-Entenda, está nos pedindo para enviar o nosso pessoal sob o comando do seu, e sem nenhuma informação do que irá acontecer! -resmungou o francês.
Lizzie precisou inspirar profundamente antes de responder aquele homem, porque com a quantidade de aliados que eles tinham era pouca, e não poderia correr o risco de perder um deles.
-Não confia na gente? -perguntou o Africano.
-Aposto que não é a primeira vez que uma rebelião contra o governo acontece, e quantas vezes vocês tiveram sucesso? -indagou Lizzie. -Existem informações que precisam ser metidas em segredo. Para o bem da dessa missão e a segurança de todos.
O grupo parecia insatisfeito com aquela resposta, mas também não tinham argumentos suficientes para fazer aquela mulher falar.
-Ativem o pessoal de vocês nessas cidades, e eu enviarei meus representantes. No momento certo, tudo será esclarecido.
-E os que estão aqui? -indagou o inglês.
-Serão enviados depois. -respondeu. -Já estou cuidando disso.
-Bom, além disso não tem muito o que a gente possa fazer, não é? -murmurou o francês.
Havia uma pitada de ironia na fala dele.
-Então, já que estamos todos aqui. Acredito que seja importante discutir os próximos passos.
Lizzie ergueu uma sobrancelha.
-Estamos ajudando vocês, e queremos ser ajudados.
-Eu acredito que a Inglaterra deveria ser o próximo país a alcançar a liberdade. Sua colega inglesa concordaria comigo.
-Natasha não está aqui. -resmungou Becker.
-Nunca está. -alfinetou o Africano. -Mas o fato dela ajudar nessa rebelião, não determina que a Inglaterra será o próximo! O continente africano tem muito mais países!
-O que daria muito mais trabalho sem um apoio descente! -argumentou o Francês. -A França deveria ser a próxima! Estamos na Europa! Sabe quantos países poderíamos ajudar depois?
-A melhor opção é a Inglaterra. -interveio Lizzie. -A posição da França é complicada, no instante que o país tentar se levantar os outros países vão conter a rebelião. A Inglaterra está isolada, e podemos usar o apoio dela para ajudar outros países depois. Além disso, a espectativa é que depois da conquista nos Estados Unidos, outros países aceitem a causa. Com mais a apoio, as coisas ficam mais fáceis. Então tenham paciência.
-Claro, primeiro o seu país e depois o da sua colega. -resmungou o francês.
-Monseigneur, je pensais que vous reconnaissiez un compatriote...
O homem franziu a testa, desacreditado.
-O seu francês não é tão bom quanto pensa, Senhorita.
Becker franziu a testa, levemente ofendida.
-Eu saberia se você fosse mesmo francesa. -completou.
-Acredito que vocês já sabem como Natasha e eu chegamos até aqui.
-Ouvimos algumas teorias. -respondeu o Africano.
-Meu francês é diferente monseigneur, porque como vocês mesmos gostam de dizer: não tem as "atualizações" dessa época.
-Se vocês fizeram mesmo essa viagem.-iniciou o francês, estranhamente ameno.
Parece que a nacionalidade dela realmente exerceu uma influência sobre ele.
-Por que estamos arriscando nossas vidas? Seria muito mais fácil voltar ao passado e matar Jessica Raunava, e Natalia Morgan.
-Até onde tenho conhecimento, Jéssica assumiu a presidência um tempo depois que essa ordem mundial foi instaurada. Então acreditam mesmo que a culpa é inteiramente dela? -ergueu uma sobrancelha. -O plano é realmente impedir tudo isso no passado, mas pra isso precisamos de informações e enquanto a gente não tiver todas as armas necessárias, vamos nos concentrar em melhorar a realidade lá fora. Porque se algo falhar no passado, pelo menos o futuro aqui está garantido.
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B.M Consanguineo
RandomNatasha Morgan nunca acreditou que isso fosse realmente acontecer na sua vida, de todas as loucuras que já viveu, aquela parecia ser a mais insana. Talvez estivesse morta, ou delirando na cama de um hospital? quem sabe? ela não sabia e nem tinha a m...