003 AND NOTHING BREAKS LIKE A HEART

688 92 279
                                    

𝐀 𝐆𝐎𝐃𝐃𝐄𝐒𝐒 𝐒𝐓𝐄𝐀𝐋
𝐌𝐘 𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒

𝐀 𝐆𝐎𝐃𝐃𝐄𝐒𝐒 𝐒𝐓𝐄𝐀𝐋 𝐌𝐘 𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

𝐀𝐓 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓


Quíron convidou Jason e Safira a entrarem na casa. Depois disse a Drew que voltasse a seu chalé, o que pareceu não agradá-la. E também dispensou — praticamente obrigou — Chris, o que o deixou frustrado.

O centauro trotou até a cadeira de rodas que havia na varanda. Livrou-se do seu arco e flecha e aproximou-se de costas da cadeira, que se abriu como a caixa de um mágico. Quíron cuidadosamente levantou as patas traseiras e começou a se espremer num espaço muito pequeno para seu tamanho. A metade inferior do corpo do centauro desaparecia e a cadeira se fechava, deixando surgirem falsas pernas humanas sob um cobertor, o que o fazia parecer um mortal comum em uma cadeira de rodas.

— Me sigam. — ele ordenou. — Temos limonada.

A sala de estar parecia engolida por uma floresta tropical. Parreiras tomavam conta das paredes e do teto, o que Safira achou um pouco estranho, mas familiar. Ela não imaginava que esse tipo de planta pudesse crescer ali dentro, especialmente no inverno, mas aquelas tinham folhas verdes e estavam repletas de cachos de uvas vermelhas. Ela se perguntou se poderia pedir a Quiron algumas uvas para comer.

Sofás de couro rodeavam uma lareira de pedra, acesa. Em um canto, um velho fliperama de Pac-Man fazia barulhos e piscava. Nas paredes, várias máscaras — as de sorriso/choro do teatro grego, máscaras do carnaval de Nova Orleans, máscaras venezianas com plumas e narizes grandes e aduncos, máscaras africanas feitas de madeira. As vinhas se retorciam por suas bocas e pareciam línguas de folhas. Algumas máscaras tinham cachos de uvas saindo pelo buraco dos olhos.

O mais estranho de tudo era a cabeça empalhada de um leopardo no alto da lareira. Parecia muito real, e seus olhos pareciam seguir os movimentos de Safira. Depois, o bicho rosnou, e Jason se assustou segurando o braço de Safira.

— Seymour — disse Quíron —, Jason é um amigo. Comporte-se. E você já conhece Safira.

— Essa coisa está viva! — disse Jason.

Quíron remexeu no bolso lateral de sua cadeira de rodas e encontrou um pacote de salsichas. Jogou uma para o leopardo, que a agarrou e lambeu os beiços.

— Peço que me perdoe pela decoração — disse Quíron. — Tudo isso foi um presente de nosso antigo diretor antes de ele ser chamado de volta ao Monte Olimpo. Imaginou que nos ajudaria a nos lembrar dele. O sr. D tinha um estranho senso de humor.

— Sr. D — disse Jason. — Dioniso?

— O cara do vinho? — perguntou Safira.

— A-hã — disse Quíron, servindo a limonada. Suas mãos estavam um pouco trêmulas. — Quanto a Seymour, bem, o sr. D o encontrou em um brechó em Long Island. O leopardo é o animal sagrado do sr. D, você sabe, e ele ficou estarrecido ao notar que alguém fora capaz de empalhar uma criatura tão nobre. Por isso, decidiu devolver-lhe a vida, pensando que viver sendo uma cabeça presa numa parede era melhor que nada. Devo dizer que, no final das contas, trata-se de um destino melhor que o que foi dado a seu antigo dono.

𝐁𝐎𝐑𝐍 𝐓𝐎 𝐃𝐈𝐄                                  ( Jason Grace )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora