∞•••••💗Capítulo 39💗•••••∞

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Enquanto todos estão em suas camas aquecidos, estou aqui fora enrolada em uma manta com uma xícara de café fumegante nas mãos

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Enquanto todos estão em suas camas aquecidos, estou aqui fora enrolada em uma manta com uma xícara de café fumegante nas mãos. Olho mais uma vez para a aliança em meu dedo e realmente é muito linda. Ao olhar para o anel com cuidado, fico atônita com sua beleza deslumbrante. A pedra no centro brilha intensamente, como se guardasse segredos cósmicos em seu interior, refletindo um brilho suave. Sua beleza é tão profunda que fico sem palavras, sem entender completamente a magnitude do que tenho nas mãos. Meu olhar vagueia pelo aro de metal precioso e, nesse momento, noto um símbolo do infinito. É uma forma elegante e contínua, como um laço curvado que se enrosca suavemente, com algumas pedrinhas nele.

Sorrio e volto a olhar para as montanhas escuras, porém o sol está começando a nascer atrás delas. Uma brisa suave acaricia meu rosto e suspiro, ainda com a incerteza do futuro batendo em minha porta. Eu odeio não saber o que poderá acontecer, gosto de ter as coisas ao meu controle e saber que terei algumas opções à frente. Desde que tudo explodiu bem na minha cara, eu me vejo perdida. É como se eu andasse no escuro, sem rumo, sem saber o que irá acontecer e sem ter um plano B, caso algo dê errado novamente.

— Ava! — Olho para o lado, o vendo parado na porta. — O que faz aqui fora neste frio e a essa hora?

— Vem! — Coloco minha xícara na mesinha ao meu lado e abro a minha coberta, para que ele se aconchegue nela. — Vamos ver o nascer do sol. — Falo e ele se aproxima se sentando ao meu lado, se enrolando na coberta e encostando em mim.

— Uau, você está quentinha. — Sorrio.

— Eu estou sempre quente — digo olhando para frente, mas pela minha visão periférica, percebo que ele fica me olhando, então sorri abaixando a cabeça. — Eu não o agradeci pelo presente — me viro para ele. — Muito obrigada, eu amei! Na verdade, a Suíça sempre esteve na minha lista dos países para conhecer e agora, tenho uma casa aqui. — Sorrio e a minha ficha ainda não caiu.

— Fico feliz que tenha gostado, espero um dia conhecer essa sua lista e te levar para conhecer todos eles. — Sorrimos e voltamos a olhar para frente.

— Você realmente acha que isso vai dar certo? — Pergunto sem olhá-lo. — Irei me esforçar para dar certo e te ajudarei no que for preciso, mas...

— Você fica pensando no que a sua avó disse naquele dia que fomos conversar com ela?

— Que o amor entre nós pode nascer... Mas, fico pensando na nossa amizade, eu não quero que ela acabe porque trocamos os pés pelas mãos, ou porque fizemos algo que não deveríamos. — Pondero e ele fica me olhando, como se quisesse me entender de verdade.

— Sei como se sente, também me sinto assim — ele suspira. — Eu não iria lhe contar isso, mas também não aguento mais esconder — ele se endireitar e olha para frente, faço o mesmo e o sol começa a apontar no cume da montanha, refletindo o seu brilho dourado na neve branca. — Eu me interessei por você desde o dia que te vi, eu realmente iria pedir para que saíssemos para nos conhecermos melhor e assim, poderíamos... — ele se cala e o olho com os olhos arregalados, ele está de cabeça baixa, meu coração bate tão rápido, que está parecendo querer sair pela minha boca. — Mas então você e meu irmão se aproximaram, vi que eu não teria lugar em seu coração, não da forma que eu queria. Então aceitei que para mim, estar ao seu lado como seu amigo seria o suficiente. — Ravi levanta a cabeça me olhando nos olhos.

— E agora? — Meu coração dispara, ainda mais. — É suficiente para você ser o meu amigo apenas? Isso basta? — Ficamos nos olhando, ele olha para a minha boca e engulo em seco, depois volta seu olhar para os meus olhos.

— Você já tem a minha resposta, Ava, eu farei o que você quiser que eu faça. Serei o seu amigo se quiser e serei muito mais se você permitir. Não vou fazer nada que não queira... — Sua mão vai suavemente para o meu rosto, fazendo um carinho e nossos rostos se aproximam.

— Bom dia! — Ouvimos a voz do senhor Dangelo, Ravi fecha os olhos e vejo sua mandíbula apertar, então ele se afasta se endireitando e eu também, como se nada estivesse acontecendo. — Aí estão vocês, dormiram bem? Nossa, que coisa mais linda este nascer do sol, não é? — Ele pergunta aparecendo na porta, se sentando na cadeira de balanço ao lado e olhando para o sol nascente.

Eu e Ravi nos olhamos e depois volto a minha atenção para o céu e a paisagem à nossa frente. O jantar de noivado pode ter sido um conto de fadas encenado, mas talvez, só talvez, a magia desse momento possa se tornar realidade. Talvez a beleza dos Alpes Suíços seja um lembrete constante de que o amor pode florescer em qualquer circunstância, mesmo quando o começo é marcado por um acordo de conveniência.

Decido deixar minha mente aberta para o que o futuro reserva e fico pensando nas palavras de Ravi. Pois, afinal de contas, a verdadeira felicidade pode ser encontrada onde menos esperamos, e um jantar de noivado que começa como uma farsa pode se transformar em uma história de amor genuína e duradoura, não é?

Eu quero poder ter a minha história de amor, porém quero que o meu coração esteja preparado para ela e para quem a vida está me dando de presente. 

∞•••••💗•••••∞

— Ava. — Ouço a voz de Ravi ao bater na porta do quarto.

— Pode entrar. — Falo e ele abre a porta... uau! Ele está vestindo um terno de três peças preto...

— Não iremos voltar para Viena.

— Não?

— Vamos para a Escócia! — Assim que ele diz dou um pulo da cama indo até ele.

— Sério? O que vamos fazer lá?

— Vamos visitar a minha tia-avó. Mamãe ligou para ela e contou sobre o noivado, então fomos intimados a ir juntamente com os meus pais.

— E partimos quando?

— Eu preciso ir para Zurique, vou para uma reunião importante. Meus pais já embarcaram e Alec irá levar você, nos encontramos assim que desembarcar.

— Ok. — Falo, suspirando e me viro, para voltar a me sentar na cama. Porém, ele segura o meu braço.

— Não fique triste, nós nos encontramos lá, além disso, os meus pais estarão lá.

— Mas eu irei viajar sozinha! — Ele faz um carinho em meu rosto e sorri.

— Então eu vou com você, eu posso ligar e cancelar a reunião...

— Não! — Quase grito. — Vai à sua reunião e nos vemos lá.

— Então até! — Ele pega a minha mão, fazendo um carinho na aliança, olhando em meus olhos, a leva até os lábios, sorri e deixa um beijo ali.

Solta a minha mão e faz um carinho em meu rosto, saindo do quarto. Suspiro, me virando indo até o closet para arrumar a minha mala, já que iríamos ficar alguns dias aqui em Zermatt. 

CASADA COM O MEU EX-CUNHADO.Where stories live. Discover now