Muitas coisas estranhas já aconteceram com Safira Bennett, e acordar sem memória em um ônibus desconhecido, em um lugar desconhecido, com um garoto que parece a cópia do Superman loiro dizendo que é seu namorado, certamente está incluído nessa grand...
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𝐀𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓
O ciclope com a tanga de malha de ferro aproximou-se de Piper, que se contorceu e tentou acertar uma cabeçada no olho dele.
— Posso tirar a mordaça dela agora? Adoro quando eles gritam. — a pergunta foi dirigida ao terceiro ciclope, aparentemente o líder. A figura agachada soltou um murmúrio e o Tanga tirou a mordaça da boca de Piper. Ela não gritou. Respirou fundo, como se tentasse se acalmar.
Enquanto isso, Leo encontrou o que queria na mochila: vários pequenos controles remotos que pegou no lugar-que-ele-falaria-depois. Pelo menos, era o que Safira esperava que fossem: controles remotos. O painel de manutenção dos braços mecânicos foi fácil de encontrar. Ele tirou do cinto com cuidado uma chave de fenda e começou o trabalho, mas tinha de seguir lentamente. O líder dos ciclopes estava apenas seis metros à frente deles. Os monstros obviamente tinham sentidos bem aguçados. Seguir o seu plano sem fazer barulho parecia impossível, mas Safira e Leo não tinha muita escolha.
O ciclope de toga atiçou o fogo, que agora estava bem alto e lançava para o teto uma fumaça negra e nociva. Seu colega, o Tanga, olhou para Piper, esperando que ela fizesse algo para entretê-lo.
— Grite, menina! Eu gosto de gritos divertidos!
Quando Piper finalmente falou, seu tom era calmo e razoável, como se tentasse corrigir o mau comportamento de um bichinho de estimação.
— Ah, senhor ciclope, você não quer nos matar. Seria muito melhor se nos deixasse ir embora.
Tanga coçou sua cara feia, depois virou-se para o colega de toga.
— Ela é até bonita, Torque. Talvez eu devesse soltá-la.
Torque, o da toga, rosnou:
— Eu a vi primeiro, Sump. Sou eu quem vai soltá-la.
Sump e Torque começaram a discutir, mas o terceiro ciclope levantou-se e gritou:
— Idiotas!
Safira quase soltou um palavrão. O terceiro ciclope era... Mulher. Vários metros mais que Torque e Sumo, e mais corpulenta. Estava com um vestido muumuu de malha de ferro todo largo. Seus cabelos negros e ensebados estavam presos em tranças com fios de cobre e anilhas de metal. O nariz e a boca eram largos e quase achatados, como se ela passasse o tempo livre esmagando o rosto contra paredes, e seu único olho vermelho brilhava com uma inteligência maldosa. Ela foi até Sump e o empurrou para o lado, atirando-o na esteira. Torque se afastou rapidamente.
— Essa menina é cria de Vênus — disse a senhora ciclope. — Está usando o charme dela contra você.
