Capítulo 10: A Varinha de Dumbledore

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Alvo observava sua mãe correndo em sua direção. Seu semblante estava preocupado, mas havia algo errado. Ele pode sentir na boca de seu estômago. Algo naquela Gina que acaba de entrar estava errado. Seu olhar? Seu andar? Alvo conhecia muito bem sua mãe – eram muito próximos. Ele costumava contar tudo o que acontecia em seu dia, principalmente quando estava aprendendo a ler e escrever em escolas trouxas. Outra coisa que os aproximavam eram os livros, não os livros didáticos que Rose costumava ler, mas livros de ficção, principalmente os estrangeiros. Nada de livros ingleses ou americanos, gostava mais dos franceses, dos italianos, dos brasileiros e dos espanhóis. Sempre que ele tinha uma chance, contava a sua mãe o que estava acontecendo com Ruan ou com o Marchello ou com qualquer personagem de nome estrangeiro que ele encontrava em suas páginas. E aquela não parecia sua mãe. Estava diferente.

- Sra. Potter! - A Diretora Minerva vinha atrás dela. - Não se preocupe com seu filho. Ela está bem.

- Tiago ficou um dia inteiro de coma numa espécie de transe, e você não quer que eu me preocupe?

Tiago?, Alvo pesou. Sua mãe não costumava errar nomes. Ela crescera numa casa com vários irmãos, incluído gêmeos, e nunca havia se quer errado um nome. E agora, trocara o nome dos seus próprios filhos? Estranho, muito estranho, mas ela era humana. Errar o nome uma vez era algo comum.

- Temos coisas mais importantes para resolver do que isso. - A diretora argumentou.

- Nada é mais importante que a segurança de meus filhos, Minerva. Teremos bastante tempo para resolver o assunto. - Neste ponto elas já estavam próximas à cama do menino. - Tiago, como se sente?

Ok, Alvo pensou, errar o nome uma vez é uma coisa, errar pela segunda vez... O que está acontecendo, mãe?

- Estou bem, eu acho. Não sei o que aconteceu...

- Eu sei. - O professor Longbottom entrou novamente na enfermaria; estava visivelmente cansado e ofegante, mas parecia melhor do que estava quando saiu. - Era um feitiço de controle metal à distância... Alguém, em algum lugar, está tentando entrar na mente de Alvo. Alguém extremamente poderoso.

- Você tem alguma ideia de quem? - Gina perguntou.

- Eu acredito que apenas dois bruxos teriam poder para tal feito. - Ele explicou. - Mas os dois estão mortos há dezenove anos.

- Dumbledore e Voldemort. - Minerva deduziu.

- Exato. Se existe alguém lá fora tão poderoso quanto os dois, o Ministério precisa ser avisado. - Gina comentou.

- Mandei uma coruja depois que Alvo despertou. Logo estará chegando lá. - Neville comentou.

- Com tantas tecnologias novas, vocês insistem em manter as tradições? - Sua mãe zombou.

- Essas tecnologias não funcionam muito bem aqui. - A diretora disse com um sorriso triunfante no rosto. - Nós garantimos isso.

Sua mãe deu de ombros e voltou sua atenção à enfermeira.

- Ele já pode sair?

- Acredito que sim. Ele aparenta estar bem. Mas quem vai te dizer melhor é Neville... Digo, o professor Longbottom.

- Vamos, então, Minerva. - Gina disse bruscamente. - Tiago irá conosco.

Outra vez, Alvo estranhou. Algo estava muito errado. A diretora confirmou uma vez com a cabeça, obviamente contra sua vontade. Alvo não reparou quando o professor Longbottom havia saído de lá, e também não se importou. Não fazia diferença. Os três, Minerva, sua mãe e o menino foram em direção à sala da diretora, que assim que chegou a porta que era guardada por um grifo de pedra, disse a senha:

Auror Potter e o Mestre dos DisfarcesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora