CAPÍTULO 17

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O que eu disse sobre postar um capítulo sempre que der fora do domingo? Aha! E aqui está, apesar de sem revisão. Boa leitura!

Parte I
Quando acordo no dia seguinte, sou surpreendida por pensamentos maravilhosos e, rindo sozinha, me levanto para mais um dia delicioso de aula, hoje um pouco mais delicioso que os outros. Ontem, depois que Jefferson foi embora, meus tios falaram maravilhas a seu respeito. "Ah, como ele é educado". "Nossa, que homem bonito!" "UAU, como ele é esperto!". Coisas das quais eu já sabia e, se fosse em outra ocasião, eu diria que ele beija subitamente bem, mas deixei essa nota apenas para mim...
Depois de um banho quente e demorado, resolvo me vestir pronta para a escola, já que eu acordei hiper-tarde e faltavam pouco mais de meia hora para a aula. Depois de me arrumar, corro para pedir carona ao meu tio até a casa de Mayra, pois, felizmente, meu tio não a odeia como minha tia. É melhor resolver tudo agora, do que discutir sobre isso na escola e acabar caindo nos ouvidos errados, como os de Fátima...
-Ei, gata! -Mayra me recebe com um abraço apertado e um sorriso enorme, depois que tio Lukas vai embora, então ela me puxa para dentro de sua casa em direção a seu quarto. Paro para cumprimentar seu pai e depois vamos para seu quarto, em seguida tranca a porta e sorri para mim.
-Me conta como foi... Vocês transaram? -Suspirei por sua empolgação. Espero que não seja um problema...
-Mayra, primeiramente para com todo esse negócio de "Estou tão feliz!" -Digo e ela murcha um pouco. -E segundo, eu vou te contar tudo, mas ele não sabe então, se por a caso você contar a ele... -Deixei o resto da frase no ar e ela assentiu.
-Eu juro que ninguém, nem mesmo ele, me ouvirá falar sobre isso. -Ela fez um X com os dedos e deu dois beijos em cima. Sorri e me levantei. Seria ótimo falar com alguém sobre isso...
Depois de contar tudo nos detalhes, inclusive o que ele disse sobre não nos tocarmos até meus dezoito anos e ouvir vários 'Eu sabia', foi a vez dela falar sobre seu suposto "Príncipe gostoso". Se eu dissesse que ela pegou carona na noite passada com um homem que ela nunca tinha visto e que ele tem cinquenta anos e que, além de tudo isso, Mayra se diz estar apaixonada, alguém acreditaria? Pois é, foi isso o que aconteceu e eu juro que eu a odiei por isso, mesmo que por um segundo. E se ele fosse um estuprador ou um maníaco? Bom, pelo menos ela me contou, agora eu saberia se algo a acontecesse. Depois de dicutir muito sobre esse assunto, o pai de Mayra nos levou até a escola e seguiu para seu trabalho. Pedi que ela não aparentasse saber de alguma coisa e ela concordou. De qualquer forma, Mayra não sabe de tudo. Eu ainda precisava contar sobre Fátima, mas será que realmente era necessário? De todo o caso, empurrei essa dúvida para trás da minha mente e foquei apenas em não parecer muito feliz com a aula...
Enquanto esperávamos o sinal, atrasado quase dez minutos, tocar, eu e Mayra falávamos sobre a aula de dança. Eu precisava me mostrar tranquila quando o assunto era Fátima, afinal, eu a odiava. Ela era uma puta que, propositalmente, magoou um cara com sentimentos fortes e significativos. Eu acho que se ela decidisse cruzar o meu caminho a procura de encrenca, eu era capaz de esgana-la de tanto ódio e nojo que eu sentia em relação ao que ela fez.
Finalmente o sinal tocou e todos os alunos seguiram para suas salas. Eu e Mayra fomos uma das primeiras e, surpreendentemente, Jefferson já estava ali. Habitualmente ele chegava depois de todos e saia depois de todos... Era quase sempre assim. Sorri para ele que retribuiu e se virou para escrever algo no quadro. Graças ao céus Mayra não demonstrou saber de algo e isso foi perfeito. Ela tinha acabado de ganhar mais um ponto comigo.
"Prova oral surpresa"
Deixei a boca cair aberta quando li aquilo no quadro. Eu e ele nos entendemos e é isso sua primeira reação pós-amaços na minha casa? Uma prova oral? Suspiro de alívio por eu saber a matéria, mas fico decepcionada por Mayra não saber, já que ela estava gemendo de descontentamento a minha frente.
Quando finalmente todos os alunos estão sentados em seu devidos lugares e depois de tanto resmungarem, Jefferson se levanta e rodeia a mesa, se recostando elegantemente nela. Fecho a boca para não babar. Oh, papai, porque ele tem que ser tão gostoso? Jefferson está em calças jeans escuras deixando com que fosse aparente seu volume encantador, camisa social clara com as mangas dobradas até o cotovelo e um par de side gore pretos. Isso é quase como um pecado. Ele é quase como um pecado!
-Bom alunos, essa prova foi inesperada para mim também. -Ele pousou os olhos sobre mim e, depois de dois segundos ou menos, ele desviou para o resto da classe. -Vai funcionar de um jeito diferente, -Ele voltou a se sentar na cadeira e cruzou as mãos em cima da mesa -Cada um de vocês será avaliado na minha mesa. Serão cinco perguntas e a nota eu ainda vou decidir. -Ele suspirou e meio que sorriu -Começaremos por ordem de chamada -Jefferson pegou a pasta de presença e me olhou -Primeira, Alicia. -Falou, quase que pausadamente e um bile se fez na minha garganta, acompanhado por uma paciata de búfalos sapatiando no meu estômago. Isso era normal? Hesitante, andei até sua mesa enquanto sentia os olhos de todos, inclusive Mayra e Jefferson, em mim, e me sentei em uma cadeira vazia proximo a ele. Assim que o fiz, ele deixou uma mão sobre minha coxa e começou a fazer círculos com o indicador. Naquele modo, ninguém poderia nos ver... Estávamos escondidos atrás de sua mesa e isso levou ondas de calor por todo meu corpo. Tentei não parecer nervosa demais.
-Inesperado, professor. -Comentei e ele sorriu.
-É uma das desculpas que tenho para falar com você na frente de todos e não ser pego. -Falou e, de alguma forma e por algum motivo, uma chama, no lugar do calor, se acendeu pelo meu corpo. Era uma delícia ouvir coisas como aquelas.
-É uma desculpa para me tocar também? -Ironizei e ele parou com os circulos na minha coxa.
-Você tem razão, minha regra foi não nos tocarmos. - Jefferson afastou a mão do meu corpo e suspirou pesadamente. Droga, eu e minha boca grande!
-Isso não é um problema para mim. -Falei e, no mesmo instante, levei minha mão ofuscando de vontade e determinação até o ponto próximo a suas bolas. Eu não me atreveria a tocar mais do que aquilo, afinal, a ideia era deixa-lo louco e não eu, apesar de eu já estar indo por esse caminho.
-Não brinque com fogo, Alicia. -Falou e segurou minha mão.
-Eu sou esperta, não vou me queimar. -Falei e deixei ele colocar minha mão de volta a minha coxa.
-Não temos mais tempo. -Ele disse e olhou para a turma e de volta para mim -Me encontre aqui no intervalo. Achei um jeito para bloquear a sala nesse horário. -Falou no mesmo tom baixo e cauteloso que toda nossa conversa. Suspirei e ele segurou minhas mãos por algum tempo, talvez cinco segundos ou menos, então ele soltou e se virou para a lista de predença.
-Augusto! -Chamou e me levantei de imediato. Eu nem mesmo sabia se teria nota ou não, bom, eu realmente esperava que sim.

Sr. ProfessorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora