Os agentes do BSS - Livro V "A Armadilha"

Capítulo 15

Boss e Dylan andaram até o meio do círculo e diante de todas as armas engatilhadas, eles repetiram a ordem.

-Abaixem as porcarias das armas agora.

Um por um os agentes e os SKULLS foram baixando as armas até que sobraram somente Moicano e Jason que em um movimento rápido ajustaram suas posições e então estavam apontando um para o outro. Justine tinha a respiração presa na garganta e os dois homens se encaravam com ódio aparente.

Dylan murmurou um palavrão, em seguida foi duro ao falar.

-Jay, abaixe a arma. É uma ordem.

Boss também tentou controlar aquele que era o seu homem mais genioso.

-Faça o mesmo Moicano, agora.

Nenhum deles parecia ouvir seus chefes. Estavam em transe e queriam apertar o gatilho não importando qual seria a consequência. Justine saiu de onde estava, desceu as escadas apressadamente  e se colocou entre eles.

-Vão precisar me matar se querem machucar um ao outro.

Ambos olharam para ela e então as armas foram baixadas. Uma respiração em uníssono foi ouvida por todos. Dylan olhou para seus agentes e depois para os homens de Boss.

-Temos uma situação complicada aqui.

Boss consentiu.

-Venha comandante. Precisamos conversar em particular.

Antes de deixar a sala Boss olhou para seus garotos.

-Uma confusão por aqui e eu acerto as contas com vocês.

Dylan apenas olhou para seus agentes e eles sabiam que o mesmo valia para eles. Os chefes seguiram para a sala de reunião.

Os SKULLS se acomodaram no sofá e ligaram a TV. Os agentes do BSS avaliaram o local com mais atenção. Era uma casa e tanto. Bonita, confortável e muito segura. Eles entraram ali apenas porque eram os melhores, ninguém mais teria conseguido.

Justine e Jason se encararam e ele não se conteve.

-O que você  é exatamente?

Moicano olhou para ela em advertência, a menina apenas negou com a cabeça.

-Não posso te dizer Jason.

Os agentes se entreolharam e estavam fodidamente curiosos agora. Não eram do FBI e muito menos da CIA. Eles conheciam a grade de funcionários desses dois lugares de cor. O tal do Moicano era um ex-detento e Justine uma menina de classe. O perfil do bando não se encaixava muito bem para serem homens da lei, mas de jeito nenhum que eram bandidos. Não vivendo sob o comando de um chefe de segurança conhecido e respeitado como o Boss.

Fritz olhou para Leona desconfiado e ela sustentou o olhar com arrogância.

-Você se infiltrou na minha equipe de segurança. Tá fodida.

Ela bufou e respondeu à altura.

-Veja bem como fala comigo alemão, porque não estou mais na porra do probatório da sua equipe. Não preciso fingir que gosto de você.

-E pensa que dou uma merda por estar fora da minha equipe? Nunca te quis lá. Odeio trabalhar com gente como você.

Ele olhou pra ela de cima à baixo e a moça reagiu. Sua voz estava esganada quando falou.

-Gente como eu? O que quer dizer com isso?

Sem perceber, os dois estavam próximo e apontando o dedo um para o outro. Não perceberam que a sala estava em silêncio observando-os. Moicano interveio na situação antes que Leona partisse pra cima do cara e começasse uma confusão que eles não poderiam lidar.