023 THE KINGDOM OF DREAMS

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𝐈'𝐕𝐄 𝐁𝐄𝐄𝐍 𝐒𝐋𝐄𝐄𝐏𝐈𝐍𝐆 𝐒𝐎 𝐋𝐎𝐍𝐆 𝐈𝐍 𝐀 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐘𝐄𝐀𝐑 𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓
𝐀𝐍𝐃 𝐍𝐎𝐖, 𝐈 𝐒𝐄𝐄 𝐃𝐀𝐘𝐋𝐈𝐆𝐓𝐇

𝐈'𝐕𝐄 𝐁𝐄𝐄𝐍 𝐒𝐋𝐄𝐄𝐏𝐈𝐍𝐆 𝐒𝐎 𝐋𝐎𝐍𝐆 𝐈𝐍 𝐀 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐘𝐄𝐀𝐑 𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐀𝐍𝐃 𝐍𝐎𝐖, 𝐈 𝐒𝐄𝐄 𝐃𝐀𝐘𝐋𝐈𝐆𝐓𝐇

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No aconchego do banheiro, a água morna passa suavemente sobre o corpo de Safira, criando uma sensação falsa de calmaria e segurança. Seus olhos estão perdidos, refletindo a tristeza que a envolve enquanto ela se afunda nos pensamentos sombrios que circulam sem parar em sua mente. Cada gota de água que cai sobre seu corpo parece ecoar os traumas que a assombram, enquanto ela luta para para encontrar conforto na solidão do chuveiro.

O som do chuveiro mistura-se com o som de sua respiração irregular, um sussurro frágil no ar úmido. A cada movimento, ela tenta lavar não apenas seu corpo, mas também as memórias dolorosas que a assombram, que parecem estarem gravadas em sua pele, imutáveis e persistentes.

Enquanto Safira passa a mão pelo corpo, sente as texturas ásperas e elevadas das cicatrizes que tem em seu corpo. Memórias de batalhas e guerras que sua mente chegou a esquecer por um tempo, mas seu corpo não. Seus dedos hesitam de forma insegura ao encontrar a cicatriz na barriga, lembrando-a da dor aguda que a acompanhou quando a lâmina da espada de Ares Hidalgo — que ela ainda considerava seu amigo na época — a atravessou. Uma onda de lembranças inundam sua mente como um tsunami, fazendo-a reviver o momento traumático mais uma vez.

Então, seus dedos deslizam até o pescoço, onde outra marca permanece como testemunha silenciosa de sua morte no seu passado doloroso. A cicatriz ali é mais sutil, mas não menos impactante ou marcante. Ela fecha os olhos, tentando afastar as imagens que surgem, mas elas persistem, como sombras dançando em sua mente.

Safira sai debaixo do chuveiro, sentindo o peso de seus traumas ainda sobre ela. Com passos lentos e pesados, ela se dirige à banheira, como se buscasse um refúgio ainda mais profundo na água. Com cuidado, ela desliza para dentro da banheira, deixando-se submergir lentamente na água quente.

Por um momento, há uma sensação de alívio ao sentir o calor envolvendo seu corpo, como se estivesse sendo abraçada por uma presença reconfortante. Mas conforme ela se acomoda na banheira, percebe que os pensamentos sombrios não desapareceram. Eles flutuam ao redor dela, como sombras dançantes na superfície da água.

Ela fecha os olhos, mergulhando a cabeça sob a água por um instante, na esperança de afogar não apenas seus pensamentos, mas também suas memórias dolorosas. Mas quando ela emerge, encontra apenas um silêncio pesado e vazio à sua volta.

A banheira, que antes parecia um refúgio, agora se torna um palco para seus pensamentos mais sombrios. Ela se sente perdida na imensidão da água, lutando para encontrar uma fuga de seus próprios demônios internos. Mas, por mais que tente, a água quente não pode lavar as cicatrizes que ela carrega dentro de si.

Safira, com um grande sentimento de frustração e decepção, emerge lentamente da banheira, sentindo-se menos pesada do que antes. Com a água escorrendo pelo corpo, ela se envolve em uma toalha felpuda e caminha até o espelho embaçado pelo vapor. Seu reflexo parece distante, como se fosse uma estranha olhando de volta para ela.

𝐁𝐎𝐑𝐍 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄                                  ( Jason Grace )Where stories live. Discover now