Physiquement weak

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Tweek

Ele só conseguia sentir a dor, aquilo era.. era imparável.

"Vá dormir cedo filho, amanhã tem aula, lembra? - sua mãe sorri e diz tudo com aquela voz doce"

— Eu vou pra aula mãe - ele suspira tentando engolir todo o choro.

Ele se afastou da ponta do prédio pela terceira vez naquele ano.

As noites nunca eram tão calmas, trovões incessantes atingiam por toda cidade violentamente, ele particularmente adorava essas noites, isso significava que era dia de sair e finalmente ter um sossego de todos que perturbavam aquela pobre mente.

Tweek se afundava cada vez mais, cada vez mais ele procurava fugas de alguém mesmo estando sozinho, cada vez mais ele se perdia em vícios, que dizia ele que era controlado.

"É para meu pai senhor, ele não gosta de vir nos mercadinhos"

Tweek entra pela porta dos funcionários daquele velho prédio, pega seu celular para ligar a lanterna e desce lentamente os lances de escada, demoraria um pouco, mas era calmante para a mente dele, ele pensava em cada história maluca naquele silêncio incessante...

Ao chegar no segundo andar, agora bem longe de seu próprio perigo, ele para e olha, por entre os entulhos e pichações que ali ficavam, um belo gatinho preto.

— Oi lindinho, perdido ? - ele sorri, seria uma cena tão linda se naquele momento não estivesse todo deplorável.

Sua camisa abotoada errada estava manchada de sangue e molhada pela chuva, sua calça jeans tinha as pontas enlameadas juntamente de seus sapatos, em sua testa pingava o sangue que apesar de ter sido um corte pequeno, mesmo com tempo que saiu de casa até ali não havia parado de sangrar.

O gatinho fugiu... Ops, aquele sentimento voltou.

— Ah - Tweek deu um sorriso com as lágrimas voltando aos olhos - nem você gosta de mim, né?

Chegando na rua ele desliga seu telefone 22:58 que agora tinha três mensagens.

...

Butters: Você fez o trabalho de matemática? Eu já terminei tudo tá, se quiser antes da aula eu te passo tudinho. - 17:56

Mãezinha: Deixei comida pronta hoje viu ? Não mexa muito na cozinha, seu pai está bravo - 18:07

+55 19 99864-0789: to falando sério cara, se ele não me pagar ele tá fudido entendeu? - 21:18

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Tweek suspira novamente quando finalmente chega em sua casa, ele da a volta pelo lado da casa e entra na janela aberta de seu quarto.

— porquê eu tinha esperança de tá tudo bem? - ele sussurra quase inaudível.

Ali se vê toda bagunça que tinha causado de tarde, tentando não reviver tudo, ele pega roupas limpas e tira suas sujas o mais rápido possível e joga no chão se trocando rapidamente, pega seu remédio e toma dois jogando o frasco para longe depois, e com a "paz" de não pensar ele se deita na cama.

"Você sabe o que fez de errado tweek?"

— Me desculpa.

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Juro que vai ter um final feliz, eu só gosto de um drama inicial.

Algo curtinho de início, feitos no final da noite porque é o tempo de pensar em coisas tristes. (Também disponível no Spirit)

Fisicamente doente e mentalmente fraco.

Illégalement accro  - CreekWhere stories live. Discover now