Alicia:

Parte II

Eu estava com um ódio mortal por Jefferson me desejar tanto e negar ainda mais. Porque ele não podia simplesmente esquecer os mínimos detalhes e se entregar como eu estava disposta a fazer? Não era difícil... Eu o desejava, ele aparentemente também me desejava... Era só fazer e arcar depois com as consequências. Se bem que por um lado ele estava certo, nem todos concordariam, talvez ninguém. Mas quem precisa saber se não ele e eu? Eu nunca havia desejado um homem como eu o desejava em toda a minha existência. Quando nos beijamos, foi como se eu estivesse no céu. Eu também nunca me senti tão especial em toda a minha vida. Foi um beijo feroz, um beijo vivo e com vontade. Só de lembrar, me dá vontade de mais... Eu não posso... Mesmo que ele negue, apesar de eu saber que ele me deseja tão quanto eu o desejo, eu não posso fazer algo e não ser retribuída. Só havia uma chance de fazê-lo se mostrar atraído por mim e eu o faria ainda hoje. Era a única forma... Mas se ele não se mostrasse abalado, eu desistiria.
Quando ele parou o carro de frente a minha casa, soltei o cinto e desci sem esperar por ele, assim como ele fez quando eu fui até sua casa. Parei para esperá-lo na porta, não querendo pagar com a mesma moeda. Quando ele me alcançou, empurrei a porta e dei caminho para ele passar. Meu pai, como eu estou nervosa! Eu não sabia que seria tanta pressão quando ele, eu e os meus tios estivessem dividindo o mesmo teto.
-Tio, tia, chegamos! -Gritei enquanto encostava a porta. Exalei profundamente quando eles apareceram na sala e senti minhas pernas fracas... Bom, que comece o "jogo".
-Olá, querida. -Meu tio disse e se virou para Jefferson.
-Esse é Jefferson Partenon, meu professor. -Falei e eles se cumprimentaram com um aperto de mão.
-É um prazer conhecê-lo, Sr. Partenon. -Meu tio disse enquanto minha tia o cumprimentava também.
-Fique a vontade. -Ela disse e ele sorriu amavelmente. Nem parecia ele.
-Obrigado, Sr. e Sra. Fontes. -Jefferson disse calmo e tranquilo, com um sorriso enorme que me deu vontade de matá-lo. Porque ele não podia ser assim todos os dias?
-Vocês demoraram. -Comentou minha tia e um aperto se fez no meu coração. Se ela soubesse...
-O diretor estava resolvendo uma coisinha comigo. Alicia me esperou, já que eu viria direto para cá. -Jefferson disse antes de eu formular uma resposta inteligente. Ele não parecia nervoso e suado como eu. Na verdade, ele mentiu como se fosse verdade.
-Oh sim. -Ela disse, convencida de que aquilo era verdade. -Vamos, o jantar está na mesa.

DURANTE o jantar, fiz de tudo para parecer normal e alegre, mas preferi ficar por fora do assunto. Eu não queria deixar escapar alguma coisa. Se existe algo que eu não levo muito jeito, é a mentira ou omissão. Meu tio e Jefferson se entenderam muito bem a respeito de assuntos. Não demorou para entrar no assunto 'aulas particulares' e eu consegui ficar ainda mais desconfortável do que antes. Eles entraram em um acordo simples e rápido. Meu tio ofereceu uma quantia de dinheiro e Jefferson aceitou cinquenta por cento dela. Eu sei que isso era porque eu não teria aulas de verdade, já que eu não precisava, mas bem que ele poderia aceitar o dinheiro. Era um grande idiota! Depois do jantar, foi a hora das 'aulas' começarem e a carranca voltar ao meu rosto, afinal, só pareci bem na frente dos meus tios.
-Am... Então, onde vamos estudar? -Jefferson perguntou de modo que só eu ouvisse. Revirei os olhos e me levantei da mesa, ele fez o mesmo.
-Vamos para o meu quarto. -Falei e comecei a andar em direção a escada, mas parei quando percebi que ele não estava me seguindo. Olhei para os meus tios e eles sorriram.
-Podem ir estudar. Eu e sua tia vamos estar aqui. -Tio Lukas disse e Jefferson demorou mais um segundo para se mover, me seguindo. Fui para o quarto e parei na frente da porta, segurando-a aberta para Jefferson entrar. Quando o fez, eu também entrei e fechei a porta atrás de mim.
-Se importa de deixar a porta aberta? -Ele pediu e eu bufei.
-Não é como se eu fosse te estuprar, professor. -Ironizei e ele revirou os olhos. Girei a chave com certo drama para dar a entender que eu não a deixaria aberta e joguei a bolsa na cama, ele fez o mesmo. De repente o clima ficou tenso, não no modo "Estou excitada" e sim desconfortável. Eu estava desconfortável, por que ele também parecia estar, e isso me deixou confusa. -Am... Eu vou tomar um banho... Não vou demorar. -Falei e, sem esperar sua resposta ou reação, entrei no banheiro. Matei um bom tempo lá dentro, tomando coragem para voltar e encará-lo. Meu plano de ver como ele reagiria diante a mim depois que eu quisesse ver o quanto me desejava iria ser colocado em prática no momento em que eu saísse do banheiro, então eu queria um tempo para tomar coragem. Depois de tomar um banho e enrolar uns cinco minutos, me enrolei na toalha e abri a porta do banheira. Engolindo em seco, caminhei pelo quarto enquanto eu sentia o olhar de Jefferson queimando sobre mim. Agora sim eu sentia que o clima havia ficado tenso do modo "estou excitada" e tinha certeza de que ele também. Arrisquei um olhar rápido em sua direção e fiquei surpresa por o quanto de promessas haviam em seus olhos. Ele estava sentado na minha cama com as mangas da blusa dobradas até o cotovelo e os braços cruzados sobre o peito. Prendi a respiração e abri a porta do meu guarda-roupa para pegar uma roupa. Foi um pouco engraçado escolher uma peça intima para vestir, pois Jefferson estava me observando, mas o fiz. Com toda a coragem que eu tinha e sem pensar, deixei a toalha cair e fiquei de costas enquanto vestia minha calcinha de renda preta e o sutiã em seguida. Eu não sei como, mas eu estava com uma coragem irreconhecível. Logo senti um corpo grande e musculoso se inclinar sobre mim e me impedir de abotoar o sutiã. Ele mordiscou o Lóbulo da minha orelha e fechei os olhos para conter a ansiedade. Meu Deus! O que é isso!? Meu coração estava descompassado e uma pulsação gostosa me impedia de pensar.
-É isso o que você quer? -Sussurrou na minha orelha. Se hálito quente enviou ondas de calor por todo o meu corpo. Gemi pelo contado de sua pele a minha. Ele passou os braços pela minha barriga e começou a fazer círculos com os dedos ao longo do meu umbigo até o meio dos meus seios -Você quer que eu te toque?
Gemi novamente em resposta e pressionei minha bunda contra ele. Ele me queria, eu sabia disso pelo duro que sentia contra a minha bunda. Meu amado paizinho, ele me quer! Sem hesitar, ele segurou os dois lados do meu quadril e começou a conduzi-lo em um movimento sedutor que me fez perder todos os sentidos. Foi como uma dança sem música misturando o prazer e a fervura. Eu precisava dele. Eu precisava de mais. Me virei lentamente para encontrar seus olhos ferverosos em mim. Havia tanto desejo ali. Tantas promessas... Percorri o caminho de sua mandíbula até o início de sua orelha com a língua e passei as mãos pelos seus cabelos sedosos. Aqueles cabelos que eu sempre quis tocar.
-Eu te quero, professor. Eu te quero só para mim. -Sussurrei com o máximo de voz que eu encontrei e ele me beijou. Foi um beijo faminto e necessitado. Sua lingua dançava com a minha e percorria cada centímetro da minha boca. Gemi novamente e comecei a empurra-lo para a cama. Nesse momento eu não pensava em mais nada. Quando ele caiu de costas no meu colchão de molas, ajeitei os cabelos de lado e o observei. Jefferson, meu professor está na minha cama! Ele sorriu sedutoramente enquanto também me observava e eu não resisti mais. Sentei em seu colo e começei uma trilha de beijos no seu pescoço. Ele me mudou de posição, de modo que eu ficasse por baixo e ele por cima, e foi sua vez de começar uma trilha de beijos em meu pescoço.
-Muito... Doce... -Ele disse, entre beijos. Mordi o lábio e fechei os olhos, levantando o pescoço para lhe dar livre acesso a ele.
-Alicia? -Uma voz alta foi emitida do outro lado da porta seguida de uma leve batida, fazendo com que eu e Jefferson paralisassemos onde estávamos; Eu com as mãos espalmadas em suas costas largas e ele com o nariz afundado no meu pescoço e a mão sobre minha barriga. Seria dificil voltarmos a este ponto, uma vez que Jefferson começasse a se desculpar e se arrepender... E porque diabos Mayra está aqui? Seja qual for o motivo, eu queria matá-la!

Quero agradecer a compreensão de cada um e as mensagens de carinho que recebo de vocês. "Tus" São demais. Todos vocês!
Sobre o capítulo... Gostaram? Espero que sim. Se estão gostando e se identificando com o rumo dessa história, me seguem. Logo vou iniciar meu próximo livro e estou ansiosa por isso. Se estão gostando desse, vão gostar do outro também. Enfim... Até o próximo Capítulo. Beijos e queijos de seu Prof. Jefferson e de sua friend Alicia, ok? Até mais...

Sr. ProfessorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora