Capítulo 6 - Descobertas

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DESCOBERTAS

[ AVISO IMPORTANTE ]
[ Caso encontrem algum erro, peço desculpas desde já. ]

— ✮ —

ALICE voltava para casa deprimida e preocupada. A amiga de Anne havia visto ela sair do quarto de Derio e mais cedo quando viu os dois juntos conversando animadamente sabia que Bettrys poderia ser uma pretendente dele. Se Bettrys estava afim de Derio e Alice fosse um desafio, com certeza Anne não pensaria duas vezes para fazer algo contra ela e isso não se resumiria a coisa pequena.

Por quê, Derio? Alice se perguntava dividida entre, a esperança de Derio fazer algo para ajudar e medo das duas amigas fazerem algo contra ela.

Como se não bastasse aquela situação, ao se aproximar do portão que dividia nominados e nobres, lembrou de Mackenzie, a única soldado e amiga que admirava. Olhou para os soldados que vigiavam o portão e um deles ao reconhecê-la sorriu como se dissesse está tudo bem com ela.

Não era o que ela queria saber, mas satisfeita com aquele sorriso que trazia uma boa mensagem, foi para casa ignorando qualquer coisa em seu caminho.

Apesar da tristeza e desanimação com tudo aquilo que estava acontecendo com ela, Alice tentava ao máximo transparecer que estava bem para Maya, como se nada estivesse acontecendo de ruim. Uma qualidade de Alice de se preocupar demais com os outros e menos com ela. Guardava seus problemas para si mesmo e só conversava com alguém quando realmente não tinha condições de guardar para ela mesmo e na maior parte das vezes o escolhido para compartilhar seus problemas era Gareth.

Seu aniversário estava próximo e ela sabia que ele apareceria. O retorno de Anne, os problemas com ela e agora talvez com Bettrys, o sumiço de Mackenzie, e o comportamento de Derio. Tudo coisa que ela estava louca para poder sentar e conversar com Gareth, seu querido Gare.

— Está pensativa. — Maya aproximou-se de Alice que estava no balcão observando um grupo de músicos que se apresentava ali no salão.  Eles tocavam vários instrumentos produzindo uma melodia calma e relaxante. — É a música?

— Gosto de ouvi-los. — Alice respondeu sem desgrudar os olhos do palco.

— Eu também. Eles são muito bons no que fazem e eu fico feliz de eles virem tocar aqui e não cobrarem por isso.

— Eles não cobram? — Alice pergunta surpresa.

— Não. — Maya sorri e dá uma golada em um canecão com cerveja. — Eles apenas me pedem para que os clientes possam doar para eles se quiserem. Está vendo aquela caixinha? — Maya apontava para um baú preto colocado a frente do palco a vista de todos.

Depois de um tempo observando atentamente aquela caixinha, Alice viu um dos clientes colocar dentro dela algumas insígnias de bronze como pagamento pela música. Sorriu ao saber que aquilo funcionava.

— De onde eles são? Eles tocam bem e ela canta demais. — Alice se referia uma moça que vez ou outra cantava durante as melodias. Ela era um pouco acima do peso e usava um vestido negro combinando com cabelos da mesma cor. Sua pele tão branca que parecia pálida.

— São de Ascarbath, mas como lá é uma cidade pequena e bem menor que aqui eles vieram para cá.

— Porquê não vão para Dracoria, a capital do reino? Lá pelo que sei é imensamente maior que aqui.

— Ganhar um título de nominado já é complicado para forasteiros ou isolados que se mudam para as cidades governados por Rothan. — Maya da mais uma golada na cerveja. — Entrar em Dracoria é mais complicado ainda. Se aqui você já vê como é difícil, lá é ainda pior e mais rigoroso.

Coração Negro - O RitualWhere stories live. Discover now