Os agentes do BSS - Livro V "A Armadilha"

Capítulo 42

O paraíso era acetinado e tinha curvas perfeitas. De costas, a suavidade da pele e o arredondado impecável do bumbum paralisaram Fritz a ponto de deixá-lo sem ação. Nem sabia exatamente porque procurou por ela. Talvez tivesse sido por ver a insatisfação dela quanto ao tratamento que Justine recebia do grupo, mas no fundo sabia que não.

Fritz carregava resquícios de arrependimento por ter feito pouco caso dela na frente dos seus homens e em consequência disso ter descoberto, quase que por acaso, que ela tinha uma situação muito difícil que envolvia uma criança. Será que seus colegas do SKULL sabiam que ela tinha um filho que não podia ver?

Será que eles podiam compreender que ela não tinha motivo algum pra sorrir e ser simpática?

Como se tivesse sentido a presença dele, Leona se virou e arregalou os olhos incrédula. Ela largou o secador e rapidamente puxou o lençol para se cobrir. Foi uma cena inusitada porque ela não era do tipo tímida e afinal de contas, ele já tinha visto tudo aquilo ali, mas estava bêbado na ocasião e assim sóbrio era um espetáculo ainda maior.

-O que está fazendo aqui?

-Ah, eu estou procurando o banheiro. Moicano me disse, suba as escadas, terceira porta à esquerda.

-Mentiroso de uma figa. Saia já daqui.

-Porque está se escondendo? Conheço tudo que está debaixo desse lençol.

-Se vai fazer algum tipo de piada sem graça, é melhor saber que não estou no humor. Então me deixa em paz.

-Porque eu faria piada sobre seu corpo? É perfeito.

Um momento estranho. Fritz sabia que estava em falta com ela, e apesar da fama de durona e da aparência de exterminadora do futuro, Leona tinha uma sensibilidade que ele por algum motivo conseguia enxergar mais que qualquer outro e essa sensibilidade tinha sido maculada por seu comentário infeliz sobre quão ruim seria estar com ela na cama. Sim, ele era um mentiroso de uma figa.

-Escuta, te devo desculpas. Sei que ouviu o que eu disse aos homens naquele dia...Na verdade, fui atrás de você justamente porque queria me desculpar, mas então ocorreu aquela situação com seu filho e acabei por me desviar das minhas intenções.

Desconfiada, Leona concordou com a cabeça e continuou olhando pra ele.

-Nem sei porque disse aquela idiotice toda. Não preciso nem dizer que ... - Ele limpou a garganta um pouco sem jeito. - ... que...bem, não penso daquela forma, porque... - Ele passou a mão no cabelo tentando encontrar palavras. - ... porque... caramba, o sexo foi bom... Você sabe disso.

-Sei?

Estreitando os olhos para a provocação dela, Fritz se aproximou.

-Não seja vingativa. Sabe que foi.

-Já te disse uma vez, não foi nada de outro mundo se quer saber a verdade...

Dando as costas pra ele pra procurar suas roupas, Leona não viu os olhos de Fritz faiscar com a pequena crítica inserida na frase dela sobre seu desempenho sexual. Quando se virou novamente o homem estava perto, muito perto e ela deu um passo pra trás.

-Então está me dizendo que qualquer um teria feito você gozar daquela maneira hein? Talvez estivesse bêbada demais pra perceber que quando eu faço, faço de um jeito que a pessoa vai se lembrar de mim para o resto da maldita vida dela.

Dizendo isso ele a puxou para si pelo pescoço e colou sua boca na dela, tirando o lençol que a envolvia tão rápido que Leona sequer teve chance de pensar no que estava acontecendo. A mão de Fritz se introduziu por entre as coxas da mulher e a suavidade úmida daquele lugar quase fez com que o membro dele estourasse o zíper da sua calça.