CAPÍTULO 29

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Leitores, Obrigada por estarem comigo em todo o trajeto desse livro, vocês são os melhores, de verdade!  Aproveitem, pois eu aproveitei... Boa leitura e espero que gostem...
OBS: Alicia gata na foto, não é!? Rsrs

Parte I

Minha boca estava tremendo pelo que eu havia acabado de dizer, mas por incrível que pareça, eu não me arrependi. Fiquei olhando para as costas largas de Jefferson quando ele parou ao ouvir o que eu disse. Eu imagino o que ele estava sentindo, eu estava a mesma coisa. O turbilhão de sensações que quase explodiam no peito... O medo de dar qualquer passo em falso e cair dessa vez sem se levantar... Esses meses longe dele me fizeram entender que eu não vivo para outro homem, que eu não quero viver para outro homem. É só ele, apenas ele e sempre será ele, não tinha mais como esconder.

-O que você disse? -Perguntou com a voz falha e trêmula. Me levantei devagar tentando manter firme as minhas pernas que já estavam derretidas. Ele se virou e ficou me olhando com o rosto repleto de lágrimas, assim como eu.

-Eu disse que amo você. -Repeti, agora mais alto -Eu nunca te esqueci e tive medo que isso acontecesse, Jefferson. Eu não quero te esquecer, eu não consigo viver sem o seu toque... Os seus beijos... Eu não posso mais viver sem você. -Parei de falar com um soluço e passei as costas da mão no nariz -Eu não quero mais viver sem você.

 Em um instante ele estava parado processando minhas palavras e no instante seguinte, ele estava me tomando em seus braços e me beijando suavemente. Nos abraçamos e ficamos assim por um longo tempo. Sem dizer nada, só ouvindo as respirações calmas e ao mesmo tempo necessitadas um do outro. Então ele quebrou o silêncio:

-O que vamos fazer agora? -Sua pergunta era quase inaudível nos meus cabelos.

-Como assim? -Comecei uma pequena trilha com o indicador ao longo de sua nuca.

-O seu noivo... Eu não quero te fazer machucar alguém... -Ele suspirou e eu abafei um riso, mas não durou muito para eu rir -O que foi? -Nos afastamos um pouco para que eu pudesse olha-lo.

-O Gabriel é um amigo... Um grande amigo que me ajudou com muitas coisas desde que me mudei.

-Gabriel, é? -Ele fez uma careta e eu sorri.

-Sim, Gabriel... Ele é uma pessoa muito boa.

-Eu imagino... -Sua voz estava desconfiada e me fez rir de novo -Então não está noiva?

-Não, eu não estou.

Ele ficou um tempo calado e então me puxou para mais um abraço.

-Eu senti falta do seu sorriso e de tocar em você. -Falou. Fechei os olhos e o apertei um pouco mais.

-Eu senti sua falta também. -Me afastei para beijá-lo novamente e foi o paraíso -Me perdoe não querer ouvi-lo antes e sinto muito pelo seu pai, eu sei que...

-Shhh -Ele me beijou para me silenciar e eu suspirei profundamente -Nada de desculpas e mais choros. Promete que isso vai parar? Já sofremos o bastante, não?

-Tudo bem. -Deitei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos novamente

-Vamos comer? -Ele puxou uma cadeira para eu sentar e depois se sentou do meu lado. Comemos calados e fiz algumas caretas para o suco de verduras, mas com algumas insistências eu o tomei todo. Jefferson ficou um bom tempo com a mão na minha barriga. Ele a beijou, me beijou, a alisou, me alisou... Seu toque era tudo o que eu mais gostava e me acalmou bastante a ponto de me fazer feliz depois de tanto tempo de novo.

Sr. ProfessorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora