Capítulo 28

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O telefone de Jason estava tocando sem parar e ele muito sonolento atendeu sem olhar o visor.

-Hei Jay.

Caramba, o Max. O rapaz olhou para Justine adormecida, então ele saiu do quarto pra conversar com o amigo.

-Fala Max.

-To em Boston. Vim ver meu pai e visitar meu filho, vamos tomar umas cervejas hoje? Tem alguma novidade sobre a Justine?

Jason respirou fundo. Ele sabia que a Juju ia ficar brava com ele, mas sempre achou que essa situação familiar dela tinha que ser resolvida e superada. Só assim ela seria um dia completamente feliz.

-Na verdade Max, eu tenho notícias dela sim.

-Puta merda, sério?

-Sim. Anota meu endereço e venha almoçar comigo.

Assim que Max desligou, Jason voltou para o quarto e entrou no banheiro para tomar uma ducha. Deixaria que sua namorada dormisse o quanto quisesse, ela precisava, estava cansada. Ele sorriu com a lembrança da noite incrível que tiveram. Deus do céu, essa mulher. Era a melhor de todas que ele já tinha tido. Nunca se cansava dela. Nunca.


Leona abriu os olhos e a claridade do sol que entrava pelas frestas da cortina fez sua cabeça tinir como um sino tocando e vibrando diretamente dentro do seu cérebro. Ela gemeu e se virou com cuidado e então se deparou com aquele ambiente estranho e se sentou tão depressa como um tiro de bala olhando o quarto luxuoso no qual ela estava dormindo.

Puta.que.pariu aquele não era o seu quarto. Ela se virou lentamente e então a visão de Fritz pelado e dormindo de bruços ao lado dela foi como o retumbar de um gongo no peito. Leona sussurrou para si mesma enquanto se levantava em um pulo e tentava achar suas roupas.

-Merda, merda, merda, merda. Você não fez uma cagada desse tamanho Leona, não fez.

A calça de couro deu um pouco de trabalho para entrar, ela se contorceu até que conseguiu vesti-la, depois pegou seu sutiã do chão e quase enfartou na hora de colocá-lo quando constatou que tinha um chupão no seu seio direito.

-Idiota, idiota, idiota.

Ela não sabia ao certo se estava xingando Fritz ou a si mesmo. Ela colocou a regata preta e pegou sua jaqueta e os coturnos na mão. Abriu a porta lentamente e na ponta do pé saiu do quarto. Quando olhou de um lado ao outro no corredor, a moça se deu conta do tamanho que era aquele lugar. Não tinha idéia de como sair dali.

Caminhou aleatoriamente pelo corredor e achou uma escada que descia e dava em um outro corredor de onde podia-se ver uma academia particular, uma sala que ao abrir ela descobriu ser uma sala de cinema pessoal. Fechando a porta ela caminhou mais um pouco e então saiu em um terraço com piscina e uma área de lazer.

Cacete, quantos cômodos tinha aquela casa? Recuando e voltando por onde veio, Leona foi pelo lado oposto do corredor onde saiu em uma sala de televisão e então uma outra escada que dava em uma sala de visitas e finalmente uma porta onde aparentemente ela conseguiria alcançar a rua. Merda, saiu no jardim de fundos da casa. Voltando ela tentou outra porta e mais outra e então, até que enfim, a entrada dianteira da casa.

Fuçando em sua jaqueta ela encontrou o celular e chamou um táxi que ainda demorou quase quarenta minutos para aparecer. Finalmente Leona seguiu para a Toca e pensou que teria ainda que ir buscar sua moto.

Dentro do táxi ela se lembrou do ponto onde Fritz a agarrou no banheiro, a colocou em cima da pia e Jesus Cristo, deu a ela o mais longo e delicioso orgasmo da sua vida. Como iria lidar com isso? Ela não tinha a mínima idéia.

Os agentes do BSS - Livro V "A Armadilha"Where stories live. Discover now