira costas. - Só depois não digas que não te avisei.

- Harr... - Sou interrompida com o barulho da porta da entrada a bater violentamente e sinto lágrimas formarem-se nos meus olhos. Será que ele tem razão? Será assim tão mal ir com o Peter a uma festa? Para mim não tem, eu não quero que o Harry fique zangado comigo, mas também não posso fazer tudo segundo a vontade do meu namorado. Está decidido eu vou. Eu também não o impeço de nada e ele também não tem direito de me impedir.

NO PRÓXIMO CAPITULO DE REVENGE:

- Sou maior e vacinada, o Harry não manda em mim!

- Tu?

- Se lhe tocas com um dedo sequer és um homem morto, John!