Respirez bien

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Tweek

Depois que voltava de seu serviço como garçom em uma lanchonete à beira da falência, ele cambaleava e se sentia mal, seu corpo chegava a suar frio. Ele havia feito tudo certo, tinha entregado as coisas que seu pai pediu e como a lanchonete mal tinha clientes ele pode dormir, mas começou a se sentir elétrico e tudo começou a piorar enquanto chegava em sua casa.

De repente não conseguia ver um passo à frente, sua visão foi enfraquecendo conforme deslizava encostado na parede até cair no chão de seu quarto, puxava todo o ar que conseguia.

— Filho, está tudo bem? Você ainda não comeu e eu não te vi jantar ontem - sua mãe fala do outro lado da porta.

Tweek suspira e com a visão ainda um pouco embaçada se levanta, sentir refluxo era inevitável naquela situação, mas não se permitirá passar mal.

— Eu vou jantar depois...

Quem dera fosse verdade, ele apagou no chão daquele quarto.

...

Acordar jogado no chão passando mal não era uma das melhores coisas, mas para Tweek o fato de ser sábado era ótimo.

— Puta merda - sentiu a cabeça rodar, mas fez o possível para pegar uma roupa e ir até o banheiro para se limpar de toda aquela sujeira.

Ir ao médico não era uma opção, o que ele iria dizer? "Me desculpe, talvez eu tenha provado uma ou duas balinhas" naquela sexta-feira Tweek conheceu o transportador para qual seu pai vendia suas drogas.

"— Ei garoto - chamou Tweek antes do garoto poder ir embora correndo o mais rápido possível.

Oi?

Vem cá - puxou Tweek para perto o segurando fortemente com um braço em volta de seus ombros - prova um garoto.

Não, eu não - ele foi interrompido, o homem abriu um saquinho tirando dois comprimidos e enfiando na boca de Tweek.

opa opa, não vomita em - o homem saiu rindo enquanto Tweek quase engasgava. "

Tweek desceu as escadas bem devagar, comemorou mais ainda por perceber que seus pais haviam saído.

— Finalmente, o que eu faço em? Huuum brigadeiro, deixa eu só pegar o.. - e continuou a frase em sua mente.

Quando se tratava de fingir que estava bem Tweek tinha ideias sempre prontas, era brilhante sua capacidade de esconder o fato de que se sentia morto.

Seu dia de sossego foi interrompido pelo som da campainha acompanhada de 5 batidas na porta.

— Quem é? - Tweek saiu da cozinha com uma faca na mão, devagarinho andou até a porta e a abriu.

— Eae Tweek - Foi um choque inesperado ver ali parado na porta Craig - cara, sabia que a gente é vizinho agora?

— O-oi - Tweek escondeu a faca por dentro da blusa do lado de sua cintura - não sabia que os vizinhos tinham mudado.

— Maneiro, né? Minha mãe mandou entregar isso, tipo uma boa ação de vizinhos sabe - ele entregou uma caixa com alguns doces - preciso ir ajudar com as coisas lá.

— Obrigado - diz e pega a caixinha, Craig vai embora dando um pequeno aceno.

Tweek se sentiu estranho por sentir tanta felicidade, aquele era um dia incrível mesmo que ainda pensasse nas coisas do dia anterior. O chocolate e o café escondiam todos os problemas causados até aquele momento, mas é claro não é assim que aquele problema ia se resolver.

Entretanto muita dessas coisas escondia o fato de seu pai ter um negócio ilegal e sua mãe o ajudar com uma cafeteria de faixada, de ter que trabalhar contra sua vontade para finalmente poder fugir de tudo ou da extrema vontade de um dia não mais existir.

Ele não poderia lidar nem com os próprios problemas, como iria lidar com o dos outros?

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Acho que pela descrição da história e pelo aviso de conteúdo maduro dispensa o fato de eu ter que colocar um capítulo de avisos... Mas eu em breve farei um.

Respire bien, mon amour.

Illégalement accro  - CreekWhere stories live. Discover now