Capítulo 15: Seção Restrita

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Alvo e Rose encaravam-se com medo transbordando pela pele. Era de noite; todos estavam dormindo, menos os dois que estavam no Salão Comunal escondidos sob a Capa da Invisibilidade. Estavam ali, parados de pé em um canto, desde que o jantar terminou. Eles não poderiam ir para seus dormitórios, pois não haveria como unirem-se para seguir com plano. Os dois queriam ir à biblioteca para conseguir informações sobre a Maldição Cruciatus e desvendar o mistério daquela profecia.

"A secret behind the curse of pain." Um segredo por trás da maldição de dor, Alvo pensou, o que será que existe que possa ser tão especial nessa maldição? Outra coisa o incomodava: o símbolo em sua testa. O símbolo das Relíquias dentro de um rodamoinho. O que aquilo poderia significar?

Assim que o velho Argus apagou a última vela, checando para ver se nenhum aluno estava perambulando depois do toque de recolher, os dois movimentaram-se. Rose ficaria encarregada de guiá-los, Alvo agarrou com força seu cotovelo, enquanto ele ficaria de olho no Mapa do Maroto para que não fossem pegos de surpresa.

Cruzaram toda a escola até a biblioteca em silêncio. Estava vazia, como imaginaram. Ninguém, além deles, estava fora da cama.

Seguiram em silêncio pelos corredores estreitos até chegarem a uma porta, que estava trancada a chave. Sobre a porta, em uma placa de ouro, estava escrito: Seção Restrita.

- E agora? - Sussurrou para a prima.

- Alorromora. - Apontou a varinha para a porta, que abriu com um click.

Alvo se perguntou por que deixariam que a porta fosse aberta tão facilmente com um simples feitiço, pois qualquer um com um pouco de conhecimento mágico poderia entrar naquela seção. O que eles não sabiam é que, assim que a porta fora aberta, um dispositivo na sala da diretora Minerva apitou, indicando que alguém havia violado o setor.

Fecharam a porta atrás de si. Rose tirou a capa de cima deles e encarou os olhos do primo.

- Encontre qualquer livro que fale sobre a maldição. - Ela disse o óbvio, mas ele não retrucou.

Ela ficou com a Capa e eles procuraram separados, mas no mesmo corredor. Alvo pegou um livro que poderia ter algo sobre a maldição, mas folheando-o não encontrou nada.

- Achei. - Rose sussurrou alto o bastante para que ele ouvisse a dois corredores de distância; Alvo aproximou-se dela, que colocou um livro que tinha a grossura da panturrilha de Alvo sobre uma mesa; assim que ele colocou os olhos sobre ele, ela leu: - "As Maldições Imperdoáveis" por Kristoff Slytherin. Que nome idiota. - Ela abriu-o; O barulho de dobradiças rangendo interrompeu-a.

Alvo estava certo. Estava fácil demais.

- Quem está ai? - Era a voz de Argus.

Com um único movimento, Rose jogou a Capa da Invisibilidade sobre eles. Imediatamente, eles desapareceram. O livro ainda estava nas mãos de Rose. O zelador tinha entrado pela mesma porta que haviam entrado. Então seguiram pelo corredor oposto. Porém, ali, encarando-os com pupilas verticais e íris amarelas, estava Madame Nora II, a gata que sempre acompanhava o zelador. Ela o fazia com tanta intensidade que eles não sabiam se ela estava ou não enxergando os dois.

- Merda, merda, merda... - Alvo repetiu algumas vezes. - Não de um miado se quer, sua gata idiota.

Nora miou.

Miou tão alto que ele se perguntou se não tinha acordado nenhum dos alunos.

Pegou um livro na prateleira e atirou na gata, que fugiu para seu dono. Ela não parecia ser fã de objetos voando por conta própria contra ela. Eles trocaram passos ligeiros em direção à saída, mas pararam abruptamente, pois bloqueando a porta estava a Diretora Minerva.

Auror Potter e o Mestre dos DisfarcesWhere stories live. Discover now