Às vezes nos pegamos apaixonadas quando menos esperamos, no meu caso isso aconteceu repentinamente.
Eu estava no museu para uma entrevista de trabalho, me sentia apreensiva, contudo, aquele dia foi o melhor da minha vida.
O que eu posso dizer... con...
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— Senhor — tiro a minha atenção dos papéis e o olho. — Há algo acontecendo. — Ele me entrega o tablet e vejo a reportagem.
— Quando isso saiu?
— Hoje à tarde.
— Vamos voltar, agora! — Digo deixando tudo em cima da mesa sem me importar e saio indo em direção ao heliporto.
Desde que fui para a Irlanda, vi aquela cena desagradável e ouvi aquelas coisas da boca do meu irmão, não voltei para Viena, vim para a Itália e precisava pensar no que ele disse e para um bom entendedor, meia palavra basta.
Entro no helicóptero e falo com a torre, o ligando. Depois de fazer todos os comandos, levanto voo.
— Vamos direto para a mansão? — Marco pergunta.
— Não, vamos pousar na cobertura do Taurus e de lá, seguimos para o jornal que lançou a matéria.
— É... — olho para ele.
— Mais um problema?
— Sim, estão falando sobre isso no aplicativo de mensagens. As amigas da senhorita Radcliffe a defenderam, porém, alguns não pararam.
— Irei resolver isso também, porém uma coisa de cada vez e o pior deles é falar com Éder Lancaster.
— Senhor... — o interrompo.
— Esse senhor está me irritando, somos amigos Marco e não apenas patrão e empregado, então chega dessa de senhor. — Digo e o olho, ele sorri.
— A senhorita disse a mesma coisa!
— Está vendo, ela sabe de tudo! — Sorrio.
— Então irei lhe fazer uma pergunta, de amigo para amigo — suspiro, já sabendo que vem bomba. — Você tem outros interesses na Ava, além de amizade?
— Eu... no começo tinha, porém, tudo aconteceu e ela acabou ficando noiva do meu irmão, então eu apenas aceitei que o lugar de amigo seria o suficiente. Ficar ao lado dela me basta.
— Mesmo sendo como amigo?
— Sim, eu desejo que ela seja feliz, essa será a minha felicidade e o que realmente me interessa.
— Mas você a ama? — Ele pergunta.
— Claro! Ela é a minha melhor amiga.
— Não falo deste tipo de amor — olho para ele que está me olhando, pisco algumas vezes voltando a minha atenção para frente e para os controles. — Nem precisa me responder, o seu silêncio já é a resposta.
O que irei dizer? Que eu a amo? Sendo que nem eu mesmo tenho certeza dos meus sentimentos.
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Assim que chego no jornal, abro a porta da sala de Éder Lancaster, dono do jornal mais premiado de Viena.
— Senhor Lockwood, que surpresa — diz estendo a sua mão para mim, porém o ignoro, desabotoou o botão do meu terno e me sento na poltrona à sua frente, ele sorri um sorriso amarelo e encolher sua mão se sentando. — O que lhe traz ao meu humilde jornal?
