Capítulo vinte e oito

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        A porta da casa ainda estava caída no chão, entrei e Nicolas está sentado na cadeira.

        — Quem é você? O que está fazendo na minha casa? Ou melhor, como descobriu minha casa?

        — Não, não, não. – Balbuciei.

        — Olha garota, não sei quem você é, e nem quero saber, sinto muito não está sendo cortês, mas está de noite e alguém derrubou minha porta. Até mais ver. — Nick falou e me empurrou pela porta.

        — Nick eu... — Ele não me deixou terminar, apenas apanhou a porta e encaixou no buraco. Começo a andar em direção a nossa árvore, passo pela cortina de folhas e me escoro no tronco. As lágrimas escorrendo. Podia até mesmo ouvir a risada de Ester ressoando em meus ouvidos.

        Levanto do chão e volto para casa, papai não deve estar feliz com toda essa história. Quando abro a porta estão todos na sala. Gina, Lira, Will e Alec estão encolhidos perto da escadaria, enquanto Angel está um pouco mais a frente com Jane no colo ao lado de Colin, as Gêmeas sentadas no sofá junto a Fleur e papai.

        — Lia como pode esconder isso de nós? – Ele perguntou incrédulo. – Você poderia ter morrido, e nós nem ao menos saberíamos como isso teria acontecido. Você não pensou em como nos sentiríamos se Eiva entrasse em seu quarto e encontrasse você morta na cama?

        — Não foi minha intenção papai, quando descobri a verdade não voltei a visitar o reino. E agora já está tudo resolvido, nunca mais voltarei.

        — Mas e agora? – Fleur perguntou. – Temos seis crianças a mais e um coelho falante. Não acha que as pessoas irão desconfiar?

        — Se for pelo dinheiro nós trouxemos joias e tecidos, Jane é um ótimo costureiro e... — Papai interrompeu minha fala.

        — Não se trata do dinheiro Lia, mas podemos ver pelas roupas e como se portam que são de épocas diferentes. Não conseguirão se adaptar. — Olho para eles. Eu disse para eles trocarem de roupa!

        — Será pior se mandá-los embora. — Falo. — E Lina conseguiu se adaptar, eles também conseguem papai.

        — Como assim a Lina conseguiu se adaptar? — Papai perguntou.

        — Você não contou para eles? — Charlie escondeu o rosto. — A Lina veio do Jardim, ela é uma sereia de lá.

        — Sereias tem calda Lia. — Lize retrucou.

        — Ai meu Deus de novo não. — Falo e Charlie continua por mim.

        — A cauda dela só aparece quando ela entra em contato com a água. E não, você não pode jogar água nela.

        — Desculpe a pergunta, mas e eles? — Luna aponta para os adolescentes colados na parede.

        — E essa não é a irmã da sua mãe? — Papai perguntou apontando para Lira. Minha cabeça já está a ponto de explodir.

        — São pessoas como eu, todos foram para o reino, mas foram mortos lá. Mas as regras de lá são diferentes e eles conseguiram voltar à vida. A história é muito grande e complicada, isso pode ser um resumo. Por favor, me digam que podem ficar? — Pergunto.

        — Podem. — Papai falou brevemente. — Mas acho que está faltando você falar de alguém Lia. Fleur me contou sobre Nicolas. — Meu rosto corou.

        — Porque não falou dele antes?

        — Achei que o senhor ia dizer que eu precisava casar e não estou pronta ainda.

A princesa das borboletasDonde viven las historias. Descúbrelo ahora