Capítulo 01: O Garoto que Morreu

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Os três passaram pela parede, saindo assim da plataforma 9¾, onde deixaram seus filhos e irmãos no Expresso Hogwarts. Gina, como mãe, estava preocupada com o pequeno Alvo, que ia para o seu primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Apesar de ter passado seus melhores anos lá, ela ainda tinha o coração na mão. Harry, porém, não se preocupava tanto quanto a esposa, pois a Professo... Ou melhor, Diretora Minerva McGonagall, uma das melhores bruxas que Harry conheceu, fora escolhida como substituta de Severo Snape, que por sua vez substituiu Dumbledore. Ela fora a diretora de casa de Gryffindor, a qual Harry pertenceu quando, anos antes, estudou em Hogwarts. Poder-se-ia dizer que ela era a bruxa mais forte do mundo, apesar de Harry ter uma opinião diferente. A pequena Lilian Potter, a filha mais nova do casal, tagarelava suas imaginações sobre como seria seu próprio ano em Hogwarts. Harry odiava pensar que dali a dois anos ela estaria embarcando naquele trem. Sua menininha...

- Harry, acha que vai ficar tudo bem com Alvo? - Gina perguntou, interrompendo os devaneios do herói.

- Claro que vai. - Ele respondeu enquanto andavam para o mini-Cooper voador, uma das criações mais modernas de Jorge - apesar da clara inspiração no Ford Anglia azul do pai. - Hogwarts é o lugar mais seguro da terra.

- Dumbledore costumava dizer isso. Nós todos quase morremos mais de uma vez naquele lugar. - Gina soava preocupada.

- Papai, podemos ir voando dessa vez? - Lilian perguntou.

- Sim, podemos! - Harry respondeu entusiasmado, deixando de lado as palavras de esposa.

Eles seguiram para uma rua com pouco movimento. Apertou o botão de invisibilidade, engatou a marcha de voo. Lilian ria de alegria sempre que voavam, assim como Harry, que sempre amara voar - seja num carro ou numa vassoura. Ver o mundo lá do alto, a sensação de liberdade. Era indescritível. E Lilian, ela herdara essa paixão. Harry há uns meses atrás ensinara um pouco a ela como voar de vassoura, assim, ele sonhava, quem sabe quando ela entrasse em Hogwarts fosse escolhida como apanhadora.

Eles pousaram no Largo Grimmauld de frente ao número 12, "a mui antiga e nobre Casa dos Black", que Harry herdara de Sirius Black, seu padrinho. Houve um período, anos antes, que aquela casa era protegida pelo Fidelius charm de Dumbledore, que ficou sendo o fiel do segredo. Em outras palavras, se ele não dissesse como encontrar a casa, ninguém a encontraria. Tal medida foi necessária a fim de poderem usar a casa como quartel-general da Ordem da Fênix - uma organização fundada para combater os Comensais da Morte e Voldemort. A Ordem não existia mais, pois não era mais necessária já que todos os Comensais estavam mortos ou em Azkaban. Muitas coisas haviam mudado daquela época, não só na casa, mas no mundo mágico.

Um rapaz os esperava diante da porta. Toda vez que Harry olhava para o menino ele lembrava-se de seus pais Tonks e Remus Lupin. Afinal, Ted assemelhava ambos os pais ao mesmo tempo, um equilíbrio perfeito - apesar de que ele poderia muito bem alterar sua aparência, sendo o Metamorfomago que era.

- Vocês demoraram. - Ele brincou quando os três Potters se aproximaram.

Apesar de ser órfão e ter sido criado pela avó, Andrômeda Tonks, Edward - Ted - era um rapaz feliz. Estava sempre sorrindo e fazendo travessuras durante o tempo que passou em Hogwarts. Ele namora Victoire Weasley, filha de Bill Weasley e Fleur Delacour Weasley. Há alguns meses, um tempo depois da formatura de Ted, Harry conseguiu que o Ministro liberasse o treinamento de Ted como Auror sob supervisão direta do Auror Potter. Desde então, todos os dias eles vêm trabalhando junto tentando manter a paz estabelecida após a guerra contra Voldemort.

- Bem, Ted, não se pode aparatar com toda sua família, sabe? - Harry também brincou. - Veio almoçar conosco hoje?

- Sim. Não poderei vir na janta devido a um compromisso.

Auror Potter e o Mestre dos DisfarcesWhere stories live. Discover now