Rose trocava passos firmes em direção à porta da sala da diretoria. Estava decidida a ter uma conversa com a diretora Minerva sobre a escolha do Chapéu sobre a casa que Alvo estava. Chegando a porta, onde a estátua de um grifo estava, ela parou. Seus pais haviam contado sobre a entrada da sala de Dumbledore, ou melhor, de Minerva, que se abria apenas à palavra secreta.
Rose não tinha pista qual era a palavra.
Seu tio Harry havia contado uma história sobre a primeira vez que ele fora a sala do diretor. Lembrava-se de que a senha que Minerva, na época professora, era "gotas de limão". Era uma ideia absurda pensar que aquela ainda era senha, mas valia tentar. Ela repetiu as palavras em voz alta, a estátua não se moveu.
Talvez... Não... Seria tão óbvio. Mas resolveu tentar:
- Alvo Dumbledore.
A estátua não saiu do lugar. Outro pensamento ocorreu a Rose. Esse não era o nome completo de Dumbledore. Tentou outra vez:
- Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore.
A estátua passou a movimentar-se. Uma escada surgindo do chão em espiral. Rose se apressou em subir um degrau, para aproveitar o movimento da escada.
Chegando ao topo, ela deu de frente com uma imensa porta de carvalho, que estava entreaberta. Ela não planejou ouvir, mas acabou escutando uma conversa importante.
- Alvo. - A diretora dizia, parecia preocupada. - Acredito que a profecia está se cumprindo. O primeiro dos quatro retornou à escola.
Do que eles estão falando?, Rose pensou, Que profecia? Sentindo extremamente culpada, ela decidiu olhar pela fresta. A diretora parecia fitar o quadro de Dumbledore enquanto segurava uma bola de cristal na mão. Uma bola de cristal? Achei que era proibido alguma profecia fora do Ministério.
- Parece... - Uma voz solene e grave disse. -... que precisamos nos preparar. Temos que avisar todos os envolvidos nessa profecia. E parece que a filha de um deles já está ciente, não senhorita Granger?
Rose caiu para trás de surpresa. Quando será que ele a percebeu ali? Granger? Ninguém nunca a chamava de Granger, era sempre Weasley. Ainda assim, achou divertido ser lembrada pelo nome da mãe.
- Posso ajudá-la? - Minerva falou.
- Me desculpe. - Ela disse entrando na sala; notou que Minerva não tentou esconder a profecia. - Eu não tinha intenção de ouvir. Apenas aconteceu. Desculpe-me. Não apague minha memória.
- Ninguém aqui irá apagar sua memória. - O Dumbledore do quadro respondeu.
- Ele tem razão. - Minerva disse. - O quanto você ouviu?
- Não muito. Apenas que o primeiro dos quatro havia chegado à escola.
- Mostre-lhe a profecia, Minerva. Ela tem todo o direito de conhecê-la. Afinal, o pai dela está envolvido.
A diretora não pareceu concordar com a ideia, mas sinalizou para que a menina se aproximasse. Ela andou vacilante até a mesa.
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Alvo entrou na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde não havia ninguém. Estava muito cedo para qualquer aluno estar ali, todavia a porta da sala do professor Sturgis Podmore estava aberta, indicando que o antigo membro da Ordem estava lá. Em silêncio, o menino sentou em uma das cadeiras do fundo e abriu um livro de ficção que gostava de ler ao mesmo tempo em que torcia para que sua prima chegasse logo.
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Auror Potter e o Mestre dos Disfarces
FanfictionPor dezenove anos a cicatriz de Harry Potter não doeu. Por dezenove anos, bruxos e trouxas viveram em paz; estes nem ao menos sabendo da existência daqueles. Justiça é finalmente feita sob a supervisão do herói. Mas se um herói permanece, um vilão...