Capítulo -8- Conversa.

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Eu não faço ideia do que passava pela cabeça dessas pessoas

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Eu não faço ideia do que passava pela cabeça dessas pessoas. Eles ainda estavam brincando no quarto enquanto montavam o berço, e Poseidon balançava Perséfone de um lado para o outro. De vez em quando, ela ainda sorria para ele, algumas vezes um pequeno sorriso banguela.

Olívia ainda passou a mão pelos cabelos curtos antes de olhar para mim com um sorriso tranquilo nos lábios. Até ela mesma queria entender o que estava acontecendo e por que eles estavam agindo dessa maneira, mas eu não tinha o que perguntar ou o que responder. Sinceramente, estava de mãos atadas.

Poseidon: Acha que ela vai gostar? - Ele chegou perto de mim e perguntou bem baixinho, com medo de assustar Perséfone, que ainda estava no colo dele brincando com sua gravata. - Espero que ela não sinta nada de errado quando dormir no berço.

Sônia: Ela vai amar. - Ele afirmou com a cabeça, ainda sorrindo com tudo o que estava acontecendo. E tudo o que eu fiz foi respirar fundo antes de me sentar no sofá, ainda sorrindo para o vazio, querendo saber por que eles estavam tão felizes assim.

Laura: Cheguei. - Ela chegou com algumas bolsas e entregou para Olívia, que apenas afirmou com a cabeça, levando para a cozinha. Enquanto ela vinha até mim e me dava um beijo no rosto. - Estava terminando de resolver mais alguns assuntos da empresa, sinto muito por ter demorado. - Eu ainda estava perdida, mas afirmei com a cabeça.

Sônia: Será que nós podemos conversar um pouco? - Eu olhei para todos eles, que ainda estavam discutindo no quarto para ver quem podia terminar de montar o berço, quando ela afirmou com a cabeça.

Olívia: Podem usar meu quarto. - Eu agradeci mentalmente a minha amiga, enquanto ela servia o suco para os seguranças que estavam parados na porta. E sinceramente, eu acho que até mesmo os vizinhos já estavam querendo saber o que estava acontecendo aqui.

Quando entramos no quarto de Olívia, o sorriso no rosto de Laura se aprofundou ainda mais, como se ela gostasse de estar perto de mim.

Laura: Acredito que esteja curiosa para saber o que está acontecendo e por que eles estão agindo assim. - Eu afirmei com a cabeça, e ela apenas sorriu antes de passar a mão pelos cabelos cacheados compridos. E sinceramente, que cabelão. - Poseidon gostou demais da sua criança e sinceramente, eu nunca tinha visto meu filho tão animado assim depois da morte daquela sonsa. - Ela realmente não gostava daquela mulher. - Eu entendo que deve ser difícil para você, eu entendo o que deve estar sendo difícil para você ter que entender que existem pessoas boas na sua vida, e meu filho é uma dessas pessoas. Ele é tão simpático e amoroso que às vezes chega a dar raiva. - Ela levantou a mão colocando sobre a boca e sorriu. - Mas Poseidon está feliz, e eu sei que deve ser difícil para você tudo o que está acontecendo, e tem medo de que alguma coisa de ruim possa acontecer. E eu te garanto que não vai.

Sônia: Eu vou ser sincera com a senhora, esse é um segredo que eu não queria ter que contar. - Eu fui até a cômoda da minha amiga e peguei de lá alguns lenços umedecidos e limpei o meu rosto, retirando a maquiagem para que ela pudesse ver ainda algumas marcas e hematomas que ainda possuía no meu corpo. - O pai de Perséfone fazia isso comigo. Os avós de Olívia me ajudaram a fugir e conseguiram dinheiro para que eu pudesse vir para Atlanta. Ele me agredia o tempo todo por nada, e eu não queria que ele pudesse fazer o mesmo com a minha filha. - Ela me olhou tranquila e não me julgou. Eu não podia nem mesmo olhar para o seu rosto, como se estivesse com vergonha. - Eu não tenho medo do seu filho, mas tenho medo de Perséfone acabar se apegando. Porque ela vai crescer, eu não quero que a minha filha possa passar pelo mesmo, esperar de alguém o amor que não vai ter. - Eu respirei fundo. - Eu sinto muito que eu pareça estar fazendo algo de errado, mas acabei de conhecer o seu filho e ele já está agindo como se fosse o pai dela. Eu também estou com medo dele olhar para minha filha e estar vendo o filho morto.

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