29. Finalmente

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Itachi pairava sobre Sasuke, seus olhos vermelhos como brasas lançando chamas de fúria. A mão do Uchiha mais velho apertava a garganta de Sasuke com força brutal, erguendo-o do chão como se fosse um fantoche sem vida. O ar rarefeito rasgava os pulmões de Sasuke, cada respiração uma agonia rouca. O tremor que percorria seu corpo não era apenas pelo aperto implacável, mas pela aura de fúria assassina que emanava de Itachi.

Com um movimento brusco, Itachi lançou Sasuke em um turbilhão de ilusões. O mundo real se dissolveu em névoa, dando lugar a um pesadelo vívido e cruel. Em um piscar de olhos, Sasuke se viu de volta em Konoha, cercado por uma cena que outrora lhe trazia conforto e segurança.

Lá estava sua mãe, Mikoto, com seu sorriso radiante e acolhedor. Seu pai, Fugaku, imponente e sério, mas com um olhar de amor genuíno em seus olhos. Seus amigos do clã Uchiha, todos juntos, compartilhando risos e brincadeiras. Por um breve e fugaz instante, Sasuke se viu imerso em uma felicidade que parecia pertencer a um passado distante e perdido.

Mas a ilusão da felicidade durou apenas o tempo de um sopro. A cena serena se transformou em um inferno de sangue e morte. Itachi, com o Mangekyou Sharingan ativado em seus olhos, massacrava impiedosamente o clã Uchiha. Gritos de terror e agonia rasgavam o ar, enquanto o sangue manchava o chão de vermelho carmesim.

Sasuke se viu revivendo o horror do massacre repetidamente, 666.883 vezes. Cada vez, a dor e o sofrimento eram tão reais quanto da primeira, como se ele estivesse revivendo o evento em carne e osso. O desespero o consumia, e ele clamava por ajuda, mas sua voz se perdia no vazio da ilusão.

Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, o Tsukiyomi se desfez, e Sasuke caiu no chão como um boneco sem vida. Seu corpo estava exausto, seus músculos fracos e doloridos. Sua mente, dilacerada pelo genjutsu implacável, lutava para se agarrar à sanidade.

Gai, com a agilidade de um relâmpago, ajoelhou-se ao lado de Sasuke. O corpo do jovem Uchiha ainda tremia com os resquícios do Tsukiyomi, o suor frio escorrendo pela testa em um rio gelado. Seus olhos, antes cheios de vida e brilho, agora estavam opacos e sem vida. Gai o ergueu nos braços com cuidado, como se estivesse segurando um pássaro ferido, seus próprios olhos marejados de preocupação.

Ao longe, a voz fria e cortante de Itachi ecoou pelo ar: "Vamos embora, Kisame."

Naruto, impulsionado por uma mistura de raiva e desespero, correu em direção a Sasuke, ignorando os avisos de Jiraya. A imagem de seu amigo sofrendo o torturava, e ele precisava estar ao seu lado.

Jiraya, com o olhar fixo em Itachi e Kisame, posicionou-se na frente de Naruto, assumindo uma postura protetora. "Naruto, não se afaste de mim," ele disse com firmeza, sua voz carregada de autoridade.

Kisame, com um sorriso sádico estampado no rosto, ergueu sua Samehada e a cravou no chão, abrindo um portal em forma de redemoinho. "Eu gostaria muito de acabar com vocês," ele rosnou, revelando dentes afiados como tubarão. "Mas Itachi acha que estamos em desvantagem."

Com um último olhar de desprezo para os ninjas de Konoha, Kisame pulou no portal, desaparecendo em uma nuvem de fumaça escura.

Itachi, por sua vez, lançou um olhar frio para Naruto e Jiraya. "Esta luta não acabou," ele disse com uma voz gélida que prometia vingança. "Nos encontraremos novamente."

E com isso, Itachi também se teleportou, deixando Gai, Sasuke, Naruto e Jiraya sozinhos no hotel, o silêncio pairava no ar pesado com a sensação de perigo.

Enquanto isso no Hospital de Konoha...

A escuridão era absoluta, um vácuo infinito que se estendia em todas as direções, como um oceano de sombras impenetráveis. Sakura, envolta nesse negrume, vagava sem rumo, seus passos ecoando no silêncio sepulcral como o bater de um tambor fantasma. Medo e confusão a dominavam, como um turbilhão de pensamentos que se chocavam em sua mente.

"Onde estou?", ela perguntou em voz baixa, quase um sussurro que se perdia na vastidão escura.

"Em nossa mente, Sakura," uma voz familiar respondeu, cortando o silêncio como um raio em uma noite sem lua.

Sakura se virou para a origem da voz e viu Irnee, sua outra personalidade, flutuando no vazio como um espectro. Irnee era idêntica a Sakura, mas com uma aura sombria que emanava de seus olhos penetrantes, como se ela pudesse ver através da própria alma de Sakura.

"Irnee...", Sakura sussurrou, ainda abalada pela estranheza da situação.

"Olá, Sakura. Quer que eu te ajude a entender o que está acontecendo?", Irnee ofereceu, com um sorriso sinistro que não chegava aos seus olhos, revelando apenas um vazio gélido.

"Por que... por que estou aqui?", Sakura questionou, a angústia em sua voz crescendo como uma maré implacável.

"Você está em coma," Irnee explicou com frieza, sua voz cortando o ar como uma lâmina afiada. "Depois de você querer abrir um buraco na nossa cabeça de tanto bater ela no chão."

"O que eu não!", Sakura exclamou, seus olhos se arregalando em descrença. "Isso não é verdade!"

"A você sim querida caso não lembre você fez isso apenas pra ignorar minha voz que cruel", Irnee retrucou, sua voz carregada de sarcasmo e zombaria.

"Cale a boca!", Sakura gritou, erguendo as mãos como se quisesse silenciar a voz que ecoava em sua mente.

"Foi isso que você repetiu enquanto batia a cabeça no chão do nosso quarto, você só dizia 'cala boca'", Irnee zombou, sua expressão se contorcendo em um sorriso cruel.

Lágrimas brotaram nos olhos de Sakura, escorrendo pelo seu rosto como riachos de dor. As palavras de Irnee atingiam-na como punhaladas, e a culpa a consumia como um fogo devorador.

"E seu estado mentalmente instável contribuiu bastante pra você está presa aqui", Irnee finalizou, sua voz fria e implacável ecoando na escuridão como um veredicto cruel.

"Mas não se preocupe querida, a partir de agora, bem, eu que vou dar as cartas no seu lugar," Irnee declarou com uma voz gélida e triunfante.

De repente, correntes sombrias emergiram da escuridão, envolvendo o corpo de Sakura como um abraço mortal. Com força implacável, elas a puxaram para as profundezas do vazio, como se estivessem afogando-a em um mar de trevas.

"Não se esqueça, Sakura," Irnee continuou, sua voz carregada de ressentimento. "Eu estou assim por sua culpa. Eu nunca quis controlar nosso corpo, mas se eu não fizer isso, você vai fazer esse tipo de loucura de novo. E se você fizer, eu vou morrer. E eu não quero isso."

"Pare!", Sakura gritou, sentindo seu rosto sendo arrastado para a escuridão. O terror a consumia, e ela lutava contra as correntes invisíveis com toda a força que lhe restava.

"Não se preocupe, eu vou fazer o melhor por nós," Irnee disse com um tom de falsa gentileza antes de desaparecer na escuridão, deixando Sakura sozinha com o medo e a desesperança.

Com um último grito abafado, Sakura foi engolida pela escuridão, sucumbindo à força implacável de Irnee. No mundo real, os olhos de Sakura se abriram, mas não eram mais seus olhos. A luz da vida havia sido substituída por uma escuridão profunda e gélida, o sinal da ascensão de Irnee ao controle.

Ino, a amiga de Sakura, correu para abraçá-la, lágrimas de alegria escorrendo por suas bochechas. "Sakura, você finalmente acordou!", ela exclamou, sem perceber a escuridão que se escondia por trás dos olhos de sua amiga.

"Sim, eu finalmente acordei," Irnee respondeu com a voz de Sakura, um sorriso falso nos lábios.

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Olá, meus queridos leitores! Peço desculpas sinceras pela demora na atualização da fanfic. Sei que muitos estavam ansiosos por mais capítulos, e me sinto péssimo por ter feito vocês esperarem tanto tempo.

Im Sorry 😢

I Am A Shinobi Where stories live. Discover now