Sônia, uma mulher corajosa que há três anos vive aprisionada em um relacionamento abusivo, sendo vítima das constantes agressões de seu marido. Em meio a uma noite sombria, movida por uma força interior inabalável, ela decide fugir enquanto seu mari...
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Eu só queria ir embora, eu não aguentava mais tudo que tinha que passar com aquele homem. Como um homem que era maravilhoso comigo se tornou um monstro como esse? Eu neguei com a cabeça, implorando mais uma vez para que ele pudesse ficar longe de mim. Meus olhos estavam doloridos e meus lábios cortados, eu já podia sentir o gosto de sangue na boca pelo corte e também pela bofetada que havia levado no rosto.
Sônia: Brendon, por favor! - antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, ele puxou meus cabelos, me arrastando pelo chão. Eu estava no quarto e ele queria que eu tirasse a roupa para transar comigo, mas eu estava com tanta dor porque havia acabado de sair do parto, eu não aguentava mais - está me machucando!
Brendon: você é minha mulher! Além de ser gorda, você tem um dever comigo - ele tentou rasgar a roupa do meu corpo, onde eu tentei me cobrir o mais rápido que podia - sou eu que deixei você gorda desse jeito, eu vou te comer, abra as pernas.
Eu tentei segurar na parede para que ele não pudesse me arrastar para a cama e logo em seguida meu cabelo começou a doer ainda mais, e o meu rosto ardeu quando ele começou a acertar várias bofetadas em mim. Levantei as minhas mãos no desespero de tentar me defender quando alguém começou a bater na porta. Assim que ele me soltou, olhando-me com nojo, afastei-me o mais rápido que pude, indo para perto de uma parede e ficando agachada ali.
Ele levantou o dedo, colocando sobre a boca para que eu não pudesse fazer nenhum som, e logo em seguida se afastou. Respirei fundo, olhando para debaixo da cama, onde estava um pequeno texto de frutas. Eu havia jogado as frutas podres fora porque ele não queria que eu pudesse comer, então fiz como se fosse uma pequena caminha e coloquei meu bebê ali.
É a única maneira de proteger minha filha dele. Eu não queria que ela pudesse acabar apanhando também, pois ele não tinha nem o mesmo senso de proteção com ela.
Acabei ouvindo vozes do outro lado da porta e fiquei em silêncio, tentando ver enquanto limpava as lágrimas ardentes do meu rosto. Meu rosto estava dolorido até mesmo para que eu pudesse conseguir escapar, meu lábio já estava cortado, com sangue escorrendo, e meus cabelos desgrenhados pela forma como ele estava me agredindo.
Ele começou a sorrir como se estivesse conversando com um amigo, veio para o quarto, pegou sua mochila antes de sair e me deixou sozinha, para o meu alívio.
Assim que a porta se fechou, comecei a olhar pela janela e vi que ele estava entrando em um carro. Havia vários homens e outras mulheres ali, mas eu não me importava nem um pouco, contanto que eles desaparecessem daqui.
Com meu corpo completamente dolorido, me agachei perto da cama, retirando o cesto de baixo dela, olhando para minha filha que estava dormindo tranquilamente. Suspirando, peguei meu bebê no colo e agradeci a Deus por ela estar bem.
Minhas mãos estavam tremendo e eu podia sentir vários hematomas se formando pelo meu rosto e pelo meu corpo. Ele aproveitou para acertar alguns chutes em mim mais cedo. Então respirei fundo e fiquei ali parada, não sei por quanto tempo, quando ouvi o barulho da porta. Alguém estava batendo na porta.
