Capítulo 8° - "Mensagem"

4.8K 299 7
                                    

Acordei, na expectativa de que Dylan já estivesse acordado, isso me pouparia de tentar fazer o menor barulho possível para levantar da cama e mexer nas minhas coisas.

Meu pedido não havia sido realizado, pois Dylan roncava feito porco do meu lado e babava em cima do meu lençol cor de rosa.

- Af! - Resmunguei, depois de retirar seu braço de cima de mim.

Eu nem quero imaginar à vida de casados que iremos ter no futuro.

Suspirei só de pensar em dividir cama, banheiro, cozinha, comida, espaço...

Em ênfase, eu não me via dividinho vida com ninguém. Nem com minha mãe mais, eu me via junta. Com Dylan as coisas eram muito diferentes, ele tinha um outro modo de ver as coisas. Não, eu não fazia mínima ideia qual era a opinião dele sobre casar e construir uma família, comigo, claro.

Nós não tivemos tempo, ou ele não teve durante à partida.

O pior de tudo é saber que nem palpite temos dado sobre nosso relacionamento, que no momento está muito parado. Dylan não faz noção da saudade que sinto dele.

Fui tomar banho, me arrumei e em seguida penteei os cabelos.

Ouvi barulho de toque de celular. Não era meu e sim do Dylan.

Deixei a escova de cabelo de lado, indo até a calça dele.

Pegar ou não pegar?

A curiosidade me matou, então resolvi pegar.

Desbloqueei a tela do celular, indo direto para mensagens.

"Bom dia, Dylanzinho

espero que vc apareça como o combinado, n qro levar um bolo. D novo :((

ainda mais de vc. larga logo essa chata da tua namorada e vem me paparicar.

Meu pai ligou e disse para vc ligar para ele ainda hj.

bjs da sua anãzinha :****"

Fiquei tão chocada com essa mensagem, que sai do quarto batendo à porta.

Enjoada eu estava com a mensagem de Yolanda. O que aquela garota não tinha de altura, tinha de chatice.

Ela sabia que Dylan estava aqui, por isso o apelido para ele e o comentário tosco sobre mim.

Dylanzinho; como o combinado; bolo; de novo; paparicar...

Como assim, de novo? Paparicar?

Meu Deus!!!! Me ajude!!! Hoje, sem dúvidas, mato o Dylan de soco.

Como ele pode está fazendo isso comigo?

Sei que é cedo demais para tirar razões precipitadas antes dele contar que combinado é esse, mas não tenho motivos para me calar diante de tal coisa. Ele pode está me traindo e eu feito idiota, aceitando ele de braços abertos nas noites.

Parecendo que uma vez sou eu e outra ela.

Fui para cozinha comer alguma coisa, pois eu já me podia ver passando mal mais tarde.

Sentei no sofá com um copo de café em uma mão e na outra dois pães de sal.

- Amor? - Levantei os olhos para Dylan, que estava com um short e com uma cara de sono.

Eu acharia fofo o rosto dele amassado e seu cabelo bagunçado, mas eu estava puta demais para achar que qualquer carinha de cachorro iria me intimidar.

- Ei, que foi? - Que foi? Você ainda pergunta?

- Eu deveria esmurrar muito a sua cara. Muito mesmo. - Taquei o celular para ele, que pegou o mesmo rápido, com o arremesso que dei, confuso. - Da próxima vez que vier para cá, não esqueça de colocar uma senha.

- Ally, do quê você está falando? - Sentou do meu lado.

- Da mensagem da Yolanda. - Exclamei sem dar muito assunto.

Ele desbloqueou o celular e passou os olhos pela mensagem.

- Deixa eu explicar... - Neguei com a cabeça, fazendo ele se calar.

- Dylan, eu não preciso de explicação nenhuma. Preciso que você vá ver o que k seu chefe quer e depois volte para conversarmos. - Eu queria ter essa conversa com ele, de qualquer maneira, senão existisse a mensagem, eu teria que me impor diante a ele.

Entendi seu silêncio como um sim.

Ele levantou, foi para o quarto. Minutos depois ele voltou arrumado, com sua mesma roupa de antes.

Me olhou, e meio indeciso se aproximou, depositando um beijo na minha testa. Fechei os olhos por segundos, sentindo o seu perfume e o beijo molhado de seus lábios.

Abri-os, quando ele se afastou. Olhou uma única vez para trás e passou pela porta que abriu, e fechou.

Tinha absoluta certeza de que ele do mesmo modo que saiu, ia entrar de novo por aquela porta e voltaria mais tarde. Eu queria isso. Talvez ele quisesse também.

A Gravidez - Volume 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora